Morfologia e morfometria de feridas tratadas com biopolímero de quitosana/xantana/β-glicana e plasma rico em plaquetas autólogo (PRPa)

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Silva, Valter Dias da
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista; Doutorado em Fisiopatologia e Saúde Animal; Brasil; UNOESTE
• Palavras-chave em Português: quitosana; xantana; β-glicana; cicatrização; PRPa.; chitosan; xanthan; β-glycan; healing; PRPa.; CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA
• Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1534

Resultados promissores na regeneração de lesões de pele, têm sido demonstrados com o uso de produtos de origem natural (orgânicos), como os curativos dérmicos constituídos de polissacarídeos (quitosana complexada com xantana), por promoverem microambiente hidratado e com isolamento térmico, permitindo as trocas gasosas; e fontes ricas em fatores de crescimento como o plasma rico em plaquetas autólogo (PRPa), que apresenta os fatores de crescimento transformador beta (TGF-β), endotelial vascular (VEGF) e derivado da plaqueta (PDGF), responsáveis pela estimulação da cascata inflamatória e da cicatrização. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ação de uma membrana polimérica (quitosana, xantana e β-glicana) e do PRPa na cicatrização “in vivo”, empregados isoladamente ou associados. Para os testes, coelhos foram submetidos a procedimento cirúrgico para indução da lesão e distribuídos em grupo controle (GC), grupo membrana (GM), grupo PRPa (GPa) e grupo membrana associada ao PRPa (GMPa), sendo avaliados nos momentos M0, M7, M14, M21 e M28 (28 dias). As variáveis cor e exsudação da ferida, presença de infecção e inflamação, formação de tecidos de granulação, cicatricial e necrótico, e análise morfológica e morfométrica foram analisadas. As análises estatísticas dos resultados foram realizadas utilizando o software Software R®, sendo adotado um nível de significância igual a 5%. As diferenças entre os tratamentos no tempo de cicatrização não apresentaram significância estatística (p>0,05), e as feridas apresentaram 100% de retração no M21; entre os momentos foram observadas diferenças significativas (p<0,05), evidenciando-se que a membrana complexada isolada ou em combinação com PRPa contribui para um ambiente úmido e troca gasosa necessário para a cicatrização, além de atividade antimicrobiana. Da mesma forma no 7° dia de cicatrização que GPa e GMPa contribuíram para um percentual de 29,71% e 21,65% na retração da ferida, respectivamente, enquanto o grupo controle com 16,96%. Do M7 para o M14 diferenças estatísticas significativas (p<0,05) foram observadas no percentual de retração das feridas em 55,66%, 54,88%, 38,38% e 40,22% para os grupos GC, GM, GPa e GMPa respectivamente. Conclui-se que PRPa isolado ou associado a membrana podem contribuir de maneira efetiva na cicatrização de feridas cirúrgicas experimentais pois contribuem com percentuais mais significativos de retração nos primeiros 7 dias de tratamento quando comparados aos demais tratamentos, além de propiciar um microambiente adequado a cicatrização.