Identidades autônomas ou identidades subservientes: um estudo sobre projeto de vida em escolas de ensino médio

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Camargo, Eduardo de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Identidade; Juventudes; Ensino médio; Neoliberalismo; Discurso; Identity; Youth; High school; Neoliberalism; Speech
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235518

A escola enquanto espaço de convivência, interação e compartilhamento do conhecimento historicamente acumulado é entendida enquanto importante instituição a ser observada na construção de identidade. Esse trabalho pretendeu-se a observar sob um olhar crítico, como foram pensados e propostos o Programa de ensino integral no estado de São Paulo e os Projetos de Vida ofertados aos alunos da rede pública do estado. Trata-se de um estudo qualitativo que tem como fonte de análise a legislação que implementou o Programa de ensino Integral, as diretrizes básicas desse programa, o plano estratégico 2019-2022 e os materiais que compõem o módulo Projeto de vida – cadernos dos professores e dos alunos. O objetivo desse trabalho é refletir sobre como as políticas educacionais e os materiais que fundamentam o Ensino Médio de Tempo Integral e o Projeto de Vida contribuem para a construção da identidade desses estudantes. Nesse sentido fez-se necessário compreender como o estado por meio de suas políticas públicas na educação construiu a ideia de protagonismo, autonomia, flexibilidade e inovação presentes nos materiais analisados. Chegou-se a conclusão de que os discursos presentes na legislação bem como nos materiais didáticos adequaram-se no decorrer do tempo e utilizam termos que remetem a um ideário inovador e de emancipação, todavia, quando analisados criticamente reforçam as armadilhas do motor neoliberal de meritocracia que responsabiliza e culpabiliza as juventudes por seus próprios destinos, afastando o estado de suas responsabilidades constitucionais e de uma educação verdadeiramente emancipadora que possibilite uma identidade autônoma.