Usina Hidrelétrica de Itumbiara: entre anúncios de progresso e frustração de expectativas na fronteira Sul Goiano -Triângulo Mineiro (1974-2018)

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Marinho, Yangley Adriano
• Orientador(a): Paula, Dilma Andrade de
• Banca de defesa: Ribeiro, Gisélia Maria Campos, Silva, Jeanne, Carneiro, Deivy Ferreira, Avelar, Alexandre de Sá
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso embargado
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Hidrelétrica; Sul Goiano-Triângulo Mineiro; Projeto desenvolvimentista; Hydroelectric; Developmentalist project; História; Itumbiara (GO) - História social; Usina Hidrelétricade Itumbiara - História
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
• Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/22735; http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2018.632

Esta tese procura discutir a construção da Usina Hidrelétrica de Itumbiara, erguida na divisa entre o Sul Goiano e o Triângulo Mineiro, como parte do avanço das relações capitalistas de produção, tendo como agente principal o Estado brasileiro, então comandado por uma ditadura militar. Maior empreendimento hidrelétrico do sistema Furnas, a UHE Itumbiara acabaria por ocupar papel central na reconfiguração da divisão inter-regional/internacional do trabalho colocada em curso no país, no decorrer dos anos 1960 e 1970. Tal reconfiguração determinaria, por exemplo, que regiões como o Sul Goiano passassem a ocupar o papel de fornecedoras de produtos agrícolas ao mercado internacional – expediente escolhido então como forma de se obter divisas para o país. Na discussão do processo em questão, buscou-se estruturar uma análise não apenas circunscrita à construção da UHE Itumbiara, mas também um projeto desenvolvimentista no qual a realização de “grandes obras” buscava ser legitimada por supostamente proporcionar progresso e desenvolvimento a regiões tidas como atrasadas. No caso da região de Itumbiara, buscou-se, especificamente, demonstrar como o avanço desse processo foi recebido e interpretado por diversos sujeitos: trabalhadores “barrageiros”, habitantes que foram desapropriados e grupos dominantes locais. Por fim, o que se pôde perceber a partir das evidências analisadas é que, décadas depois, todo o progresso sinalizado como justificativa para a implantação da hidrelétrica não se veria concretizado, frustrando as expectativas geradas na região de Itumbiara, a qual teve ainda que lidar com significativos impactos socioambientais.