A eletroporação induz a permeação da cafeina lipossomada em modelo cutâneo

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Gomes, Tatiana Bertacin
• Orientador(a): Zielak, João César
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Positivo
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial
• Departamento: Pós-Graduação
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Biotecnologia industrial; Eletroporação; Cromatografia em gel; Termografia
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERAL
• Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2263

A pele devido à sua estrutura celular, desenvolve inúmeras funções como a de proteção em relação a entrada dos microorganismos externos. Diante desse fato, torna-se um obstáculo na permeação de substâncias tópicas pela baixa taxa de difusão imposta pelo estrato córneo. A transferência de princípios ativos na pele, oferece inúmeras vantagens, vendo-se a necessidade de identificar e reconhecer os recursos que auxiliam neste processo. Os lipossomas são métodos conhecidos e utilizados nos tratamentos estéticos, como também a eletroporação, que vêm ganhando campo na estética. Portanto, faz-se necessário ampliar o conhecimento no uso destas ferramentas. A presente dissertação foi dividida em dois capítulos: o primeiro traz uma revisão literária dos conceitos teóricos da eletroporação e dos lipossomas, conhecidos na estética como métodos atuantes no processo de permeabilidade cutânea. Esta revisão literária, baseou-se nas características de cada instrumento, seu mecanismo de ação, aplicação e restrição de uso; no segundo capítulo, é apresentado um estudo experimental, com análise do efeito de permeabilidade cutânea da eletroporação, com o auxílio da cafeína lipossomada, mediante análise por termografia. Neste processo prático, a amostra foi constituída por 30 mulheres de 18 a 35 anos, com a ficha de dados sociodemográficos e clínico preenchidas. As regiões corporais envolvidas nas aplicações, foram as posteriores coxo femorais direita e esquerda. Cada região constituiu um grupo, o grupo 1 (G1) foi representado pela região coxo femoral posterior direita e o grupo 2 pela coxo femoral posterior esquerda. O grupo 1 foi subdividido em dois quadrantes, A e B, com área de 100 cm2 . No quadrante A foi aplicado o lipossoma sem cafeína, no quadrante B, a cafeína lipossomada. O grupo 2, representado pela região coxo femoral esquerda, foi subdividido em quadrantes C e D, com as mesmas dimensões citadas. No quadrante C, houve apenas aplicação da eletroporação com lipossomas sem cafeína, e no quadrante D, eletroporação associada à cafeína lipossomada. Todas as áreas foram avaliadas através da termografia feita antes da aplicação T0, imediatamente após T1 e após 30 (T2), 60 (T3), 90 (T4) e 120 minutos (T5). Os dados foram analisados para estabelecer, a partir das comparações, maior reação, destacando-se os locais D e B. A área D apresentou a maior resposta em relação ao aumento da temperatura. Essa reação foi detectada no período T3, com aumento médio de 2,45 ºC, em comparação à T0. No mesmo quadrante, durante o T4 e o T5, a temperatura manteve-se elevada quando comparada ao T0, porém um pouco mais baixa que o T3. O quadrante B contendo a cafeína lipossomada sem a eletroporação, alcançou no T3 uma elevação média de 0,5 ºC comparado ao T0, porém com queda nos demais periodos. Portanto, o resultado atingido na área B foi menor que na D. Dessa maneira a eletroporação, mostrou-se eficiente na permeação da cafeína lipossomada.