Efeitos do treinamento de força realizado no estado de jejum comparado ao estado alimentado sobre adaptações morfológicas e neuromusculares em adultos jovens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vieira, Alexandra Ferreira
Orientador(a): Cadore, Eduardo Lusa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/271768
Resumo: A realização das sessões de exercícios físicos no estado de jejum tem sido utilizada como estratégia para potencializar as adaptações ao treinamento, incluindo alterações em composição corporal e melhorias em desempenho físico. Apesar dos efeitos do treinamento aeróbico em jejum ser mais conhecidos, a literatura científica carece de evidências advindas da realização do treinamento de força após jejum noturno. Portanto, o objetivo da presente tese foi avaliar os efeitos do treinamento de força realizado no estado de jejum comparado ao estado alimentado sobre a composição corporal e o desempenho físico em adultos, por meio de uma revisão sistemática com metanálise e de um ensaio clínico randomizado. No estudo de revisão sistemática foram incluídos ensaios clínicos que avaliaram os efeitos do treinamento de força realizado no estado de jejum em comparação ao treinamento de força realizado no estado alimentado sobre massa livre de gordura, massa de gordura, hipertrofia e força muscular em adultos. A partir destes critérios de elegibilidade, foram incluídos três estudos, os quais foram avaliados com alto risco de viés. Na metanálise, não foi encontrada diferença entre as condições em relação à massa livre de gordura, porém o estado de jejum foi associado com maiores alterações em massa de gordura corporal e o estado alimentado apresentou maior vantagem em relação à força muscular. Entretanto, identificou-se a necessidade de mais estudos sobre esta temática, uma vez que evidências disponíveis são escassas e limitadas metodologicamente. No ensaio clínico, adultos jovens foram randomizados no grupo Treinamento de Força em Jejum (dieta padrão associada a duas sessões semanais de exercícios após jejum noturno) e no grupo Treinamento de Força Alimentado (dieta padrão associada a duas sessões semanais de exercícios realizados entre uma e duas horas após consumo de refeição rica em carboidratos). Após 12 semanas de intervenção, ambos os grupos aumentaram massa livre de gordura, espessura muscular do quadríceps, força dinâmica máxima e potência muscular, bem como não apresentaram alterações em massa de gordura corporal. Desse modo, o consumo alimentar prévio à sessão de exercício de força não parece gerar impacto significativo nas adaptações crônicas ao treinamento.
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spelling Vieira, Alexandra FerreiraCadore, Eduardo LusaMacedo, Rodrigo Cauduro Oliveira2024-02-09T05:06:40Z2023http://hdl.handle.net/10183/271768001194516A realização das sessões de exercícios físicos no estado de jejum tem sido utilizada como estratégia para potencializar as adaptações ao treinamento, incluindo alterações em composição corporal e melhorias em desempenho físico. Apesar dos efeitos do treinamento aeróbico em jejum ser mais conhecidos, a literatura científica carece de evidências advindas da realização do treinamento de força após jejum noturno. Portanto, o objetivo da presente tese foi avaliar os efeitos do treinamento de força realizado no estado de jejum comparado ao estado alimentado sobre a composição corporal e o desempenho físico em adultos, por meio de uma revisão sistemática com metanálise e de um ensaio clínico randomizado. No estudo de revisão sistemática foram incluídos ensaios clínicos que avaliaram os efeitos do treinamento de força realizado no estado de jejum em comparação ao treinamento de força realizado no estado alimentado sobre massa livre de gordura, massa de gordura, hipertrofia e força muscular em adultos. A partir destes critérios de elegibilidade, foram incluídos três estudos, os quais foram avaliados com alto risco de viés. Na metanálise, não foi encontrada diferença entre as condições em relação à massa livre de gordura, porém o estado de jejum foi associado com maiores alterações em massa de gordura corporal e o estado alimentado apresentou maior vantagem em relação à força muscular. Entretanto, identificou-se a necessidade de mais estudos sobre esta temática, uma vez que evidências disponíveis são escassas e limitadas metodologicamente. No ensaio clínico, adultos jovens foram randomizados no grupo Treinamento de Força em Jejum (dieta padrão associada a duas sessões semanais de exercícios após jejum noturno) e no grupo Treinamento de Força Alimentado (dieta padrão associada a duas sessões semanais de exercícios realizados entre uma e duas horas após consumo de refeição rica em carboidratos). Após 12 semanas de intervenção, ambos os grupos aumentaram massa livre de gordura, espessura muscular do quadríceps, força dinâmica máxima e potência muscular, bem como não apresentaram alterações em massa de gordura corporal. Desse modo, o consumo alimentar prévio à sessão de exercício de força não parece gerar impacto significativo nas adaptações crônicas ao treinamento.Performing physical exercise sessions in the fasted state has been used as a strategy to enhance adaptations to training, including changes in body composition and improvements in physical performance. Although the effects of aerobic training while fasting are better known, the scientific literature lacks evidence from resistance training after an overnight fast. Therefore, the aim of this thesis was to evaluate the effects of resistance training performed in the fasted state compared to the fed state on body composition and physical performance in adults, through a systematic review with meta-analysis and a randomized clinical trial. The systematic review study included clinical trials that evaluated the effects of resistance training performed in the fasted state compared to resistance training performed in the fed state on fat free mass, fat mass, hypertrophy and muscle strength in adults. Based on these eligibility criteria, three studies were included, which were assessed as having a high risk of bias. In the meta-analysis, no difference was found between the conditions in relation to fat free mass, however the fasted state was associated with greater changes in body fat mass and the fed state presented a greater advantage in relation to muscle strength. Nonetheless, the need for more studies on this topic was identified, since available evidence is scarce and methodologically limited. In the clinical trial, young adults were randomized into the Fasting Resistance Training group (standard diet associated with two weekly exercise sessions after an overnight fast) and the Fed Resistance Training group (standard diet associated with two weekly exercise sessions performed between one and two hours after consuming a carbohydrate-rich meal). After 12 weeks of intervention, both groups increased fat free mass, quadriceps muscle thickness, maximum dynamic strength and muscle power, as well as showing no changes in body fat mass. Thus, food consumption prior to a resistance exercise session does not seem to have a significant impact on chronic training adaptations.application/pdfporTreinamento de forçaJejumComposição corporalDesempenho físico funcionalResistance trainingFastingBody compositionPhysical performanceEfeitos do treinamento de força realizado no estado de jejum comparado ao estado alimentado sobre adaptações morfológicas e neuromusculares em adultos jovensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2023doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001194516.pdf.txt001194516.pdf.txtExtracted Texttext/plain27519http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271768/2/001194516.pdf.txt607e6cca56fc6aff2cc32d36fd33c5a7MD52ORIGINAL001194516.pdfTexto parcialapplication/pdf478270http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271768/1/001194516.pdf089952f3fe3b94a857efdab03fc2de1eMD5110183/2717682024-02-10 06:08:03.79846oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271768Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-02-10T08:08:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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