Avaliação de coquetéis enzimáticos fúngicos para degradação de madeira de eucalipto
Ano de defesa: | 2023 |
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Universidade Federal de Viçosa
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Bioquímica Aplicada
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Resumo: | Avaliação de coquetéis enzimáticos fúngicos para degradação de madeira de eucalipto. Orientadora: Gabriela Piccolo Maitan-Alfenas. Coorientadores: Valéria Monteze Guimarães e Rafael Ferreira Alfenas. O Brasil é um dos maiores produtores de florestas plantadas no mundo, que consistem em áreas de cultivo madeireiro destinadas principalmente para indústrias de papel e celulose, móveis e pisos laminados, carvão vegetal e etanol celulósico. Considerando o grande impacto do setor florestal na economia brasileira, um dos grandes desafios para o setor é a presença de tocos e raízes remanescentes. Após o plantio e a colheita da madeira no campo, permanecem os troncos de árvores abatidas, conhecidos como tocos, os quais constituem um entrave para a passagem de máquinas e implementos para um novo ciclo de manejo cultural. O recurso utilizado para remoção dos tocos é a destoca mecânica, sendo relatado como um dos processos mais onerosos do cultivo. Por essa razão, uma busca de métodos alternativos para a destoca passou a ser realizada, utilizando fungos causadores de podridão de madeira para a deterioração dos tocos, o qual foi chamado de destoca biológica. Esses estudos em campo, por sua vez, indicaram ausência de estabilidade dos fungos devido a variações edafoclimáticas. Portanto, o presente estudo teve como finalidade prospectar enzimas lignocelulolíticas de 11 fungos de madeira para avaliar o potencial de coquetéis enzimáticos na degradação de cavacos de eucalipto in vitro. Os fungos foram cultivados em meio de cultura semissólido, com ausência de pré-inóculo, em 5 biomassas vegetais: madeira de eucalipto, madeira de pinus, bagaço de cana, sabugo de milho e farelo de trigo. As biomassas foram caracterizadas quimicamente, sendo as biomassas lenhosas constituídas de elevados teores de carboidratos totais e lignina, enquanto as demais apresentaram melhor distribuição entre as frações. Os teores de proteínas e minerais do farelo de trigo foram os maiores. As maiores atividades das enzimas lignocelulolíticas foram observadas para o isolado Chrysoporthe cubensis crescido em farelo de trigo por 8 dias. O isolado LPF2180 crescido em pinus por 8 dias e LPF2473 cultivado em farelo de trigo por 5 dias apresentaram atividades enzimáticas complementares, sendo também selecionados e identificados a nível molecular por meio da região ITS como Hypoxylon sp. e Aspergillus sydowii, respectivamente. O extrato enzimático de C. cubensis, concentrado por liofilização, foi utilizado para hidrólise dos cavacos de eucalipto a 40 °C, 250 rpm, durante 10 dias para avaliação do potencial de hidrólise da madeira em uma proporção de 10 e 20 Unidades de FPase por grama de cavaco (FPU/g). Ensaios com tampão acetato de sódio 50 mM, pH 5,0 e celulases comerciais (Multifect® CL) foram utilizados para comparação. Também foi avaliado o potencial de um blend formado por 10 FPU/g do extrato de C. cubensis e 5 FPU/g dos extratos de Hypoxylon sp. e Aspergillus sydowii. Alíquotas de 0, 5 e 10 dias da reação de hidrólise foram coletadas e submetidas à quantificação de açúcares redutores por ensaio do ácido 3,5- dinitrosalicílico e quantificação de glicose e xilose por cromatografia líquida de alta eficiência. Após 10 dias de hidrólise, amostras de cavacos dos tratamentos foram analisadas qualitativamente por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e microscopia óptica. O extrato enzimático de C. cubensis, na concentração de 20 FPU/g de cavaco, promoveu a maior liberação de açúcares redutores totais (67,67 mmol/L e 160,29 mmol/L após 5 e 10 dias, respectivamente), glicose (8,68 e 17,61 g/L após 5 e 10 dias, respectivamente) e xilose (3,89 g/L após 5 dias e 7,62 g/L após 10 dias). Para o mesmo tratamento, micrografias obtidas por MEV sugeriram uma evidenciação das lamelas médias das paredes vegetais do cavaco, enquanto a microscopia óptica sugeriu variações de celulose e lignina no tratamento com enzimas por coloração diferenciada, inferindo uma degradação inicial da madeira por enzimas lignocelulolíticas. Palavras-chave: Fungos. Enzimas lignocelulolíticas. Hidrólise. Destoca biológica. |
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Guimarães, Valéria MontezeAlfenas, Rafael FerreiraPimentel, Débora Cristinahttp://lattes.cnpq.br/6579374687651990Maitan-Alfenas, Gabriela Piccolo2023-05-24T12:48:10Z2023-05-24T12:48:10Z2023-02-23PIMENTEL, Débora Cristina. Avaliação de coquetéis enzimáticos fúngicos para degradação de madeira de eucalipto. 2023. 97 f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2023.https://locus.ufv.br//handle/123456789/30929https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.030Avaliação de coquetéis enzimáticos fúngicos para degradação de madeira de eucalipto. Orientadora: Gabriela Piccolo Maitan-Alfenas. Coorientadores: Valéria Monteze Guimarães e Rafael Ferreira Alfenas. O Brasil é um dos maiores produtores de florestas plantadas no mundo, que consistem em áreas de cultivo madeireiro destinadas principalmente para indústrias de papel e celulose, móveis e pisos laminados, carvão vegetal e etanol celulósico. Considerando o grande impacto do setor florestal na economia brasileira, um dos grandes desafios para o setor é a presença de tocos e raízes remanescentes. Após o plantio e a colheita da madeira no campo, permanecem os troncos de árvores abatidas, conhecidos como tocos, os quais constituem um entrave para a passagem de máquinas e implementos para um novo ciclo de manejo cultural. O recurso utilizado para remoção dos tocos é a destoca mecânica, sendo relatado como um dos processos mais onerosos do cultivo. Por essa razão, uma busca de métodos alternativos para a destoca passou a ser realizada, utilizando fungos causadores de podridão de madeira para a deterioração dos tocos, o qual foi chamado de destoca biológica. Esses estudos em campo, por sua vez, indicaram ausência de estabilidade dos fungos devido a variações edafoclimáticas. Portanto, o presente estudo teve como finalidade prospectar enzimas lignocelulolíticas de 11 fungos de madeira para avaliar o potencial de coquetéis enzimáticos na degradação de cavacos de eucalipto in vitro. Os fungos foram cultivados em meio de cultura semissólido, com ausência de pré-inóculo, em 5 biomassas vegetais: madeira de eucalipto, madeira de pinus, bagaço de cana, sabugo de milho e farelo de trigo. As biomassas foram caracterizadas quimicamente, sendo as biomassas lenhosas constituídas de elevados teores de carboidratos totais e lignina, enquanto as demais apresentaram melhor distribuição entre as frações. Os teores de proteínas e minerais do farelo de trigo foram os maiores. As maiores atividades das enzimas lignocelulolíticas foram observadas para o isolado Chrysoporthe cubensis crescido em farelo de trigo por 8 dias. O isolado LPF2180 crescido em pinus por 8 dias e LPF2473 cultivado em farelo de trigo por 5 dias apresentaram atividades enzimáticas complementares, sendo também selecionados e identificados a nível molecular por meio da região ITS como Hypoxylon sp. e Aspergillus sydowii, respectivamente. O extrato enzimático de C. cubensis, concentrado por liofilização, foi utilizado para hidrólise dos cavacos de eucalipto a 40 °C, 250 rpm, durante 10 dias para avaliação do potencial de hidrólise da madeira em uma proporção de 10 e 20 Unidades de FPase por grama de cavaco (FPU/g). Ensaios com tampão acetato de sódio 50 mM, pH 5,0 e celulases comerciais (Multifect® CL) foram utilizados para comparação. Também foi avaliado o potencial de um blend formado por 10 FPU/g do extrato de C. cubensis e 5 FPU/g dos extratos de Hypoxylon sp. e Aspergillus sydowii. 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Para o mesmo tratamento, micrografias obtidas por MEV sugeriram uma evidenciação das lamelas médias das paredes vegetais do cavaco, enquanto a microscopia óptica sugeriu variações de celulose e lignina no tratamento com enzimas por coloração diferenciada, inferindo uma degradação inicial da madeira por enzimas lignocelulolíticas. Palavras-chave: Fungos. Enzimas lignocelulolíticas. Hidrólise. Destoca biológica.Considering the great impact of the forest sector on the Brazilian economy, one of the great challenges for this sector is the presence of remaining stumps and roots. After planting and harvesting wood in the field, the remained trunks of felled trees, known as stumps, constitute an obstacle to the passage of machines and implements to a new cycle of cultural management. The resource used to remove the stumps is mechanical stump removal, which is reported as one of the costliest processes in cultivation. For this reason, a search for alternative methods for stump removal began to be carried out, using fungi that cause wood rot to degrade the stumps, which was called biological stump removal. These field studies, in turn, indicated the absence of fungal stability due to edaphoclimatic variations. Therefore, the present study aimed to prospect lignocellulolytic enzymes from 11 wood fungi to evaluate the potential of the enzymatic cocktails in the degradation of eucalyptus chips in vitro. The fungi were cultivated by semi-solid fermentation, without pre-inoculum, in 5 plant biomasses: eucalyptus wood, pine wood, sugarcane bagasse, corn cob and wheat bran. The biomasses were chemically characterized, being the woody biomass constituted of high levels of total carbohydrates and lignin, while the others showed better distribution among the fractions. The protein and mineral contents of wheat bran stood out. The highest activities of lignocellulolytic enzymes were observed for the isolate Chrysoporthe cubensis grown on wheat bran for 8 days. The isolate LPF2180 grown on pine for 8 days and LPF2473 grown on wheat bran for 5 days showed complementary enzymatic activities, being also selected and identified at the molecular level through the ITS region as Hypoxylon sp. and Aspergillus sydowii, respectively. The enzymatic extract of C. cubensis, concentrated by lyophilization, was incubated with eucalyptus wood chips at 40 °C, 250 rpm, for 10 days to evaluate the hydrolysis potential of the wood in a proportion of 10 and 20 FPase Units per gram of wood chip (FPU/g). Assays with 50 mM sodium acetate buffer, pH 5.0 and commercial cellulases (Multifect® CL) were used for comparison. The potential of a blend formed by 10 FPU/g of the C. cubensis extract and 5 FPU/g of the extracts of Hypoxylon sp. e Aspergillus sydowii was also evaluated. Aliquots from 0, 5 and 10 days of the hydrolysis reaction were collected and submitted to quantification of reducing sugars by 3,5-dinitrosalicylic acid assay and quantification of glucose and xylose by high performance liquid chromatography. After 10 days of hydrolysis, chip samples from treatments were analyzed qualitatively by Scanning Electron Microscopy (SEM) and optical microscopy. The enzymatic extract of C. cubensis, at a concentration of 20 FPU/g of chip, promoted the highest release of total reducing sugars (67.67 mmol/L and 160.29 mmol/L after 5 and 10 days, respectively), glucose (8.68 and 17.61 g/L after 5 and 10 days, respectively) and xylose (3.89 g/L after 5 days and 7.62 g/L after 10 days). For the same treatment, micrographs obtained by SEM suggested evidence of the middle lamellae of the wood chip walls, while optical microscopy suggested cellulose and lignin variations in the treatment with enzymes by different staining, inferring an initial degradation of the wood by lignocellulolytic enzymes. Keywords: Fungi. Lignocellulolytic enzymes. Hydrolysis. Biological stump removal.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaBioquímica AplicadaFungos - Cultura e meios de culturaEnzimas de fungosLignoceluloseHidróliseBioquímica AplicadaAvaliação de coquetéis enzimáticos fúngicos para degradação de madeira de eucaliptoEvaluation of fungal enzymatic cocktails for eucalyptus wood degradationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Bioquímica e Biologia MolecularMestre em Bioquímica AplicadaViçosa - MG2023-02-23Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf3083344https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30929/1/texto%20completo.pdf0e2ea53971f14f8927b5b753b506b395MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30929/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/309292023-05-24 09:48:11.426oai:locus.ufv.br:123456789/30929Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452023-05-24T12:48:11LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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Avaliação de coquetéis enzimáticos fúngicos para degradação de madeira de eucalipto. Orientadora: Gabriela Piccolo Maitan-Alfenas. Coorientadores: Valéria Monteze Guimarães e Rafael Ferreira Alfenas. O Brasil é um dos maiores produtores de florestas plantadas no mundo, que consistem em áreas de cultivo madeireiro destinadas principalmente para indústrias de papel e celulose, móveis e pisos laminados, carvão vegetal e etanol celulósico. Considerando o grande impacto do setor florestal na economia brasileira, um dos grandes desafios para o setor é a presença de tocos e raízes remanescentes. Após o plantio e a colheita da madeira no campo, permanecem os troncos de árvores abatidas, conhecidos como tocos, os quais constituem um entrave para a passagem de máquinas e implementos para um novo ciclo de manejo cultural. O recurso utilizado para remoção dos tocos é a destoca mecânica, sendo relatado como um dos processos mais onerosos do cultivo. Por essa razão, uma busca de métodos alternativos para a destoca passou a ser realizada, utilizando fungos causadores de podridão de madeira para a deterioração dos tocos, o qual foi chamado de destoca biológica. Esses estudos em campo, por sua vez, indicaram ausência de estabilidade dos fungos devido a variações edafoclimáticas. Portanto, o presente estudo teve como finalidade prospectar enzimas lignocelulolíticas de 11 fungos de madeira para avaliar o potencial de coquetéis enzimáticos na degradação de cavacos de eucalipto in vitro. Os fungos foram cultivados em meio de cultura semissólido, com ausência de pré-inóculo, em 5 biomassas vegetais: madeira de eucalipto, madeira de pinus, bagaço de cana, sabugo de milho e farelo de trigo. As biomassas foram caracterizadas quimicamente, sendo as biomassas lenhosas constituídas de elevados teores de carboidratos totais e lignina, enquanto as demais apresentaram melhor distribuição entre as frações. Os teores de proteínas e minerais do farelo de trigo foram os maiores. As maiores atividades das enzimas lignocelulolíticas foram observadas para o isolado Chrysoporthe cubensis crescido em farelo de trigo por 8 dias. O isolado LPF2180 crescido em pinus por 8 dias e LPF2473 cultivado em farelo de trigo por 5 dias apresentaram atividades enzimáticas complementares, sendo também selecionados e identificados a nível molecular por meio da região ITS como Hypoxylon sp. e Aspergillus sydowii, respectivamente. O extrato enzimático de C. cubensis, concentrado por liofilização, foi utilizado para hidrólise dos cavacos de eucalipto a 40 °C, 250 rpm, durante 10 dias para avaliação do potencial de hidrólise da madeira em uma proporção de 10 e 20 Unidades de FPase por grama de cavaco (FPU/g). Ensaios com tampão acetato de sódio 50 mM, pH 5,0 e celulases comerciais (Multifect® CL) foram utilizados para comparação. Também foi avaliado o potencial de um blend formado por 10 FPU/g do extrato de C. cubensis e 5 FPU/g dos extratos de Hypoxylon sp. e Aspergillus sydowii. Alíquotas de 0, 5 e 10 dias da reação de hidrólise foram coletadas e submetidas à quantificação de açúcares redutores por ensaio do ácido 3,5- dinitrosalicílico e quantificação de glicose e xilose por cromatografia líquida de alta eficiência. Após 10 dias de hidrólise, amostras de cavacos dos tratamentos foram analisadas qualitativamente por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e microscopia óptica. O extrato enzimático de C. cubensis, na concentração de 20 FPU/g de cavaco, promoveu a maior liberação de açúcares redutores totais (67,67 mmol/L e 160,29 mmol/L após 5 e 10 dias, respectivamente), glicose (8,68 e 17,61 g/L após 5 e 10 dias, respectivamente) e xilose (3,89 g/L após 5 dias e 7,62 g/L após 10 dias). Para o mesmo tratamento, micrografias obtidas por MEV sugeriram uma evidenciação das lamelas médias das paredes vegetais do cavaco, enquanto a microscopia óptica sugeriu variações de celulose e lignina no tratamento com enzimas por coloração diferenciada, inferindo uma degradação inicial da madeira por enzimas lignocelulolíticas. Palavras-chave: Fungos. Enzimas lignocelulolíticas. Hidrólise. Destoca biológica. |
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LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV) |
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