Fatores ambientais associados à epidemiologia da hantavirose em Minas Gerais no período de 2002 a 2009

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Lilia Beatriz lattes
Orientador(a): Andrade, Mônica de lattes
Banca de defesa: Cordeiro, Maria Rita Donalísio lattes, Zaia, José Eduardo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/583
Resumo: Mudanças ambientais e demográficas podem ser consideradas como as causas que mais favorecem o surgimento de novas doenças. As mudanças no uso da terra para fins agrícolas implicam no compartilhamento de espaço com vetores e reservatórios, propiciando a emergência e reemergência de doenças infecciosas. A hantavirose foi notificada, no Brasil, pela primeira vez em 1993 e, em Minas Gerais, em 1998. A hantavirose, zoonose emergente de distribuição mundial, tem sua transmissão relacionada ao íntimo contato com partículas virais eliminadas nas fezes e urina de roedores. O objetivo do estudo foi traçar o perfil epidemiológico, analisar a distribuição espacial e temporal da hantavirose, assim como verificar a correlação entre o uso do solo, fatores climáticos, demográficos e epidemiológicos em Minas Gerais, utilizando-se dos casos notificados e confirmados pelo SINAN (Sistema de Informação de Agravo de Notificação), no período de 2002 a 2009. Os resultados evidenciaram que Minas Gerais apresentou 209 casos de hantavirose, sendo o maior número de casos em 2005. A incidência variou de 7,63 a 20,79/10 milhões de habitantes. Os casos concentraram-se nas macrorregiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A taxa de letalidade variou de 20% a 52%. Homens, da raça branca, na faixa etária de 21 a 40 anos, com 4 a 7 anos, de estudo foram os mais acometidos. A maioria dos casos teve a transmissão identificada em área rural e durante as atividades ocupacionais. Este estudo confirmou a existência de um padrão sazonal da hantavirose em Minas Gerais, sendo incidente nos meses mais secos do ano. Os casos concentraram-se em áreas de cerrado e mostraram correlação positiva forte com as culturas de feijão (Região Sul/Sudoeste) e soja no Triângulo Mineiro. Resultados obtidos, por meio do cálculo do Índice de Moran Global para as variáveis estudadas, expressaram a existência de correlação espacial positiva para a hantavirose em Minas Gerais. Conclui-se que o controle da hantavirose exige um diagnóstico situacional, com o envolvimento de múltiplos profissionais, visando ao estabelecimento de políticas de prevenção e controle de casos, especialmente relacionados com as ocorrências ocupacionais.
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O objetivo do estudo foi traçar o perfil epidemiológico, analisar a distribuição espacial e temporal da hantavirose, assim como verificar a correlação entre o uso do solo, fatores climáticos, demográficos e epidemiológicos em Minas Gerais, utilizando-se dos casos notificados e confirmados pelo SINAN (Sistema de Informação de Agravo de Notificação), no período de 2002 a 2009. Os resultados evidenciaram que Minas Gerais apresentou 209 casos de hantavirose, sendo o maior número de casos em 2005. A incidência variou de 7,63 a 20,79/10 milhões de habitantes. Os casos concentraram-se nas macrorregiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A taxa de letalidade variou de 20% a 52%. Homens, da raça branca, na faixa etária de 21 a 40 anos, com 4 a 7 anos, de estudo foram os mais acometidos. A maioria dos casos teve a transmissão identificada em área rural e durante as atividades ocupacionais. Este estudo confirmou a existência de um padrão sazonal da hantavirose em Minas Gerais, sendo incidente nos meses mais secos do ano. Os casos concentraram-se em áreas de cerrado e mostraram correlação positiva forte com as culturas de feijão (Região Sul/Sudoeste) e soja no Triângulo Mineiro. Resultados obtidos, por meio do cálculo do Índice de Moran Global para as variáveis estudadas, expressaram a existência de correlação espacial positiva para a hantavirose em Minas Gerais. Conclui-se que o controle da hantavirose exige um diagnóstico situacional, com o envolvimento de múltiplos profissionais, visando ao estabelecimento de políticas de prevenção e controle de casos, especialmente relacionados com as ocorrências ocupacionais.Demographic and environmental changes may be considered the main causes that favor the emergence of new diseases. Changes in land use for agriculture imply sharing space with vectors and reservoirs, allowing the emergence and reemergence of infectious diseases. Hantaviruses was first recognized in Brazil in 1993 and, in Minas Gerais in 1998. Hantaviruses, emerging zoonosis of worldwide distribution, has its transmission related to close contact with viral particles are shed in feces and urine of rodents. The aim of the study was to determine the epidemiological profile, analyze the spatial and temporal distribution of Hantavirus as well as verify the correlation between land use, climatic factors, demographic and epidemiological in Minas Gerais, using the database of cases of hantaviruses by the Information System for Notification Diseases by Ministry of Health in the period from 2002 to 2009. A total of 209 cases were assessed, the largest number of cases in 2005. The incidence ranged from 7.63 to 20.79 / 10 million. The cases were concentrated in geographical regions of Triângulo Mineiro and Alto Paranaíba. The case fatality rate ranged from 20% to 52%. Men, caucasians, aged 21-40 years with 4-7 years of education were the most affected. The majority of cases occurred in rural areas and during occupational activities. This study confirmed the existence of a seasonal pattern of hantavirus in Minas Gerais being incident in drier months of the year. The cases were concentrated in areas of cerrado (savannah) and showed strong positive correlation with beans’ crops (South / Southwest) and soybeans in Triângulo Mineiro. Results obtained by calculating the global Moran index for the studied variables, expressed the existence of positive spatial correlation for hantaviruses in Minas Gerais. We conclude that control of hantaviruses requires a situational diagnosis with the involvement of multiple professionals aiming to establish policies to prevent and control cases, especially related to occupational occurrences.porUniversidade de FrancaPrograma de Mestrado em Promoção de SaúdeUNIFRANBrasilPós-GraduaçãoCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICAHantaviroseDoenças emergentesEcoepidemiologiaMinas GeraisFatores ambientais associados à epidemiologia da hantavirose em Minas Gerais no período de 2002 a 2009Environmental factors associeted with the epidemiology of hantaviruses in Minas Gerais in the period from 2002 to 2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAndrade, Mônica de4625765471235917http://lattes.cnpq.br/4625765471235917Cordeiro, Maria Rita Donalísio0427339683767881http://lattes.cnpq.br/0427339683767881Zaia, José Eduardo0035437055660419http://lattes.cnpq.br/00354370556604190069330964209908http://lattes.cnpq.br/0069330964209908Oliveira, Lilia Beatrizinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINALLilia Beatriz Oliveira.pdfLilia Beatriz Oliveira.pdfapplication/pdf2634952http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/583/1/Lilia%20Beatriz%20Oliveira.pdf87309eed3f19e8550dceeec0e1ddaa05MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/583/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/5832020-04-24 16:46:28.053oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/583Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2020-04-24T19:46:28Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false
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