Projeto Comédia Popular Brasileira da Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes (1993-2008): trajetória do ver, ouvir e imaginar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ninin, Roberta Cristina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86873
Resumo: O principal objetivo da presente pesquisa é registrar e compreender a trajetória do Projeto Comédia Popular Brasileira (CPB) e, consequentemente, da Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes por meio das personagens criadas durante 15 anos de pesquisa estética (1993-2008). São objetos de análise os projetos específicos desenvolvidos a cada fase do Projeto CPB, suas respectivas peças e espetáculos, concepções de personagens, o trabalho e formação dos atores e a relação estabelecida com o alvo principal de sua vida teatral: o público. Em sua primeira fase (1993-1997) – VER, a Fraternal cria personagens-tipo brasileiras, influenciada pelos comediógrafos Martins Pena, Artur Azevedo e Ariano Suassuna, retomando o diálogo com os tipos fixos da commedia dell´arte. Na segunda fase (1998-2001) – OUVIR, as personagens-tipo cedem o protagonismo às personagens inspiradas nas festas populares medievais, pautadas no estudo teórico de Mikhail Bakhtin. E, na terceira fase (2002-2008) – IMAGINAR, atores saltimbancos apresentam as personagens por meio da narração e da representação. Neste período, a Cia. aprofunda sua prática no jogo cênico estabelecido entre personagens, atores e narradores para a construção dramatúrgica e interpretativa de seus espetáculos, inspirada em Bertolt Brecht e Luigi Pirandello. A escolha de personagens como interlocutoras dos anseios e da história do povo brasileiro refletiu, desde o início, a específica visão de mundo e de cultura popular adotada pela Fraternal, referendada no ponto de vista contrário ao da classe dominante, o da classe dominada, visão reveladora e regeneradora. Dario Fo (1999), Mikhail Bakhtin (1987), Walter Benjamin (1994) e Bertolt Brecht, pautados tanto no que concerne a uma apreensão da encenação e da interpretação cômica, quanto a seus posicionamentos críticos...
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Em sua primeira fase (1993-1997) – VER, a Fraternal cria personagens-tipo brasileiras, influenciada pelos comediógrafos Martins Pena, Artur Azevedo e Ariano Suassuna, retomando o diálogo com os tipos fixos da commedia dell´arte. Na segunda fase (1998-2001) – OUVIR, as personagens-tipo cedem o protagonismo às personagens inspiradas nas festas populares medievais, pautadas no estudo teórico de Mikhail Bakhtin. E, na terceira fase (2002-2008) – IMAGINAR, atores saltimbancos apresentam as personagens por meio da narração e da representação. Neste período, a Cia. aprofunda sua prática no jogo cênico estabelecido entre personagens, atores e narradores para a construção dramatúrgica e interpretativa de seus espetáculos, inspirada em Bertolt Brecht e Luigi Pirandello. A escolha de personagens como interlocutoras dos anseios e da história do povo brasileiro refletiu, desde o início, a específica visão de mundo e de cultura popular adotada pela Fraternal, referendada no ponto de vista contrário ao da classe dominante, o da classe dominada, visão reveladora e regeneradora. Dario Fo (1999), Mikhail Bakhtin (1987), Walter Benjamin (1994) e Bertolt Brecht, pautados tanto no que concerne a uma apreensão da encenação e da interpretação cômica, quanto a seus posicionamentos críticos...The present research aims at recording and understanding the trajectory of the Projeto Comédia Popular Brasileira (CPB) and, consequently, of the Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes, through the characters created during the 15 years of esthetical research (1993-2008). The objects of this analysis are the specific projects developed at each phase of the CPB Project, their respective plays and spectacles, the conception of the characters and actors' work and formation as well as their relation with their main target: the audience. During its first phase (1993-1997) – SEE, Fraternal creates Brazilian-type characters, influenced by the comedians Martins Pena, Artur Azevedo and Ariano Suassuna and reestablishing the dialogue with the fixed types of commedia dell´arte. In its second phase (1998-2001) – HEAR, the character-types give space to characters inspired by medieval popular parties/festivals, based on the study of Mikhail Bakhtin. Finally, in its third phase (2002-2008) – IMAGINE, acrobat actors introduce the characters through narration and acting. In this period, the Society deepens its practice through the scenic interplay between characters, actors and narrators for the dramaturgical and interpretive construction of its spectacles, which was inspired by Bertolt Brecht e Luigi Pirandello. The choice of characters as interlocutors of Brazilian people history and wishes reflected, since the very beginning, the specific world and popular culture view taken by Fraternal which is opposed to the dominant class' one. Conversely, it meets the dominated class' view in a revealing and regenerative way. Dario Fo (1999), Mikhail Bakhtin (1987), Walter Benjamin (1994) and Bertolt Brecht, guided by what concerns staging and comic interpretation/acting as well as by their critical view of the artistic activity, were... (Complete abstract click electronic access below)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Bolognesi, Mario Fernando [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ninin, Roberta Cristina [UNESP]2014-06-11T19:22:27Z2014-06-11T19:22:27Z2009-10-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis174 f. : il.application/pdfNININ, Roberta Cristina. Projeto Comédia Popular Brasileira da Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes (1993-2008): trajetória do ver, ouvir e imaginar. 2009. 174 f. 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