Influência da suplementação de açaí (Euterpe oleracea Mart.) no modelo de isquemia-reperfusão em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Alegre, Patrícia Helena Corrêa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150406
Resumo: Introdução: o estresse oxidativo é um dos principais mecanismos de lesão durante e após a isquemia miocárdica. O açaí é um fruto que possui uma elevada capacidade antioxidante. O objetivo do estudo foi avaliar a influência do açaí no modelo de isquemia global-reperfusão em ratos. Material e métodos: foram utilizados 19 ratos Wistar machos, alocados em 2 grupos: Controle (receberam dieta padrão) e Açaí (receberam dieta padrão suplementada de açaí a 5%). Após seis semanas, os animais foram submetidos ao protocolo de isquemia global-reperfusão e estudo do coração isolado. Durante o protocolo, foi avaliada a função ventricular no período pós-isquemia e reperfusão. Os corações foram utilizados para análise da porcentagem de área isquêmica, avaliação do estresse oxidativo e metabolismo energético miocárdico. Resultados: Não houve alteração estatisticamente significante entre os grupos com relação ao peso inicial, peso final, consumo diário de ração, área de infarto do miocárdio e na expressão das proteínas NF-κB fosforilado e total, FOXO1 acetilada e total, SIRT1 e Nrf-2. A suplementação de açaí promoveu menor concentração miocárdica de hidroperóxido de lipídio e observamos maior atividade das enzimas catalase, superóxido dismutase e glutationa peroxidase. Observamos maior atividade da β-hidroxiacil-coenzimaA desidrogenase, piruvato desidrogenase e citrato sintase no miocárdio dos animais que receberam açaí e menor atividade das enzimas lactato desidrogenase e fosfofrutoquinase. Com relação à cadeia respiratória mitocondrial observamos maior atividade do complexo I, complexo II e ATP sintase no grupo suplementado com açaí. A função sistólica foi semelhante entre os grupos e os animais que receberam açaí apresentaram pior função diastólica quando comparados aos animais que não receberam. Não observamos diferença entre os grupos controle e açaí em relação à área seccional do miócito. Conclusão: apesar de melhorar o metabolismo energético e atenuar o estresse oxidativo, a suplementação de açaí não diminuiu a área de infarto, bem como não melhorou a função ventricular esquerda no modelo de isquemia global/reperfusão.
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Os corações foram utilizados para análise da porcentagem de área isquêmica, avaliação do estresse oxidativo e metabolismo energético miocárdico. Resultados: Não houve alteração estatisticamente significante entre os grupos com relação ao peso inicial, peso final, consumo diário de ração, área de infarto do miocárdio e na expressão das proteínas NF-κB fosforilado e total, FOXO1 acetilada e total, SIRT1 e Nrf-2. A suplementação de açaí promoveu menor concentração miocárdica de hidroperóxido de lipídio e observamos maior atividade das enzimas catalase, superóxido dismutase e glutationa peroxidase. Observamos maior atividade da β-hidroxiacil-coenzimaA desidrogenase, piruvato desidrogenase e citrato sintase no miocárdio dos animais que receberam açaí e menor atividade das enzimas lactato desidrogenase e fosfofrutoquinase. Com relação à cadeia respiratória mitocondrial observamos maior atividade do complexo I, complexo II e ATP sintase no grupo suplementado com açaí. A função sistólica foi semelhante entre os grupos e os animais que receberam açaí apresentaram pior função diastólica quando comparados aos animais que não receberam. Não observamos diferença entre os grupos controle e açaí em relação à área seccional do miócito. Conclusão: apesar de melhorar o metabolismo energético e atenuar o estresse oxidativo, a suplementação de açaí não diminuiu a área de infarto, bem como não melhorou a função ventricular esquerda no modelo de isquemia global/reperfusão.Introduction: Oxidative stress is one of the main mechanisms of injury during and after myocardial ischemia. Açaí is a fruit that has a high antioxidant capacity. The aim of the study was to evaluate the influence of açaí in the global ischemia-reperfusion model in rats. Material and methods: We used 19 male Wistar rats, allocated in 2 groups: Control (received standard diet) and Açaí (received a standard diet supplemented with 5% açaí). After six weeks, the animals were submitted to the global ischemia-reperfusion protocol and isolated heart study. During the protocol, the ventricular function in the post-ischemic and reperfusion period was evaluated. The hearts were used to analyze the percentage of ischemic area, evaluation of oxidative stress and myocardial energetic metabolism. Results: There was no statistically significant difference between the groups in initial body weight, final body weight, daily feed intake, myocardial infarction area and expression of phosphorylated and total NF-κB protein, acetylated and total FOXO1, SIRT1 and Nrf-2. Açaí supplementation promoted a lower myocardial concentration of lipid hydroperoxide and we observed higher activity of the enzymes catalase, superoxide dismutase and glutathione peroxidase. We also observed increased activity of β-hydroxyacyl-coenzyme A dehydrogenase, pyruvate dehydrogenase, and citrate synthase in the myocardium of animals that received acai, as well lower activity of the enzymes lactate dehydrogenase and phosphofructokinase. Regarding the mitochondrial respiratory chain, we observed higher activity of complex I, complex II and ATP synthase in the group supplemented with açaí. The systolic function was similar between the groups and the animals that received açaí presented worse diastolic function when compared to the animals that did not receive. We did not observe difference between the control and açaí groups in relation to the sectional area of the myocyte. Conclusion: despite improving energy metabolism and attenuating oxidative stress, açaí supplementation did not decrease the infarcted area, nor did it improve left ventricular function in the global ischemia / reperfusion model.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Polegato, Bertha Furlan [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Alegre, Patrícia Helena Corrêa [UNESP]2017-04-25T18:24:44Z2017-04-25T18:24:44Z2017-02-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15040600088459933004064020P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-14T06:03:43Zoai:repositorio.unesp.br:11449/150406Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-10-14T06:03:43Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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