O México entre telas e gravuras: identidade nacional e arquivo visual no filme Rio Escondido (1947)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: De Fazio, Andréa Helena Puydinger
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181649
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar a circulação das várias imagens históricas que constituem as narrativas de nação mexicana, mais especificamente as que foram ressignificadas por Gabriel Figueroa e a equipe do diretor Emilio Fernández no filme Rio Escondido (1947, Dir.: Emilio Fernández). Pelo fato de o filme ter sido produzido e lançado durante o período que a historiografia denominou de a “Era de Ouro” do cinema mexicano, no início do governo de Miguel Alemán (1946-1952), partimos da hipótese de que o cinema do referido período dialogava fortemente com os projetos políticos vigentes naquele contexto, bem como com a pintura muralista das duas décadas anteriores e com outros intelectuais e artistas precedentes. De forma mais específica, acreditamos que o filme Rio Escondido também contribuiu fortemente para estes diálogos entre o Estado e as tentativas de consolidação de uma cultura dita nacional, por meio da circulação das imagens de nação, produzidas, mobilizadas e recuperadas ao longo da história mexicana para a legitimação de projetos políticos daquele presente e visando à construção do futuro do país. Em Rio Escondido, tais intenções se fazem notáveis, a nosso ver, por meio das linguagens, símbolos e representações de caráter histórico e nacionalista, expressadas por meio de imagens que retrataram eventos, “heróis”, símbolos geográficos e naturais “típicos”, produzidas desde o século XIX e que compuseram um “arquivo visual”, conforme a expressão de Zuzana Pick, da nação mexicana ao longo do tempo. No entanto, além da arte produzida por artistas nacionais, o filme também se utilizou de pinturas e imagens de artistas estrangeiros, o que configurou uma complexa relação entre os elementos do cinema mexicano e estrangeiros na produção cultural da identidade nacional mexicana.
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