Sexualidade na adolescência : entrelaçando atitudes, posturas e estratégias em sala de aula com o apoio da Estratégia Saúde da Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Melo, Mônica Cecília Pimentel de
Orientador(a): Soares, Felix Alexandre Antunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/168887
Resumo: A escola é um lócus de ações de promoção à saúde do adolescente em que o assunto sexualidade pode ser tratado de forma mais natural e propícia. Nesse tocante, as informações podem se tornar mais sólidas quando partem do professor em sala de aula. Pretendeu-se analisar o arcabouço das relações entre atitudes, posturas e estratégias adotadas pela escola e em sala de aula, acerca do tema sexualidade, através da relação com a unidade de saúde de abrangência, promovendo, a partir daí, ações em saúde. Estudo quanti-qualitativo, sob a perspectiva da pesquisa-ação, em Juazeiro-BA, no Colégio Estadual Misael Aguilar Silva e na Unidade Saúde da Família (USF) de abrangência da escola, com adolescentes do Ensino Fundamental II e Médio, gestão escolar e professores, além de enfermeiros, médicos e agentes comunitários de saúde. Aplicou-se um questionário para os estudantes e uma entrevista semiestruturada aos gestores da escola, aos professores e aos profissionais de saúde. Ao final, desenvolveu-se uma oficina com os professores e uma outra com os adolescentes. Para os dados quantitativos, utilizou-se o emprego da estatística descritiva, com posterior exibição em tabelas. Os dados qualitativos foram transcritos e analisados através da análise de discurso. A relação entre professores e alunos mostrou-se permeada por uma relação que não promove a discussão de temas da educação sexual e reprodutiva; e, quando se discute é algo que, muitas vezes, só se restringe às aulas de biologia. A postura revelada pela escola não demonstrou transdisciplinaridade na abordagem da temática e as ações empregadas também não se revelaram como críticoreflexivas entre os alunos. Além disso, os educandos estão expostos a uma mídia que não esclarece satisfatoriamente e acaba por incitar a banalização dos conteúdos de cunho sexual, devendo a família e os professores agir como equalizadores confiáveis desses questionamentos, abordando sempre as dimensões do corpo, gênero e prevenção de agravos físicos, emocionais e sociais. Ademais, para os profissionais de saúde, o assunto requer aprimoramento, capacitações e recursos para o trabalho com adolescentes. O estudo aponta para a necessidade de o Programa Saúde na Escola (PSE) estar calcado no enfoque da intersetorialidade, em um arranjo educativo capaz de atingir, na prática, um objetivo comum, que contribua para a resolutividade e a efetividade das ações em saúde, articuladas com as escolas. Para tanto, o ponto de partida é a concreta efetivação do programa com esforços estratégicos no planejamento, desenvolvimento, gestão e organização dos serviços de saúde e educação que vislumbrem essa real e necessária integração.
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Aplicou-se um questionário para os estudantes e uma entrevista semiestruturada aos gestores da escola, aos professores e aos profissionais de saúde. Ao final, desenvolveu-se uma oficina com os professores e uma outra com os adolescentes. Para os dados quantitativos, utilizou-se o emprego da estatística descritiva, com posterior exibição em tabelas. Os dados qualitativos foram transcritos e analisados através da análise de discurso. A relação entre professores e alunos mostrou-se permeada por uma relação que não promove a discussão de temas da educação sexual e reprodutiva; e, quando se discute é algo que, muitas vezes, só se restringe às aulas de biologia. A postura revelada pela escola não demonstrou transdisciplinaridade na abordagem da temática e as ações empregadas também não se revelaram como críticoreflexivas entre os alunos. Além disso, os educandos estão expostos a uma mídia que não esclarece satisfatoriamente e acaba por incitar a banalização dos conteúdos de cunho sexual, devendo a família e os professores agir como equalizadores confiáveis desses questionamentos, abordando sempre as dimensões do corpo, gênero e prevenção de agravos físicos, emocionais e sociais. Ademais, para os profissionais de saúde, o assunto requer aprimoramento, capacitações e recursos para o trabalho com adolescentes. O estudo aponta para a necessidade de o Programa Saúde na Escola (PSE) estar calcado no enfoque da intersetorialidade, em um arranjo educativo capaz de atingir, na prática, um objetivo comum, que contribua para a resolutividade e a efetividade das ações em saúde, articuladas com as escolas. Para tanto, o ponto de partida é a concreta efetivação do programa com esforços estratégicos no planejamento, desenvolvimento, gestão e organização dos serviços de saúde e educação que vislumbrem essa real e necessária integração.School is a locus of promotion actions to the health of the adolescent in which the sexuality subject can be treated in a more natural and propitious way. In this regard, the information can become more solid when it comes from the teacher in the classroom. The aim of this study was to analyze the relationship between attitudes, postures and strategies adopted by the school and in the classroom, about the sexuality theme, through the relation with the health unit of comprehensiveness, promoting, from there, health actions. In a quantitative-qualitative study, from the perspective of action research, in Juazeiro-BA, in the Misael Aguilar Silva State College and in the Family Health Unit - Unidade Saúde da Família (USF) in the school extension, with adolescents from primary II and secondary education, school managers, teachers, as well as nurses, doctors and community health agents. A questionnaire was applied to the students and a semi-structured interview was made to school administrators, teachers and health professionals. In the end, a workshop was developed with the teachers and other one with the adolescents. For the quantitative data, descriptive statistics were used, with subsequent tables demonstrations. Qualitative data were transcribed and analyzed through discourse analysis. The relationship between teachers and students has been permeated by a conduct that does not promote the discussion of sexual and reproductive education issues; and when discussed, in many cases, it is restricted to biology classes. The posture revealed by the school did not demonstrate transdisciplinarity in the thematic approach and the used actions also did not reveal themselves as critical-reflexive among the students. Besides this fact, the students are exposed to a media that does not clarify satisfactorily and ends up inciting the banalization of sexual content, and the family and teachers should act as reliable equalizers of these questions, always addressing the dimensions of the body, gender and prevention of physical, emotional and social damages. In addition, for health professionals, the subject requires the skills and resources improvement for working with adolescents. The study points to the need for the – Health at School Program - Programa Saúde na Escola (PSE) to be based on the intersectoral focus, in an educational arrangement capable of achieving, in practice, a common goal that contributes to the resolution and effectiveness of health actions, articulated with schools. Therefore, the starting point is the concrete realization of the program with strategic efforts in planning, developing, managing and organizing the health and education services that envisage this real and essential integration.application/pdfporSexualidadeAdolescenteSaúde da famíliaEducação em saúdeSexualityFamily HealthEducationAdolescenceSexualidade na adolescência : entrelaçando atitudes, posturas e estratégias em sala de aula com o apoio da Estratégia Saúde da Famíliainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e SaúdePorto Alegre, BR-RS2017doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001048778.pdf001048778.pdfTexto completoapplication/pdf884002http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/168887/1/001048778.pdf2a7b33647a5ae21ed4ea5159dcb6400fMD51TEXT001048778.pdf.txt001048778.pdf.txtExtracted Texttext/plain291916http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/168887/2/001048778.pdf.txt9018a50ccbaf2cc334c9ba5bd864c3f2MD52THUMBNAIL001048778.pdf.jpg001048778.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1287http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/168887/3/001048778.pdf.jpg32c02547b252fb8b3619a62511186655MD5310183/1688872019-09-06 02:33:03.662222oai:www.lume.ufrgs.br:10183/168887Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-09-06T05:33:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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