Mulheres na diplomacia do Brasil: Entre vozes e silêncios (1918-2018)

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Balestero, Gabriela Soares
• Orientador(a): Carneiro, Maria Elizabeth Ribeiro
• Banca de defesa: Ferreira, Jorgetânia da Silva , Ribeiro Júnior, Florisvaldo Paulo , Santos, Rosana de Jesus dos , Silva, Thiago Fernando Sant`Anna e
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: História; Mulheres; Diplomacia; Poder; Gênero; Story; Women; Diplomacy; Power; Gender
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
• Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/35169; http://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.5014

Nesta investigação, analisa-se fontes históricas e sociais como fatores predominantes que moldam a diplomacia brasileira, bem como o contexto sócio-político das relações internacionais, para se entender a pequena visibilidade das mulheres no cenário político e também os fatores que ainda dificultam o ingresso da maioria das mulheres na carreira diplomática no Brasil. Os caminhos teórico-metodológicos envolvidos levam em consideração a trajetória de luta pela visibilidade das mulheres e pelos direitos humanos no âmbito público, procurando-se, assim, seguir, a partir do debate das teorias feministas e de gênero e também da inserção desses discursos até então silenciados na esfera diplomática, uma abordagem de observação e análise de fontes documentais diversas, inclusive o audiovisual “Exteriores: Mulheres Brasileiras na Diplomacia”. O aparato documental pesquisado visou tratar sobre as mudanças históricas na trajetória das mulheres na diplomacia desde sua inserção na vida pública (política), suas dificuldades e seus desafios, na intenção de fortalecer o diálogo sobre uma maior promoção de igualdade que permita a participação e ocupação do feminino em lugares de tomadas de decisões. Nesse contexto, como resultados, concluímos que o Itamaraty é um desses espaços institucionais. Para além das limitações ao espaço doméstico, essas problemáticas foram construídas ao longo dos anos, a partir de uma visão patriarcal que ainda permeia a arena da diplomacia como um campo em disputa onde as mulheres ainda são invisibilizadas ou pouco visibilizadas, sendo necessária a adoção de ações afirmativas para efetivamente que sejam incluídos e reconhecidos os direitos das mulheres na esfera diplomática. A tese não tem a finalidade de apresentar políticas públicas de inclusão para as mulheres, nem seria este o propósito de uma tese no campo da História, e, sim, apresentar reflexões e análises sobre a historicidade de uma esfera social, política, institucional no Brasil e de relações sociais que nele se inserem. Nessa trajetória de pesquisa, observa-se, eventualmente, a possibilidade de implantação de ações afirmativas, como cotas e a adoção da paridade gênero que poderiam colaborar para ampliar a igualdade de gênero na diplomacia brasileira.