A new Sphagesauridae (Crocodyliformes, Notosuchia) from Brazil and the evolutionary history of Mesozoic notosuchians
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11449/191885 |
Resumo: | Sphagesauridae é um grupo de Notosuchia do Cretáceo Superior sul-americano distinguido por mandíbula e dentição extremamente especializadas. No presente estudo, foi descrito um novo Sphagesauridae da Formação Santo Anastácio (Grupo Caiuá, Bacia Bauru), no sudeste do Brasil. O material descrito consiste em um palato parcialmente preservado, neurocrânio, mandíbula e dentição fragmentária. A nova espécie pôde ser atribuída ao gênero Caipirasuchus graças à uma região da sínfise mandibular anteroposteriormente longa e lateromedialmente estreita; à presença de cristas apicobasais e esmalte rugoso nos dentes posteriores; à um diastema entre os alvéolos dentários D5 e D6; e à uma linha de forames neurovasculares na superfície lateral do dentário. Foi eregida a espécie Caipirasuchus attenboroughi baseado-se em caracteres que a distingue das demais espécies de Caipirasuchus, incluindo uma maior divergência no ângulo formado entre as hemimandíbulas (aproximadamente 35º); uma maior inclinação ventrolateral da superfície dos dentários posterior à dentição; uma conexão entre a margem anteroventral da fenestra mandibular externa e o canal meckeliano; e a sutura angular-esplenial em forma de “V”. Foi realizada uma análise filogenética atualizada, que recuperou o clado tradicionalmente conhecido como “notossúquios avançados”, bem como erigido o nome Sphagesauria para este clado. Em uma escala mais ampla, foi recuperado um clado de Notosuchia que inclui Uruguaysuchidae e diversos táxons de Notosuchia considerados “basais” como grupos irmãos consecutivos do clado formado por Sphagesauria + Baurusuchia. Por fim, foi conduzida uma análise biogeográfica, BioGeoBEARS, para melhor entender, em termos temporal e espacial, as cladogêneses implicadas por nossos resultados. Para explicar a distribuição errática dos táxons durante o Cretáceo Inferior e Superior em Gondwana, foi sugerido uma origem barremiana para as formas “derivadas” de Notosuchia. Tal sugestão é corroborada pela hipótese Pan-Gondwana de distribuição de Notosuchia. |
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A new Sphagesauridae (Crocodyliformes, Notosuchia) from Brazil and the evolutionary history of Mesozoic notosuchiansUm novo Sphagesauridae (Crocodyliformes, Notosuchia) do Brasil e a história evolutiva dos notossúquios mesozóicosPaleontologiaVertebradosEvolução (Biologia)PaleontologyVertebratesEvolution (Biology)Sphagesauridae é um grupo de Notosuchia do Cretáceo Superior sul-americano distinguido por mandíbula e dentição extremamente especializadas. No presente estudo, foi descrito um novo Sphagesauridae da Formação Santo Anastácio (Grupo Caiuá, Bacia Bauru), no sudeste do Brasil. O material descrito consiste em um palato parcialmente preservado, neurocrânio, mandíbula e dentição fragmentária. A nova espécie pôde ser atribuída ao gênero Caipirasuchus graças à uma região da sínfise mandibular anteroposteriormente longa e lateromedialmente estreita; à presença de cristas apicobasais e esmalte rugoso nos dentes posteriores; à um diastema entre os alvéolos dentários D5 e D6; e à uma linha de forames neurovasculares na superfície lateral do dentário. Foi eregida a espécie Caipirasuchus attenboroughi baseado-se em caracteres que a distingue das demais espécies de Caipirasuchus, incluindo uma maior divergência no ângulo formado entre as hemimandíbulas (aproximadamente 35º); uma maior inclinação ventrolateral da superfície dos dentários posterior à dentição; uma conexão entre a margem anteroventral da fenestra mandibular externa e o canal meckeliano; e a sutura angular-esplenial em forma de “V”. Foi realizada uma análise filogenética atualizada, que recuperou o clado tradicionalmente conhecido como “notossúquios avançados”, bem como erigido o nome Sphagesauria para este clado. Em uma escala mais ampla, foi recuperado um clado de Notosuchia que inclui Uruguaysuchidae e diversos táxons de Notosuchia considerados “basais” como grupos irmãos consecutivos do clado formado por Sphagesauria + Baurusuchia. Por fim, foi conduzida uma análise biogeográfica, BioGeoBEARS, para melhor entender, em termos temporal e espacial, as cladogêneses implicadas por nossos resultados. Para explicar a distribuição errática dos táxons durante o Cretáceo Inferior e Superior em Gondwana, foi sugerido uma origem barremiana para as formas “derivadas” de Notosuchia. Tal sugestão é corroborada pela hipótese Pan-Gondwana de distribuição de Notosuchia.Sphagesaurids are a group of Late Cretaceous notosuchians from South America distinguished by highly specialized jaws and dentition. In this study, we describe a new sphagesaurid from the Santo Anastácio Formation (Caiuá Group, Bauru Basin), southeast Brazil. The new described remains consist of a partial palate, neurocranium, mandible and fragmentary dentition. The new specimen is assigned to the Genus Caipirasuchus due to a lateromedially narrow and anteroposterior long mandibular symphyseal region, the presence of apicobasal ridges and rugose enamel surface in posterior teeth, a diastema between the D5 and D6 alveoli, and a linear row of large neurovascular foramina in the lateral surface of the dentary. The species Caipirasuchus attenboroughi was erected based on characters that distinguish it from the other Caipirasuchus species, such as a greater divergence angle between the hemimandibles (approximately 35°), a ventrolaterally inclined surface of the dentaries posterior to the toothrow, a connection between the anteroventral margin of the external mandibular fenestra with the floor of the Meckelian canal, and the anterior process of angular in the contacting the splenial, forming a V-shaped suture. An updated phylogenetic analysis was performed, recovering the clade traditionally called “advanced notosuchians” for which the name Sphagesauria was employed. In a broader scale, we recovered a clade of notosuchians that includes uruguaysuchids and an array of other notosuchians as consecutive sister-groups of Sphagesauria + Baurusuchia. A BioGeoBEARS analysis was conduced to understand the timing and place of the cladogenesis implied by our results. It was suggested that the apparent erratic distribution of basal forms of notosuchians in Gondwana landmasses during the Early and Late Cretaceous is a result of a Barremian origin for this clade, which corroborates the Pan-Gondwanan hypothesis for the distribution of notosuchians.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)CAPES: 88882.330430/2019-01FAPESP: 2014/03825-3Universidade Estadual Paulista (Unesp)Montefeltro, Felipe Chinaglia [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ruiz, Juan Vítor2020-03-17T17:09:10Z2020-03-17T17:09:10Z2020-03-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19188500092970433004153072P693133328271517140000-0001-6519-8546enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-22T06:19:08Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191885Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-22T06:19:08Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Sphagesauridae é um grupo de Notosuchia do Cretáceo Superior sul-americano distinguido por mandíbula e dentição extremamente especializadas. No presente estudo, foi descrito um novo Sphagesauridae da Formação Santo Anastácio (Grupo Caiuá, Bacia Bauru), no sudeste do Brasil. O material descrito consiste em um palato parcialmente preservado, neurocrânio, mandíbula e dentição fragmentária. A nova espécie pôde ser atribuída ao gênero Caipirasuchus graças à uma região da sínfise mandibular anteroposteriormente longa e lateromedialmente estreita; à presença de cristas apicobasais e esmalte rugoso nos dentes posteriores; à um diastema entre os alvéolos dentários D5 e D6; e à uma linha de forames neurovasculares na superfície lateral do dentário. Foi eregida a espécie Caipirasuchus attenboroughi baseado-se em caracteres que a distingue das demais espécies de Caipirasuchus, incluindo uma maior divergência no ângulo formado entre as hemimandíbulas (aproximadamente 35º); uma maior inclinação ventrolateral da superfície dos dentários posterior à dentição; uma conexão entre a margem anteroventral da fenestra mandibular externa e o canal meckeliano; e a sutura angular-esplenial em forma de “V”. Foi realizada uma análise filogenética atualizada, que recuperou o clado tradicionalmente conhecido como “notossúquios avançados”, bem como erigido o nome Sphagesauria para este clado. Em uma escala mais ampla, foi recuperado um clado de Notosuchia que inclui Uruguaysuchidae e diversos táxons de Notosuchia considerados “basais” como grupos irmãos consecutivos do clado formado por Sphagesauria + Baurusuchia. Por fim, foi conduzida uma análise biogeográfica, BioGeoBEARS, para melhor entender, em termos temporal e espacial, as cladogêneses implicadas por nossos resultados. Para explicar a distribuição errática dos táxons durante o Cretáceo Inferior e Superior em Gondwana, foi sugerido uma origem barremiana para as formas “derivadas” de Notosuchia. Tal sugestão é corroborada pela hipótese Pan-Gondwana de distribuição de Notosuchia. |
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