Lestat de Lioncourt: metáfora do Narciso contemporâneo

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Silva, Carla Serafin Ferreira e
• Orientador(a): Seixas, Jacy Alves de
• Banca de defesa: Araujo, Joana Luiza Muylaert de , Camilotti, Virginia Célia
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Lestat de Lioncourt; Vampiro; Narciso; Narcisismo; Contemporaneidade; História; Anne Rice
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
• Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/34314; http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2019.696

Esta pesquisa tem como objetivo refletir sobre a idealização da imortalidade em tempos contemporâneos. Tendo em mente as dimensões tomadas pelo medo da morte nos últimos séculos e o potencial metafórico da figura do vampiro ─ uma construção imaginária recorrente ─ problematizaremos a temática a partir de uma teoria do narcisismo. Apoiados nas discussões sobre a presença de traços psicológicos narcisistas na sociedade atual, nossa proposta é discutir o apelo da imortalidade para uma sensibilidade que estende e leva a outras dimensões o significado de vida e sobrevivência. Relacionaremos assim, o indivíduo atual ou Narciso contemporâneo à imagem do vampiro Lestat de Lioncourt, criação da escritora estadunidense Anne O’Brien Rice, que denominaremos de Narciso-vampiro em reflexões sobre o medo da morte, como expressão característica de uma sociedade pautada em um individualismo extremo, nas quais Lestat pode ser visto como exemplo da imagem pela qual Narciso se apaixona. Assim, nossa proposta é compreender o medo do homem contemporâneo de sua mortalidade como uma característica típica de uma sociedade sensivelmente narcisista, que exprime através da figura do vampiro sua intensa individualidade e desmedido amor pelo eu.