Intercropped plants as a reservoir of predatory mites in coffee crop with a description of a new species

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Ferla, Júlia Jantsch
• Orientador(a): Pallini Filho, Angelo
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: eng
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Área do conhecimento CNPq: Entomologia Agrícola
• Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29131; https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.144

A taxonomia descreve e identifica táxons, de modo a permitir que uma ampla diversidade de pesquisas seja desenvolvida com base na utilização de informações taxonômicas para arquitetar estratégias de manejo de pragas. O cultivo de café no Brasil se configura como um setor de grande importância econômica para o país, além de consistir em um dos exemplos de uso da identificação de organismos associados. Atualmente o Brasil é o maior produtor de café e o sistema convencional desse cultivo é feito a partir da monocultura com baixa diversificação de plantas e do uso de insumos químicos para o controle de pragas. Os químicos utilizados afetam não somente a praga alvo, diversos artrópodes e patógenos, mas também outros organismos benéficos que desempenham importantes papéis na manutenção do ecossistema, já que estes são fornecedores de serviços ecossistêmicos, como a polinização e o controle biológico. Assim, o controle biológico conservativo pode ser usado como uma estratégia alternativa ao uso de agroquímicos quando se objetiva controlar pragas nos agroecossistemas. O uso de práticas desse controle pode ser feito com uma variedade de estratégias integradas, que utilizam os serviços ecológicos da biodiversidade local. Uma das estratégias que pode ser empregada é o plantio de espécies vegetais que fornecem abrigo e alimento alternativo, como pólen e néctar, a ácaros predadores. Esse sistema resulta no aumento da biodiversidade no agroecossistema e pode permitir que um controle estável de pragas seja alcançado. Eu estudei a comunidade de ácaros sob a perspectiva taxonômica existente em um sistema de café consorciado intercalado em uma faixa lateral com plantas que fornecem pólen e néctar para a comunidade de artrópodes. Meu objetivo foi avaliar se as comunidades de ácaros fitófagos e predadores presentes nos cafeeiros sofrem modificações conforme se aumenta a distância das Espécies de Plantas Consorciadas (EPC). Eu também investiguei se existe alteração na composição das espécies de ácaros predadores e fitófagos nas EPC e avaliei o papel que essas plantas desempenham como estratégia de controle biológico conservativo. Além disso, eu descrevi de uma nova espécie de Tydeidae coletada em folhas de café e Inga. O estudo foi realizado na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Patrocínio — MG. Os ácaros foram coletados nas EPC e em café, em diferentes distâncias em um transecto de 16 metros (4, 8, 12 e 16 metros). Para realizar a descrição da nova espécie, a identificação foi feita através de chaves dicotômicas e microscópio óptico com contraste de fases e os desenhos foram feitos com o programa Adobe lllustrator®. Nesse trabalho, eu demonstrei que as EPC avaliadas não modificam a comunidade de predadores e fitófagos ao longo de um gradiente de distância. Apesar disso, estas abrigam ácaros herbívoros, que não são pragas do café e que podem ser presas alternativas para aumentar a população de predadores e, portanto, auxiliar no controle biológico de ácaros pragas no cultivo de café. Palavras-chave: Controle biológico conservativo. Diversificação do agroecossistema. Serviços ecossistêmicos. Tydeidae. Taxonomia.