A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Martins, Roseli Figueiredo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92330
Resumo: Neste trabalho discuto uma fantasia. Não a fantasia vinculada ao faz-deconta das histórias narradas às crianças, mas, a fantasia expressa por um desejo aparentemente incorporado por grande parte dos habitantes de um país, no qual as pessoas fazem de conta que não há discriminação quando há, que não há racismo quando há. Neste país o faz de contas é vivido por adultos e crianças. Tento observar mais de perto, como meninas negras se inserem neste mundo de fantasias e, a partir delas e por meio delas constroem sua identidade. O trabalho foi realizado com meninas que, no ano de 2005, estavam cursando a 4ª série do Ensino Fundamental, em escolas públicas da periferia da cidade de São Paulo. Minha hipótese é a de que as meninas negras teriam dificuldade para a aceitação dos traços estéticos de seu corpo que as identificariam como negras (cabelos,tom de pele ou cor) e que isso se relacionaria diretamente a um padrão feminino construído como o mais bonito e o mais aceitável com os quais não se identificariam, por natureza. Usei como instrumentos para minha pesquisa contos de fadas, desenhos e dramatizações por entender que esse seria o caminho mais adequado para chegar às fantasias das meninas. Através dos contos tentei descobrir como negociavam com as personagens das histórias narradas de modo a resolverem suas próprias fantasias em relação à imagem dos príncipes, das princesas e delas mesmas.
id UNSP_9bcde90f7f2b92ba5b07753d754643d0
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/92330
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str
spelling A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contasEducaçãoNegras - Identidade racialIdentityBlack girlEducationNeste trabalho discuto uma fantasia. Não a fantasia vinculada ao faz-deconta das histórias narradas às crianças, mas, a fantasia expressa por um desejo aparentemente incorporado por grande parte dos habitantes de um país, no qual as pessoas fazem de conta que não há discriminação quando há, que não há racismo quando há. Neste país o faz de contas é vivido por adultos e crianças. Tento observar mais de perto, como meninas negras se inserem neste mundo de fantasias e, a partir delas e por meio delas constroem sua identidade. O trabalho foi realizado com meninas que, no ano de 2005, estavam cursando a 4ª série do Ensino Fundamental, em escolas públicas da periferia da cidade de São Paulo. Minha hipótese é a de que as meninas negras teriam dificuldade para a aceitação dos traços estéticos de seu corpo que as identificariam como negras (cabelos,tom de pele ou cor) e que isso se relacionaria diretamente a um padrão feminino construído como o mais bonito e o mais aceitável com os quais não se identificariam, por natureza. Usei como instrumentos para minha pesquisa contos de fadas, desenhos e dramatizações por entender que esse seria o caminho mais adequado para chegar às fantasias das meninas. Através dos contos tentei descobrir como negociavam com as personagens das histórias narradas de modo a resolverem suas próprias fantasias em relação à imagem dos príncipes, das princesas e delas mesmas.In this work, I discuss a fantasy. It is not the fantasy about fairy tales narrated in stories for children, but the fantasy that manifests the apparently incorporated desire of the big part of the country's inhabitants; a country where people pretend that discrimination does not happen, but it does, that there is not racism, but there is. In this country, this situation is experienced by adults and children. I try to closely observe how the black girls participated in this world of fantasies and how they build their identity from them and among them. The work has been realized with girls that were studying at stage four classes, in public fundamental schools of the São Paulo city' peripheral area. My hypothesis is that the black girls would have difficulties to accept their physical characteristics, mainly those characteristics that identify them as African descendent people (hair, skin color or tonality), and that this fact would be related to the social feminine standard that they cannot reach, because of their nature. I used fairy tales, draws and dramas as research's frameworks because I believe that those are the best ways to contact with the girls' fantasies. Through the fairy tales I tried to discover how the girls were negotiating with the stories characters, to solve their own fantasies related to the prince' image, princess' image and themselves.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Santos, Gislene Aparecida dos [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Martins, Roseli Figueiredo [UNESP]2014-06-11T19:25:59Z2014-06-11T19:25:59Z2006-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis144 f. : il.application/pdfMARTINS, Roseli Figueiredo. A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas. 2006. 144 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2006.http://hdl.handle.net/11449/92330000476823martins_rf_me_prud.pdf33004129044P6Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-20T12:44:06Zoai:repositorio.unesp.br:11449/92330Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462025-03-28T15:27:58.489195Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas
title A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas
spellingShingle A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas
Martins, Roseli Figueiredo [UNESP]
Educação
Negras - Identidade racial
Identity
Black girl
Education
title_short A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas
title_full A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas
title_fullStr A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas
title_full_unstemmed A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas
title_sort A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas
author Martins, Roseli Figueiredo [UNESP]
author_facet Martins, Roseli Figueiredo [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Santos, Gislene Aparecida dos [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins, Roseli Figueiredo [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Educação
Negras - Identidade racial
Identity
Black girl
Education
topic Educação
Negras - Identidade racial
Identity
Black girl
Education
description Neste trabalho discuto uma fantasia. Não a fantasia vinculada ao faz-deconta das histórias narradas às crianças, mas, a fantasia expressa por um desejo aparentemente incorporado por grande parte dos habitantes de um país, no qual as pessoas fazem de conta que não há discriminação quando há, que não há racismo quando há. Neste país o faz de contas é vivido por adultos e crianças. Tento observar mais de perto, como meninas negras se inserem neste mundo de fantasias e, a partir delas e por meio delas constroem sua identidade. O trabalho foi realizado com meninas que, no ano de 2005, estavam cursando a 4ª série do Ensino Fundamental, em escolas públicas da periferia da cidade de São Paulo. Minha hipótese é a de que as meninas negras teriam dificuldade para a aceitação dos traços estéticos de seu corpo que as identificariam como negras (cabelos,tom de pele ou cor) e que isso se relacionaria diretamente a um padrão feminino construído como o mais bonito e o mais aceitável com os quais não se identificariam, por natureza. Usei como instrumentos para minha pesquisa contos de fadas, desenhos e dramatizações por entender que esse seria o caminho mais adequado para chegar às fantasias das meninas. Através dos contos tentei descobrir como negociavam com as personagens das histórias narradas de modo a resolverem suas próprias fantasias em relação à imagem dos príncipes, das princesas e delas mesmas.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-09-01
2014-06-11T19:25:59Z
2014-06-11T19:25:59Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv MARTINS, Roseli Figueiredo. A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas. 2006. 144 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2006.
http://hdl.handle.net/11449/92330
000476823
martins_rf_me_prud.pdf
33004129044P6
identifier_str_mv MARTINS, Roseli Figueiredo. A Identidade de meninas negras: o mundo do faz de contas. 2006. 144 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2006.
000476823
martins_rf_me_prud.pdf
33004129044P6
url http://hdl.handle.net/11449/92330
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 144 f. : il.
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv repositoriounesp@unesp.br
_version_ 1834485786125271040