Viabilidade e práticas de manejo de doenças para produção familiar integrada de tomate por agricultores de Vilhena, RO: solarização, enxertia e bacilos no controle da murcha bacteriana

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Lima, Valdique Gilberto de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Tomateiro; Doenças e pragas; Manejo integrado; Diagnóstico; Associação de produtores rurais familiares; Custos de produção; Tomato crop; Diseases and pests; Integrated management; Diagnosis; Association of familial farmers; Production costs
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194504

A cultura do tomate é uma das principais hortaliças do Brasil. Entretanto, o tomateiro é susceptível a vários patógenos que podem diminuir a produtividade da cultura. Dentre estes Ralstonia solanacearum causa a murcha bacteriana e vem causando danos significativos, por se adaptar facilmente a climas tropicais ou subtropicais úmidos. Após a emergência do patógeno da murcha vascular bacteriana na área, o controle da doença é muito difícil. Porém, com a utilização de métodos de controle integrados, é possível otimizar o controle da população da bactéria, através de medidas preventivas e complementares. Isso porque, nenhuma medida isolada é suficiente para evitar perdas quando as condições ambientais forem favoráveis à doença. O primeiro trabalho deste estudo teve como objetivo caracterizar o sistema de produção dos agricultores familiares de tomate, vinculados à Associação dos Pequenos Produtores de Rurais do Planalto Parecis - Aprocis, do município de Vilhena (RO), e verificar a possível aderência aos parâmetros da produção integrada (PI). O diagnóstico foi realizado por meio de visitas técnicas nas áreas de produção de tomate, e aplicação de formulário junto a 23 produtores da referida Associação, em 2019. Para a análise dos dados empregou-se estatística descritiva. Os resultados permitiram constatar que os sistemas de produção dos agricultores pesquisados não se enquadram nas normas recomendadas em termos de produção integrada, embora cerca da metade das práticas de TI sejam utilizadas pelos mesmos, o que indica um potencial, desse grupo de agricultores familiares, de adotarem o sistema. O objetivo do segundo trabalho deste estudo foi realizar o manejo de controle da murcha bacteriana do tomateiro (Ralstonia solanacearum), por meio da solarização, enxertia em Solanum crinitum (Jurubebão) e o biocontrole com Bacillus subtilis, utilizando um delineamento em blocos casualizados (DBC). O trabalho foi constituído oito tratamentos com quatro repetições, usando doze plantas por unidade experimental, no espaçamento de 1,20 x 0,40 metros. O experimento foi realizado a campo nas dependências do IFRO – Campus Colorado do Oeste, situado a 442 metros de Altitude, com Latitude 13° 7' 3'' Sul e Longitude 60° 32' 28'' Oeste, no Setor de Produção Vegetal I (Horticultura). No decorrer da pesquisa foram analisados, o índice de doença, redução proporcional na incidência da doença, largura dos frutos, comprimento dos frutos, diâmetro de caule, massa média dos frutos, produtividade estimada e custo de produção para cada tratamento na cultura do tomate. Concluiu-se que a utilização do manejo integrado de doenças com B. subtillis, solarização e enxertia reduziram significativamente o número de plantas mortas. O tratamento solarização + B. subtillis apresentou maior lucratividade.