Institucionalização e desinstitucionalização das políticas públicas ambientais no Brasil : da concepção à onda reversa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Seifert Junior, Carlos Alberto
Orientador(a): Gugliano, Alfredo Alejandro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/224760
Resumo: O presente estudo buscou analisar e compreender a institucionalização das políticas públicas ambientais a partir de metodologias de pesquisa qualitativa, adotando bases analíticas do campo das políticas públicas, especialmente o modelo de capacidade estatal. No que se refere ao processo de institucionalização das políticas públicas ambientais, notou-se que suas origens remontam aos anos 1930, em um período de industrialização do país. Por sua vez, a estruturação de sua primeira instituição pública, a SEMA, deu-se décadas mais tarde, em 1973, em meio a um contexto autoritário da ditadura militar. Ao reestabelecer o regime democrático no país, a Constituição de 1988 (BRASIL, 1988b) trouxe um capítulo sobre meio ambiente, garantindo uma sólida base e os fundamentos para a participação social nas políticas públicas ambientais. Mesmo atravessando um ideário de redução do papel do estado, nos anos 1990, a participação esteve presente na formulação (tendo como exemplo a atuação do Conselho Nacional do Meio Ambiente) e implementação das políticas ambientais. Da mesma forma, as próprias instituições, ainda que tenham atravessado períodos de limitação de recursos humanos e financeiros, seguiram funcionando. Posteriormente, as políticas públicas ambientais brasileiras observaram um período de incremento na capacidade estatal durante os governos do Partido dos Trabalhadores, muito embora algumas contradições tenham marcado o período. Com a mudança política que resultou na eleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez se observou um claro retrocesso em âmbito institucional, fragilizando tanto a formulação quanto a implementação dessas políticas. Ademais a fim de compreender os efeitos práticos em maior grau de detalhe, o estudo também analisou o processo de institucionalização da prevenção e controle de derramamentos de óleo no país.
id URGS_07217ea5361b5ff8e877c8f75b1c880f
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/224760
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str
spelling Seifert Junior, Carlos AlbertoGugliano, Alfredo Alejandro2021-07-29T04:31:13Z2021http://hdl.handle.net/10183/224760001126897O presente estudo buscou analisar e compreender a institucionalização das políticas públicas ambientais a partir de metodologias de pesquisa qualitativa, adotando bases analíticas do campo das políticas públicas, especialmente o modelo de capacidade estatal. No que se refere ao processo de institucionalização das políticas públicas ambientais, notou-se que suas origens remontam aos anos 1930, em um período de industrialização do país. Por sua vez, a estruturação de sua primeira instituição pública, a SEMA, deu-se décadas mais tarde, em 1973, em meio a um contexto autoritário da ditadura militar. Ao reestabelecer o regime democrático no país, a Constituição de 1988 (BRASIL, 1988b) trouxe um capítulo sobre meio ambiente, garantindo uma sólida base e os fundamentos para a participação social nas políticas públicas ambientais. Mesmo atravessando um ideário de redução do papel do estado, nos anos 1990, a participação esteve presente na formulação (tendo como exemplo a atuação do Conselho Nacional do Meio Ambiente) e implementação das políticas ambientais. Da mesma forma, as próprias instituições, ainda que tenham atravessado períodos de limitação de recursos humanos e financeiros, seguiram funcionando. Posteriormente, as políticas públicas ambientais brasileiras observaram um período de incremento na capacidade estatal durante os governos do Partido dos Trabalhadores, muito embora algumas contradições tenham marcado o período. Com a mudança política que resultou na eleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez se observou um claro retrocesso em âmbito institucional, fragilizando tanto a formulação quanto a implementação dessas políticas. Ademais a fim de compreender os efeitos práticos em maior grau de detalhe, o estudo também analisou o processo de institucionalização da prevenção e controle de derramamentos de óleo no país.The present study aimed to analyze and understand the institutionalization of environmental policies, using qualitative research methodologies and adopting analytical bases from the field of public policy, especially the state capacity model. Regarding the institutionalization process of environmental public policies, its origins date back to the 1930s, in a period of industrialization of the country. In turn, the structuring of its first public institution, SEMA, took place decades later, in 1973, in the authoritarian context of the military dictatorship. When reestablishing the democratic regime in the country, the Constitution of 1988 included a chapter on the environment, guaranteeing solid basis and fundamentals for social participation in public environmental policies. In the 1990s, the participation was present in the formulation (taking as an example the work of the National Environment Council) and implementation of environmental policies, even though the country was going through a reduction in the role of the state. Likewise, the institutions continued to function, despite of the imited human and financial resources in the period. Subsequently, during the governments of the Partido dos Trabalhadores (Workers' Party), the brazilian environmental public policies experienced an increase in state capacity, although some contradictions marked the period. With the political changes that resulted in the election of Jair Bolsonaro, for the first time, a clear setback at the institutional level was observed, weakening both the formulation and implementation of the policies. Furthermore, the study also analyzed the institutionalization process of the prevention and control of oil spills in the country, in order to understand the practical effects in greater detail. In this sense, despite the spills themselves boosting institutionalization, the same trends of changes were observed, following.application/pdfporPolíticas públicasPolíticas ambientaisMeio ambienteParticipação socialDerramamento quimicoEnvironmentFormulation and implementationState capacitySocial participationOil spillInstitucionalização e desinstitucionalização das políticas públicas ambientais no Brasil : da concepção à onda reversainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Políticas PúblicasPorto Alegre, BR-RS2021doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001126897.pdf.txt001126897.pdf.txtExtracted Texttext/plain319343http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/224760/2/001126897.pdf.txtae071c9b3d81f44221c058d7b4cabbb1MD52ORIGINAL001126897.pdfTexto completoapplication/pdf1171335http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/224760/1/001126897.pdf9ff90ab61bd77de9fa9fd534a2135bfeMD5110183/2247602021-08-18 04:45:26.0302oai:www.lume.ufrgs.br:10183/224760Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-08-18T07:45:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Institucionalização e desinstitucionalização das políticas públicas ambientais no Brasil : da concepção à onda reversa
title Institucionalização e desinstitucionalização das políticas públicas ambientais no Brasil : da concepção à onda reversa
spellingShingle Institucionalização e desinstitucionalização das políticas públicas ambientais no Brasil : da concepção à onda reversa
Seifert Junior, Carlos Alberto
Políticas públicas
Políticas ambientais
Meio ambiente
Participação social
Derramamento quimico
Environment
Formulation and implementation
State capacity
Social participation
Oil spill
title_short Institucionalização e desinstitucionalização das políticas públicas ambientais no Brasil : da concepção à onda reversa
title_full Institucionalização e desinstitucionalização das políticas públicas ambientais no Brasil : da concepção à onda reversa
title_fullStr Institucionalização e desinstitucionalização das políticas públicas ambientais no Brasil : da concepção à onda reversa
title_full_unstemmed Institucionalização e desinstitucionalização das políticas públicas ambientais no Brasil : da concepção à onda reversa
title_sort Institucionalização e desinstitucionalização das políticas públicas ambientais no Brasil : da concepção à onda reversa
author Seifert Junior, Carlos Alberto
author_facet Seifert Junior, Carlos Alberto
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Seifert Junior, Carlos Alberto
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Gugliano, Alfredo Alejandro
contributor_str_mv Gugliano, Alfredo Alejandro
dc.subject.por.fl_str_mv Políticas públicas
Políticas ambientais
Meio ambiente
Participação social
Derramamento quimico
topic Políticas públicas
Políticas ambientais
Meio ambiente
Participação social
Derramamento quimico
Environment
Formulation and implementation
State capacity
Social participation
Oil spill
dc.subject.eng.fl_str_mv Environment
Formulation and implementation
State capacity
Social participation
Oil spill
description O presente estudo buscou analisar e compreender a institucionalização das políticas públicas ambientais a partir de metodologias de pesquisa qualitativa, adotando bases analíticas do campo das políticas públicas, especialmente o modelo de capacidade estatal. No que se refere ao processo de institucionalização das políticas públicas ambientais, notou-se que suas origens remontam aos anos 1930, em um período de industrialização do país. Por sua vez, a estruturação de sua primeira instituição pública, a SEMA, deu-se décadas mais tarde, em 1973, em meio a um contexto autoritário da ditadura militar. Ao reestabelecer o regime democrático no país, a Constituição de 1988 (BRASIL, 1988b) trouxe um capítulo sobre meio ambiente, garantindo uma sólida base e os fundamentos para a participação social nas políticas públicas ambientais. Mesmo atravessando um ideário de redução do papel do estado, nos anos 1990, a participação esteve presente na formulação (tendo como exemplo a atuação do Conselho Nacional do Meio Ambiente) e implementação das políticas ambientais. Da mesma forma, as próprias instituições, ainda que tenham atravessado períodos de limitação de recursos humanos e financeiros, seguiram funcionando. Posteriormente, as políticas públicas ambientais brasileiras observaram um período de incremento na capacidade estatal durante os governos do Partido dos Trabalhadores, muito embora algumas contradições tenham marcado o período. Com a mudança política que resultou na eleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez se observou um claro retrocesso em âmbito institucional, fragilizando tanto a formulação quanto a implementação dessas políticas. Ademais a fim de compreender os efeitos práticos em maior grau de detalhe, o estudo também analisou o processo de institucionalização da prevenção e controle de derramamentos de óleo no país.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-07-29T04:31:13Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/224760
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001126897
url http://hdl.handle.net/10183/224760
identifier_str_mv 001126897
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/224760/2/001126897.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/224760/1/001126897.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv ae071c9b3d81f44221c058d7b4cabbb1
9ff90ab61bd77de9fa9fd534a2135bfe
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1797065169316085760