O som livre na TV Cultura: o programa A Fábrica do Som na difusão da música jovem, 1983-1984
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11449/150677 |
Resumo: | Essa dissertação tem por objetivo central analisar historicamente as interseções entre as indústrias fonográfica e televisiva, bem como, as possibilidades de abertura e manutenção de espaços na TV para a música mais alternativa as lógicas do mercado, tendo como eixo-central as relações sociais que tornaram possível a criação do programa musical televisivo A Fábrica do Som. Esta pesquisa buscou comprovar a hipótese de que A Fábrica do Som foi uma experiência televisiva contracultural e experimental que contribuiu para a difusão da música fora do mainstream, que só foi possível, devido ao contexto político cultural da época, bem como, por ter sido um projeto realizado entre duas instituições culturais sem interferências do mercado: a TV Cultura e o SESC. Contracultural, no sentido em deu espaço na TV Cultura às manifestações contra culturais, sejam elas através dos músicos, do público nas gravações ou mesmo da produção por levarem o produto ao ar, bem como se posicionarem, em diversas vezes, através de seu apresentador Tadeu Jungle, de maneira crítica frente à cultura dominante e aos valores de mercado nas artes e mídia predominantes do período. Experimental, na medida em que o musical iria romper com os valores de ordem estética na televisão propondo uma linguagem altamente criativa. O contexto político contribuiu ao musical uma vez que o processo de abertura trouxe esperanças democráticas às manifestações artísticas e midiáticas, e no âmbito cultural, conseguiu captar parte da produção musical alternativa e efetivar o projeto, via emissora pública com expertise nas produções musicais, sem incorrer às pressões comerciais de índices de audiência, e de formato televisivo, além do apoio da unidade do SESC Fábrica da Pompéia, que buscava legitimar-se, neste período, em São Paulo, enquanto instituição fomentadora de projetos alternativos. Nesta direção, esta pesquisa reflete sobre o campo televisivo brasileiro no início dos anos 80. Historia o gênero musical na história da televisão, quer em emissora pública, quer privada. Analisa as relações da TV Cultura tanto com o SESC Fábrica da Pompéia, com a Fundação Padre Anchieta, bem como com as gestões estaduais, enfatizando as continuidades e diferenças durante os governos escolhidos por eleição indireta segundo normas da ditadura militar, e o governo de Franco Montoro, eleito pelo voto direto em decorrência de medidas oficiais consonantes ao processo de abertura do regime militar. Aborda aspectos tanto da produção como do contexto social da recepção do musical. E por fim, objetiva analisar o material audiovisual propriamente dito do musical. |
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O som livre na TV Cultura: o programa A Fábrica do Som na difusão da música jovem, 1983-1984The free sound in TV Cultura: the program A Fábrica do Som in the diffusion of the young music, 1983-1984TelevisãoProgramas musicaisTV CulturaDitadura militarTelevisionMusical programsTV Cultura of São PauloMilitary dictatorshipEssa dissertação tem por objetivo central analisar historicamente as interseções entre as indústrias fonográfica e televisiva, bem como, as possibilidades de abertura e manutenção de espaços na TV para a música mais alternativa as lógicas do mercado, tendo como eixo-central as relações sociais que tornaram possível a criação do programa musical televisivo A Fábrica do Som. Esta pesquisa buscou comprovar a hipótese de que A Fábrica do Som foi uma experiência televisiva contracultural e experimental que contribuiu para a difusão da música fora do mainstream, que só foi possível, devido ao contexto político cultural da época, bem como, por ter sido um projeto realizado entre duas instituições culturais sem interferências do mercado: a TV Cultura e o SESC. Contracultural, no sentido em deu espaço na TV Cultura às manifestações contra culturais, sejam elas através dos músicos, do público nas gravações ou mesmo da produção por levarem o produto ao ar, bem como se posicionarem, em diversas vezes, através de seu apresentador Tadeu Jungle, de maneira crítica frente à cultura dominante e aos valores de mercado nas artes e mídia predominantes do período. Experimental, na medida em que o musical iria romper com os valores de ordem estética na televisão propondo uma linguagem altamente criativa. O contexto político contribuiu ao musical uma vez que o processo de abertura trouxe esperanças democráticas às manifestações artísticas e midiáticas, e no âmbito cultural, conseguiu captar parte da produção musical alternativa e efetivar o projeto, via emissora pública com expertise nas produções musicais, sem incorrer às pressões comerciais de índices de audiência, e de formato televisivo, além do apoio da unidade do SESC Fábrica da Pompéia, que buscava legitimar-se, neste período, em São Paulo, enquanto instituição fomentadora de projetos alternativos. Nesta direção, esta pesquisa reflete sobre o campo televisivo brasileiro no início dos anos 80. Historia o gênero musical na história da televisão, quer em emissora pública, quer privada. Analisa as relações da TV Cultura tanto com o SESC Fábrica da Pompéia, com a Fundação Padre Anchieta, bem como com as gestões estaduais, enfatizando as continuidades e diferenças durante os governos escolhidos por eleição indireta segundo normas da ditadura militar, e o governo de Franco Montoro, eleito pelo voto direto em decorrência de medidas oficiais consonantes ao processo de abertura do regime militar. Aborda aspectos tanto da produção como do contexto social da recepção do musical. E por fim, objetiva analisar o material audiovisual propriamente dito do musical.This dissertation aims to analyze historically the intersections between the phonographic and television industries, as well as the possibilities of opening and maintaining spaces in the TV for music more alternative to the logics of the market, having as central axis the social relations that have made possible to create the television program A Fábrica do Som. This research sought to prove the hypothesis that A Fábrica do Som was a countercultural and experimental television experience that contributed to the diffusion of music outside the mainstream, which was only possible due to the context cultural politics of the time, as well as being a project carried out between two cultural institutions without market interference: TV Cultura and SESC. Contracultural, in the sense in gave space in the TV Cultura to the manifestations against cultural, be they through the musicians, the public in the recordings or even of the production for taking the product to the air, as well as position themselves, in several times, through its presenter Tadeu Jungle, critically in the face of the dominant culture and market values in the prevailing arts and media of the period. Experimental, insofar as the musical would break with the values of aesthetic order on television proposing a highly creative language. The political context contributed to the musical since the process of openness brought democratic hopes to the artistic and mediatic manifestations, and in the cultural scope, managed to capture part of the alternative musical production and to effect the project, via public broadcaster with expertise in musical productions, without incurring commercial pressures of audience ratings and television format, as well as the support of the SESC Fábrica da Pompéia unit, which sought to legitimize, in this period, in São Paulo, as an institution that promotes alternative projects. In this direction, this research reflects on the Brazilian television field in the early 80's. History the musical genre in the history of television, whether in public or private broadcasters. It analyzes TV Cultura's relations with SESC Fábrica da Pompéia, with the Fundação Padre Anchieta, as well as with the state administrations, emphasizing the continuities and differences during the governments chosen by indirect election according to norms of the military dictatorship, and the government of Franco Montoro, elected by direct vote as a result of official measures consonant with the process of opening the military regime. It addresses aspects of both the production and the social context of the reception of the musical. And finally, it aims to analyze the audiovisual material proper of the musical.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Busetto, Áureo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Alves, Rafael Paiva [UNESP]2017-05-17T12:56:36Z2017-05-17T12:56:36Z2017-02-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15067700088591233004048018P5porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-17T13:06:09Zoai:repositorio.unesp.br:11449/150677Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:57:41.375340Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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