Potencial produtivo e alternativas de manejo sustentável de um fragmento de Mata Atlântica secundária, município de Viçosa, Minas Gerais
Ano de defesa: | 1993 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciência Florestal
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Resumo: | O presente estudo teve como objetivos principais avaliar o potencial produtivo e propor alternativas de manejo sustentável para um povoamento florestal nativo, em estádio de sucessão secundária. Como objetivo secundário foi avaliada a estrutura fitossociológica, por meio dos parâmetros das estruturas horizontal e vertical do povoamento, assim como as suas estruturas diamétrica e volumétrica. Foram também incorporadas características qualitativas tais como: tipo de iluminação e forma de copa, grau de infestação por cipó e qualidade de fuste. Os dados para esta pesquisa foram obtidos, por meio de amostragem sistemática efetuada num fragmento de 17,0 ha de mata atlântica secundária, de propriedade da Universidade Federal de Viçosa, Município de Viçosa, Estado de Minas Gerais. Foram utilizados dois níveis de abordagem: no primeiro nível, foram registradas informações em formulário apropriado, para todos os indivíduos arbóreos com DAP >2 5,0 cm, em 11 parcelas de 1.000 m2 cada uma. No segundo nível foram assinaladas informações para todos os indivíduos arbóreos com DAP < 5,0 cm, em 22 subparcelas de 25 m2 cada uma. O fragmento de mata atlântica secundária apresentou elevada diversidade de espécies pelo Indice de Shannon- Weaver (3,809), sendo encontrados 46.098 indivíduos arbóreos por hectare (1.717 para o primeiro nível e 44.381 no segundo nível de abordagem), distribuídos em 99 espécies e 39 famílias. Foi verificado que 29 espécies componentes do dossel médio e superior não apresentaram regeneração natural, assim como oito espécies foram exclusivas do estoque da regeneração natural. Para o primeiro nível de abordagem, 10 famílias contribuíram com 73% do total de indivíduos e 52% das espécies. Já no segundo nível de abordagem, 10 famílias contribuíram com 85% do total de indivíduos e 64% do total de espécies. O padrão de distribuição espacial tipico das espécies encontradas foi o agregado. A distribuição diamétrica do povoamento apresentou o padrão característico de florestas naturais ineqüiâneas de J-invertido, com alta concentração de indivíduos nas menores classes diamétricas e um q = 2,34. A análise da estrutura diamétrica, assim como o estabelecimento de regimes de colheitas e as alternativas de manejo propostos, foram considerados a partir do ajuste da Função de Distribuição Weibull e Função Exponencial de Meyer. O potencial produtivo, isto é, o estoque volumétrico do fragmento de mata atlântica secundária é de aproximadamente 90,4933 m3/ha, concentrando-se 73% nos indivíduos com DAP < 30 cm e cerca de 63% nas classes de fuste comerciais no futuro. Os regimes de manejo proposto contemplaram três níveis de intervenção: o primeiro, bastante conservativo, com redução da área basal de, aproximadamente, 18%, D2 = 47,5 cm e q = 1,72; o segundo numa maior intensidade, com redução de 34% de área basal, D2 = 42,5 cm e q = 1,72; e o terceiro manteve o mesmo nível de redução de 34% de área basal, q = 1,72, diminuindo o limite diamétrico para a classe 35-40 cm de DAP (centro de classe 37,5 cm). A nova condição estrutural será alcançada por meio de ciclos de corte, estimulando os processos dinâmicos de sucessão, crescimento e produção, favorecendo as espécies ou grupo de espécies de valor comercial, e mantendo a diversidade florística do povoamento. |
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Silva, Alexandre Francisco daCampos, João Carlos ChagasMariscal Flores, Emilio JoséSouza, Agostinho Lopes de2022-07-05T17:28:04Z2022-07-05T17:28:04Z1993-04-13MARISCAL FLORES, Emilio José. Potencial produtivo e alternativas de manejo sustentável de um fragmento de Mata Atlântica secundária, município de Viçosa, Minas Gerais. 1993. 165 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 1993.https://locus.ufv.br//handle/123456789/29286O presente estudo teve como objetivos principais avaliar o potencial produtivo e propor alternativas de manejo sustentável para um povoamento florestal nativo, em estádio de sucessão secundária. Como objetivo secundário foi avaliada a estrutura fitossociológica, por meio dos parâmetros das estruturas horizontal e vertical do povoamento, assim como as suas estruturas diamétrica e volumétrica. 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O fragmento de mata atlântica secundária apresentou elevada diversidade de espécies pelo Indice de Shannon- Weaver (3,809), sendo encontrados 46.098 indivíduos arbóreos por hectare (1.717 para o primeiro nível e 44.381 no segundo nível de abordagem), distribuídos em 99 espécies e 39 famílias. Foi verificado que 29 espécies componentes do dossel médio e superior não apresentaram regeneração natural, assim como oito espécies foram exclusivas do estoque da regeneração natural. Para o primeiro nível de abordagem, 10 famílias contribuíram com 73% do total de indivíduos e 52% das espécies. Já no segundo nível de abordagem, 10 famílias contribuíram com 85% do total de indivíduos e 64% do total de espécies. O padrão de distribuição espacial tipico das espécies encontradas foi o agregado. A distribuição diamétrica do povoamento apresentou o padrão característico de florestas naturais ineqüiâneas de J-invertido, com alta concentração de indivíduos nas menores classes diamétricas e um q = 2,34. A análise da estrutura diamétrica, assim como o estabelecimento de regimes de colheitas e as alternativas de manejo propostos, foram considerados a partir do ajuste da Função de Distribuição Weibull e Função Exponencial de Meyer. O potencial produtivo, isto é, o estoque volumétrico do fragmento de mata atlântica secundária é de aproximadamente 90,4933 m3/ha, concentrando-se 73% nos indivíduos com DAP < 30 cm e cerca de 63% nas classes de fuste comerciais no futuro. Os regimes de manejo proposto contemplaram três níveis de intervenção: o primeiro, bastante conservativo, com redução da área basal de, aproximadamente, 18%, D2 = 47,5 cm e q = 1,72; o segundo numa maior intensidade, com redução de 34% de área basal, D2 = 42,5 cm e q = 1,72; e o terceiro manteve o mesmo nível de redução de 34% de área basal, q = 1,72, diminuindo o limite diamétrico para a classe 35-40 cm de DAP (centro de classe 37,5 cm). A nova condição estrutural será alcançada por meio de ciclos de corte, estimulando os processos dinâmicos de sucessão, crescimento e produção, favorecendo as espécies ou grupo de espécies de valor comercial, e mantendo a diversidade florística do povoamento.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaCiência FlorestalFlorestas nativas - Manejo sustentávelFloresta nativa secundária - Parâmetros florísticosFloresta nativa secundária - Parâmetros fitossociológicosFloresta nativa secundária - Estrutura diâmetricaFloresta nativa secundária - Estrutura volumétricaFloresta nativa secundária - Alternativas de manejoCiência FlorestalPotencial produtivo e alternativas de manejo sustentável de um fragmento de Mata Atlântica secundária, município de Viçosa, Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Engenharia FlorestalMestre em Ciência FlorestalViçosa - MG1993-04-13Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf34156550https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/29286/1/texto%20completo.pdf61eb381ecbd400c51f13fad049be835aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/29286/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/292862022-07-05 14:28:04.501oai:locus.ufv.br:123456789/29286Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452022-07-05T17:28:04LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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