Ter olhos de ver ?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Almeida Júnior, João Baptista de, 1952-
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: [s.n.]
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1575735
Resumo: Orientador: Joaquim Brasil Fontes
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spelling Ter olhos de ver ?SemióticaSimbolismo na comunicaçãoPercepção visualOrientador: Joaquim Brasil FontesDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas , Faculdade de EducaçãOResumo: O objetivo deste trabalho é definir fundamentos para uma metodologia de leitura da imagem no ensino. Assistimos neste século â intensificação de uma comunicação dominantemente visual, através da veiculação de mensagens iconológicas, fruto do progresso técnico-eletrônico dos meios de comunicação social. Trata-se do fenômeno de iconização dos diversos setores da sociedade moderna no âmbito da cultura de massa. Como decorrência, os indivíduos são levados a assumir uma outra dimensão de engajamento cognitivo para a apreensão e com preensão da nova realidade: a realidade ideológica dos signos icônicos que se sobrepõe e até mesmo se confunde com a realidade primeira, referencial. Nem todos, porém, estão preparados para responder semiótica e metodologicamente a essa nova ambiência. A escola, pertencendo ao mesmo contexto da indústria cultural e sendo atravessada por seus efeitos positivos e negativos, tem dificuldades em superar a forma tradicional e verbalista de ensino, testando novas pedagogias para fazer frente as atuais exigências de leitura da realidade imagética. Mesmo no caso dos livros didáticos ilustrados ou de outros recursos visuais utilizados em algumas escolas, não há uma orientação estritamente pedagógica para a leitura das imagens aí empregadas. Considerados instrumentos auxiliares no ensino, as imagens são tratadas como veículos de informação e não propriamente como objeto de análise. Esse caráter de instrumentalidade da imagem reforça o analfabetismo semiótico de educandos e educadores e justifica, de certa forma, as posturas apocalípticas e integradas destes últimos quanto ao emprego de imagens da cultura de massa na esfera de orientação escolar. Posturas que também representam formas de ver a imagem segundo condicionamentos políticos e sociais de classe. Nossa proposta é destacar metodologicamente a imagem do âmbito da cultura de massa e transformá-la, didaticamente, em objeto de leitura e de indagação para educandos e educador em sala de aula, sem perder de vista seu conteúdo social. Entre as muitas abordagens teoricamente possíveis com relação à imagem, duas merecem nossa atenção pela forma de tratamento semiótico que empregam e pelo alcance metodológico que tem conseguido na análise de fatos de linguagem: a abordagem estruturalista, derivada dos estudos de Ferdinand de Saussure, e a sociológica, do soviético Mikhail Bakhtin. Embora os dois autores tenham examinado mais propriamente o signo lingüístico, empreendemos uma seleção criticados conceitos e diretrizes metodológicas de cada enfoque, aqueles que podem ser aplicados a mensagem iconológica, a fim de explicitar o verdadeiro estatuto da imagem, a ideologia em imagem e não de Imagem, e suas relações funcionais com a realidade social. Considerando sua natureza signica e portanto ideológica, definimos enfim os fundamentos semióticos e metodológicos para uma leitura inventariante e aberta da imagem no ensino. Devido ao seu caráter polissêmico, resultado da reflexão e refração dos sentidos sociais do referente que exibe, a imagem pode ser lida, além de ser vista, como um texto. A leitura inventariante, ao nível do metalingüístico, corresponde a varredura dos olhos-consciência do leitor pela dimensão intracônica da imagem a fim de descrever seus elementos e aspectos visíveis. Na leitura aberta, por sua vez, os olhos-consciência do leitor penetram no "conteúdo-exterior" da imagem, revelando de maneira perscrutória e interpretativa os índices sociais de valor do contexto no qual se origina. Somente assim, acreditamos, a imagem pode ser considerada pedagogicamente como centro da atenção ativa dos educandos, como lugar onde a consciência educanda tende a fazer a leitura da realidade, confrontando os valores sociais do grupo social a que pertence com os valores sociais do grupo patrocinador da produção e veiculação da imagem. Desse modo também, sendo passível de uma aprendizagem de leitura inventariamente e aberta de imagens, educador e educandos poderão se converter em consumidores mais inteligentes e seletivos dos meios de comunicação social.Abstract: Not informed.MestradoMetodologia de EnsinoMestre em Educação[s.n.]Fontes Junior, Joaquim Brasil, 1939-2019Fontes Junior, Joaquim Brasil, 1939-2019Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASAlmeida Júnior, João Baptista de, 1952-1989info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf190f.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1575735ALMEIDA JÚNIOR, João Baptista de. Ter olhos de ver ?. 1989. 190f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas , Faculdade de EducaçãO, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1575735. 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