Helmintofauna de anuros em fragmentos de mata atlântica no município de São Luiz do Paraitinga, SP

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Bueno, Regiane Maria dos Reis
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Anuros; Bioindicadores; Helmintofauna; Biodiversidade; Protozoários; Anurans; Bioindicators; Helminth fauna; Protozoa
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250084

Atualmente presenciamos uma época em que as mudanças ambientais vêm causando grande impacto na distribuição das espécies e na organização das comunidades ecológicas e a preservação se faz necessária para garantir a manutenção a composição das espécies no ambiente. Alinhado com os estudos de metazoários parasitos, que se mostraram mais eficazes para a identificação dessas mudanças e devido a sua grande ocorrência em anuros e da possibilidade de serem utilizados como bioindicadores ambientais, os trabalhos a respeito da helmintofauna receberam uma atenção maior. Anfíbios anuros, em todas as suas fases de desenvolvimento, atuam como hospedeiros de várias espécies de protozoários e metazoários e as relações parasito-hospedeiro também são diversas, podendo ser desde inofensivas e até mesmo benéficas para ambos, ou ruins, podendo até mesmo serem patogênicas. Diante disso os objetivos do trabalho foram de inventariar a fauna parasitária das espécies que foram encontradas, verificar se ocorre diferenças entre áreas fragmentadas e áreas de vegetação contínua e avaliar se existe relação entre essa helmintofauna e a presença de protozoários do trato gastrointestinal dos hospedeiros. Foram coletados um total de 71 anuros, sendo 56 da espécie Boana faber e 15 de Haddadus binotatus. Foram encontrados protozoários apenas na espécie B. Faber, sendo 8 em ambientes fragmentados e 5 em ambientes contínuos. A espécie Cosmocercidae gen. sp.1 foi a mais prevalente em ambas as espécies de anuros (B. faber: fragmento: 62,5%; contínuo: 40,63%; H. binotatus: 86,67%). Haematolechus sp. foi registrado pela primeira vez em B. faber. A Análise de Componentes Principais mostrou diferenciações entre os ambientes, as espécies e apontou correlações entre as espécies de helmintos encontrados e a presença ou ausência de protozoários do trato gastrointestinal, diferenças essas que foram comprovadas estatiscamente pela análise estatística MANOVA.