Sentidos do cuidado em Centro de Convivência e Cultura: o que pensam trabalhadores do interior de Minas Gerais?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Eugênio, Elaine Aparecida Borges Santana lattes
Orientador(a): Querino, Rosimár Alves lattes
Banca de defesa: Trevisan, Érika Renata lattes, Rizzi, Fernanda Nogueira Campos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (Mestrado Profissional)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36146
http://doi.org/10.14393/ufu.di.2022.510
Resumo: Os Centros de Convivência e Cultura (CECOs) são equipamentos inovadores da rede de atenção psicossocial (RAPS), constituídos com base nos alicerces da desinstitucionalização manicomial, do direcionamento ao cuidado comunitário e da intersetorialidade, eixos essenciais da Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB). Nestes espaços, as intervenções se norteiam pela interface da saúde com diversos atores sociais com vistas a facilitar a autonomia do sujeito, promover a cidadania e o combate ao estigma da população com transtorno mental. Este estudo se ocupou em compreender o processo de construção de um Centro de Convivência e Cultura em um município do interior de Minas Gerais e as singularidades do cuidado psicossocial na perspectiva dos trabalhadores. De caráter qualitativo, o estudo descritivo foi desenvolvido com uso de questionário sócio demográfico e entrevistas com roteiro semiestruturado. Participaram treze pessoas: uma integrante do grupo instituinte do serviço, onze trabalhadores ativos e a coordenadora do serviço. A análise de conteúdo temática resultou em quatro categorias: Implantação do CECO; Dinâmica do serviço; Dimensão ampliada do cuidado; Desafios do CECO. A Implantação do CECO abrange a trajetória de criação do serviço no município vinculada à rede de saúde mental, os desafios da implantação e o papel dos trabalhadores e dos usuários nesse processo. A categoria Dinâmica do serviço revelou o movimento das ações do CECO “dentro e fora”: a organização do trabalho, a relação com a RAPS, o caminho em direção ao território e à intersetorialidade. A Dimensão ampliada do cuidado evidencia a importância de romper com a abordagem biologicista e incluir elementos culturais, artísticos e outros em direção ao cuidado na ética antimanicomial às pessoas em sofrimento mental. Os participantes ressaltaram que a afetividade, a empatia, a cooperação da equipe, as conquistas dos usuários e o reconhecimento do trabalho pelos pares e conviventes promovem satisfação. Os Desafios para a consolidação dos CECOs envolvem a falta de diretrizes para seu financiamento e a supressão de seu lugar na RAPS, e, recentemente o impacto das medidas sanitárias da pandemia da COVID 19 sobre os serviços de saúde mental. Em âmbito local, o fechamento temporário do serviço no início da pandemia foi avaliado como negativo para os trabalhadores e os usuários do serviço, especialmente em relação à continuidade do cuidado. Ante as dificuldades para a continuidade das ações, os trabalhadores promovem mudanças em suas práticas, superando os limites técnicos de sua formação e ampliando o cuidado. O estudo permitiu compreender os sentidos do cuidado e das contribuições da arte e da cultura em processo de construção no CECO. O trabalho afetivo desenvolvido no serviço promove a sedimentação do cuidado em liberdade e o fortalecimento da RAPS. Há que se investir no fortalecimento dos centros por meio da regulamentação, reinserção na RAPS e o financiamento pelos diferentes níveis de governo. Estima-se que o estudo dê visibilidade ao trabalho desenvolvido pelo dispositivo e os desafios enfrentados.
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spelling 2022-09-22T14:34:51Z2022-09-22T14:34:51Z2022-07-29EUGÊNIO, Elaine Aparecida Borges Santana. Sentidos do cuidado em Centro de Convivência e Cultura: o que pensam trabalhadores do interior de Minas Gerais?. 2022. 99 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Uberlândia, Pós-graduação em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. 2022. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2022.510https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36146http://doi.org/10.14393/ufu.di.2022.510Os Centros de Convivência e Cultura (CECOs) são equipamentos inovadores da rede de atenção psicossocial (RAPS), constituídos com base nos alicerces da desinstitucionalização manicomial, do direcionamento ao cuidado comunitário e da intersetorialidade, eixos essenciais da Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB). Nestes espaços, as intervenções se norteiam pela interface da saúde com diversos atores sociais com vistas a facilitar a autonomia do sujeito, promover a cidadania e o combate ao estigma da população com transtorno mental. Este estudo se ocupou em compreender o processo de construção de um Centro de Convivência e Cultura em um município do interior de Minas Gerais e as singularidades do cuidado psicossocial na perspectiva dos trabalhadores. De caráter qualitativo, o estudo descritivo foi desenvolvido com uso de questionário sócio demográfico e entrevistas com roteiro semiestruturado. Participaram treze pessoas: uma integrante do grupo instituinte do serviço, onze trabalhadores ativos e a coordenadora do serviço. A análise de conteúdo temática resultou em quatro categorias: Implantação do CECO; Dinâmica do serviço; Dimensão ampliada do cuidado; Desafios do CECO. 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Os Desafios para a consolidação dos CECOs envolvem a falta de diretrizes para seu financiamento e a supressão de seu lugar na RAPS, e, recentemente o impacto das medidas sanitárias da pandemia da COVID 19 sobre os serviços de saúde mental. Em âmbito local, o fechamento temporário do serviço no início da pandemia foi avaliado como negativo para os trabalhadores e os usuários do serviço, especialmente em relação à continuidade do cuidado. Ante as dificuldades para a continuidade das ações, os trabalhadores promovem mudanças em suas práticas, superando os limites técnicos de sua formação e ampliando o cuidado. O estudo permitiu compreender os sentidos do cuidado e das contribuições da arte e da cultura em processo de construção no CECO. O trabalho afetivo desenvolvido no serviço promove a sedimentação do cuidado em liberdade e o fortalecimento da RAPS. Há que se investir no fortalecimento dos centros por meio da regulamentação, reinserção na RAPS e o financiamento pelos diferentes níveis de governo. Estima-se que o estudo dê visibilidade ao trabalho desenvolvido pelo dispositivo e os desafios enfrentados.The Centers for Coexistence and Culture (Centros de Convivência e Cultura - CECOs) are innovative devices of the psychosocial support centers (RAPS), built on the foundations of deinstitutionalization of asylums, as well as on the basis of targeting community care and intersectionality, essential pillars of the Brazilian Psychiatric Reform (Reforma Psiquiátrica Brasileira - RPB). In these venues, interventions are guided by the interface of health with various social actors in order to facilitate the autonomy of the subject, promote citizenship, and to fight the stigma of population with mental disorders. This study aimed at understanding the construction process of a Center for Coexistence and Culture in an inland city in the state of Minas Gerais and the singularities of psychosocial care from the perspective of the workers. This is a qualitative, descriptive study that was developed using a social-demographic questionnaire and semi-structured interviews. Thirteen people participated: one member of the service’s founding group, eleven active workers, and the service coordinator. Thematic content analysis resulted in four categories: Implementation of CECO; Dynamics of the service; Expanded dimension of care; Challenges of CECO. The Implementation of CECO covers the history of the creation of the service in the municipality linked to the mental health network, the challenges of implementation, and the role of workers and users in this process. The category Dynamics of the service revealed the movement of CECO’s actions “inside and outside”: the organization of the work, the relationship with RAPS, the path towards the territory and intersectionality. The Expanded dimension of care highlights the importance of breaking away from the biologicist approach and including cultural, artistic, and other elements toward care in the anti-asylum ethic for people in mental distress. The participants emphasized that affection, empathy, team cooperation, users’ achievements, and recognition of the work by peers and co-workers promote satisfaction. Challenges to the consolidation of CECOs involve the lack of guidelines for their funding and the suppression of their place in RAPS, and, recently, the impact of the health measures of the COVID-19 pandemic on mental health services. At the local level, the temporary closure of the service at the beginning of the pandemic was evaluated as negative for the workers and users of the service, especially regarding continuity of care. Faced with difficulties in the continuity of actions, the workers promote changes in their practices, overcoming the technical limits of their training and expanding care. The study allowed for an understanding of the meanings of cuidado and the contributions of art and culture in the building process in CECO. The affective work developed in the service promotes the consolidation of care in freedom and the strengthening of the RAPS. There is a need to invest in strengthening the centers through regulation, reinsertion in the RAPS, and funding by the different levels of government. The study is expected to give visibility to the work developed by the device and the challenges faced.Dissertação (Mestrado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (Mestrado Profissional)BrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::PSIQUIATRIAGeografia médicaInstalações de saúde mentalPacientes psiquiátricosServiços Comunitários de Saúde MentalCommunity Mental Health ServicesSaúde MentalMental healthDesinstitucionalizaçãoDeinstitutionalizationTrabalhoWorkSentidos do cuidado em Centro de Convivência e Cultura: o que pensam trabalhadores do interior de Minas Gerais?Meanings of care in a center for coexistence and culture: what do workers in the interior of Minas Gerais think?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisQuerino, Rosimár Alveshttp://lattes.cnpq.br/7134372416956260Trevisan, Érika Renatahttp://lattes.cnpq.br/7932126685071841Rizzi, Fernanda Nogueira Camposhttp://lattes.cnpq.br/2330989624522889http://lattes.cnpq.br/2801259591581350Eugênio, Elaine Aparecida Borges Santana99info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFULICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/36146/4/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD54ORIGINALSentidosCuidadoCentro.pdfSentidosCuidadoCentro.pdfapplication/pdf10603095https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/36146/5/SentidosCuidadoCentro.pdfe807abc39a6b010b5a7fd429042f279bMD55TEXTSentidosCuidadoCentro.pdf.txtSentidosCuidadoCentro.pdf.txtExtracted texttext/plain204174https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/36146/6/SentidosCuidadoCentro.pdf.txt5c0d9d91979c7f48cb7b97d950738b0eMD56THUMBNAILSentidosCuidadoCentro.pdf.jpgSentidosCuidadoCentro.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1279https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/36146/7/SentidosCuidadoCentro.pdf.jpg78c1c8593ac56049862be0f911fe13f2MD57123456789/361462022-09-23 03:22:47.534oai:repositorio.ufu.br:123456789/36146w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2022-09-23T06:22:47Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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