NEABI/IFTM Campus Uberaba: possibilidades e desafios para a educação das relações étnico-raciais

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Silva, Rosa Maria da
• Orientador(a): Sampaio, Adriany de Ávila Melo
• Banca de defesa: Silva, Jeremias Brasileiro da , Gonçalves, Luciane Ribeiro Dias , Santos, Rosselvelt José
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Geografia
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Racismo; Movimento Negro; Educação Antirracista; Movimiento Negro; Educación Antirracista
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA::GEOGRAFIA HUMANA
• Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/35494; http://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.445

Esta é uma pesquisa qualitativa, descritiva e com análise do conteúdo, que trata das relações étnicas raciais em um ambiente escolar. Ela foi realizada no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM), no campus Uberaba, no período que compreende os anos 2019 a 2021. Os continentes Africanos e Americanos foram invadidos pelos povos europeus a partir do século XV, os quais sequestraram, escravizaram e comercializaram, para diversas partes do mundo, os povos nativos destes continentes. Para justificar tamanha barbárie, os cientistas europeus criaram o racismo e forjaram as teorias raciais, em que se autoelegeram indivíduos superiores, evoluídos, o que lhes dava o direito de subjugar e desumanizar os demais povos. Estas teorias foram perpetuadas nas sociedades e ensinadas nas escolas por séculos, causando inúmeros prejuízos aos povos escravizados e aos seus descendentes. Para reverter ou minimizar tal situação de desvantagem da população negra, diversos grupos do Movimento Negro se organizaram para lutar contra o racismo. Uma das pautas de luta foi obter a aplicação de ações afirmativas, sendo uma importante vitória a aprovação da Lei 10639/2003, alterada para a Lei nº 11.645/2008. Esta instituiu a obrigatoriedade da inclusão no currículo escolar da temática da história e cultura-afro-brasileira e indígena. Nesta pesquisa, verificamos a aplicação prática desta lei em um ambiente escolar: o IFTM, por meio das ações realizadas por seu do Núcleo de Estudos Afrobrasileiro e Indígena (NEABI). O objetivo principal desta pesquisa foi identificar e descrever quais foram as ações realizadas pelo NEABI/IFTM Campus Uberaba que colaboraram para a aplicação de uma educação para as relações étnico-raciais. A metodologia utilizada seguiu as etapas: pesquisa bibliográfica e documental; coleta de dados por meio de diário de campo, e- mails, atas, conversas informais, depoimento de alunos; questionário enviado aos membros e ao presidente do NEABI e a outros IFs. Os resultados encontrados foram: a) identificamos a realização de seis ações do NEABI/IFTM Campus Uberaba no ano de 2019; b) a política de ações afirmativas no IFTM está descrita em alguns de seus documentos; c) as dificuldades encontradas pelo NEABI decorrem do racismo estrutural e institucional. Consideramos que o NEABI mesmo com dificuldades conseguiu realizar ações e atividades que promoveram o debate e a sensibilização da comunidade escolar do IFTM acerca das temáticas étnico-raciais.