Avaliação do conteúdo mucoproteico e da atividade de enzimas proteolíticas no plasma seminal hiperviscoso
Ano de defesa: | 2018 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
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Link de acesso: | http://hdl.handle.net/10183/196674 |
Resumo: | Hiperviscosidade seminal é uma alteração macroscópica do sêmen, em que ele não se apresenta líquido após a degradação do coágulo seminal. Ocorre em cerca de 11%–32% dos ejaculados, mas sua etiologia e impacto sobre a fertilidade masculina ainda não estão bem entendidos. O objetivo deste estudo é avaliar a concentração de mucoproteínas e a atividade de enzimas proteolíticas em plasmas de espermas com viscosidade normal (normoviscosos) e com viscosidade elevada (hiperviscosos) em amostras férteis e inférteis. Encontramos que a hiperviscosidade seminal está associada à infertilidade masculina, caracterizando-se por: diminuição significativa do volume seminal, concentração, motilidade e vitalidade de espermatozoides. Ainda, a concentração de neutrófilos se apresenta significativamente aumentada nas amostras hiperviscosas. O conteúdo mucoproteico total se apresentou reduzido nas amostras hiperviscosas, assim como nas amostras inférteis, indicando grande deficiência de componentes normais presentes no sêmen. Esses resultados sugerem que o sêmen hiperviscoso apresenta menor qualidade que o sêmen normoviscoso. Na análise proteolítica sobre caseína houve um aumento de atividade em amostras hiperviscosas férteis. Resultado semelhante foi encontrado na análise proteolítica sobre gelatina, em que as metaloproteases apresentam maior atividade em amostras de sêmen hiperviscoso e em amostras provenientes de pacientes inférteis. Analisando proteases mais específicas, como calicreínas, os resultados demonstraram que as isoformas teciduais apresentam atividade aumentada em amostras hiperviscosas, ao passo que as isoformas plasmáticas apresentas maior atividade em amostras hiperviscosas, assim como nas oriundas de pacientes inférteis. Maior atividade de proteases sugere que a hiperviscosidade seminal não é decorrente da carência da ação proteolítica sobre as proteínas do coagulo seminal. Como o aumento de enzimas proteolíticas está associado a processos inflamatórios e essas enzimas são secretadas pela próstata, nós sugerimos que pacientes com hiperviscosidade seminal apresentam inflamação na próstata. |
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Rodrigues, Charles TeilorCapp, Edison2019-07-09T02:38:31Z2018http://hdl.handle.net/10183/196674001095628Hiperviscosidade seminal é uma alteração macroscópica do sêmen, em que ele não se apresenta líquido após a degradação do coágulo seminal. Ocorre em cerca de 11%–32% dos ejaculados, mas sua etiologia e impacto sobre a fertilidade masculina ainda não estão bem entendidos. O objetivo deste estudo é avaliar a concentração de mucoproteínas e a atividade de enzimas proteolíticas em plasmas de espermas com viscosidade normal (normoviscosos) e com viscosidade elevada (hiperviscosos) em amostras férteis e inférteis. Encontramos que a hiperviscosidade seminal está associada à infertilidade masculina, caracterizando-se por: diminuição significativa do volume seminal, concentração, motilidade e vitalidade de espermatozoides. Ainda, a concentração de neutrófilos se apresenta significativamente aumentada nas amostras hiperviscosas. O conteúdo mucoproteico total se apresentou reduzido nas amostras hiperviscosas, assim como nas amostras inférteis, indicando grande deficiência de componentes normais presentes no sêmen. Esses resultados sugerem que o sêmen hiperviscoso apresenta menor qualidade que o sêmen normoviscoso. Na análise proteolítica sobre caseína houve um aumento de atividade em amostras hiperviscosas férteis. Resultado semelhante foi encontrado na análise proteolítica sobre gelatina, em que as metaloproteases apresentam maior atividade em amostras de sêmen hiperviscoso e em amostras provenientes de pacientes inférteis. Analisando proteases mais específicas, como calicreínas, os resultados demonstraram que as isoformas teciduais apresentam atividade aumentada em amostras hiperviscosas, ao passo que as isoformas plasmáticas apresentas maior atividade em amostras hiperviscosas, assim como nas oriundas de pacientes inférteis. Maior atividade de proteases sugere que a hiperviscosidade seminal não é decorrente da carência da ação proteolítica sobre as proteínas do coagulo seminal. Como o aumento de enzimas proteolíticas está associado a processos inflamatórios e essas enzimas são secretadas pela próstata, nós sugerimos que pacientes com hiperviscosidade seminal apresentam inflamação na próstata.Hyperviscous semen is a physical alteration wherein seminal plasma adheres strongly to itself after coagulum degradation. It occurs in 11%–32% of ejaculates; however, its etiology and its impact on male fertility are not well understood. The aim of this study is to evaluate mucoproteins content and to measure protease activity in seminal plasma of normoviscous and hyperviscous samples from fertile and infertile patients. We found association of hyperviscosity with seminal characteristics of infertility, showing reduced volume, sperm concentration, motility and vitality. In addition, hyperviscous semen have significant increase of neutrophils concentration. The mucoprotein content is reduced in hyperviscous and in infertile samples, indicating deficiency in seminal plasma components in these ejaculates. These results suggest that hyperviscous semen have low quality when comparing with normoviscous semen. Caseinolytic analyses showed an increased activity in fertile hyperviscous semen. A similar result was found in the gelatinolytic analyses, in which metalloproteases showed an increased activity in hyperviscous and in infertile groups. In a more specific analysis with kallikreins, the results revealed an increased activity of tissue kallikreins in hyperviscous semen, and an increased activity of plasmatic kallikrein in hyperviscous and in infertile samples. The increased protease activity suggests that hyperviscosity in not due to the lack of seminal coagulum liquefaction. Considering an increase of proteolytic enzymes is associated with inflammatory process and the proteases are secreted from the prostate, we suggest that an inflammatory process in the prostate gland is happening in the patients with hyperviscous semen.application/pdfporInfertilidade masculinaSêmenCalicreína plasmáticaCalicreínas teciduaisMucoproteínasEnzimas : AnálisePeptídeo hidrolasesSeminal hyperviscosityInfertile menTissue kallikreinPlasmatic kallikreinAvaliação do conteúdo mucoproteico e da atividade de enzimas proteolíticas no plasma seminal hiperviscosoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: FisiologiaPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001095628.pdf.txt001095628.pdf.txtExtracted Texttext/plain186913http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196674/2/001095628.pdf.txte50e6b73d45aa06df85c801924d07343MD52ORIGINAL001095628.pdfTexto completoapplication/pdf1145863http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196674/1/001095628.pdf870787e0d25f54b2507b932d838ec45aMD5110183/1966742024-03-02 05:04:55.188488oai:www.lume.ufrgs.br:10183/196674Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-03-02T08:04:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Hiperviscosidade seminal é uma alteração macroscópica do sêmen, em que ele não se apresenta líquido após a degradação do coágulo seminal. Ocorre em cerca de 11%–32% dos ejaculados, mas sua etiologia e impacto sobre a fertilidade masculina ainda não estão bem entendidos. O objetivo deste estudo é avaliar a concentração de mucoproteínas e a atividade de enzimas proteolíticas em plasmas de espermas com viscosidade normal (normoviscosos) e com viscosidade elevada (hiperviscosos) em amostras férteis e inférteis. Encontramos que a hiperviscosidade seminal está associada à infertilidade masculina, caracterizando-se por: diminuição significativa do volume seminal, concentração, motilidade e vitalidade de espermatozoides. Ainda, a concentração de neutrófilos se apresenta significativamente aumentada nas amostras hiperviscosas. O conteúdo mucoproteico total se apresentou reduzido nas amostras hiperviscosas, assim como nas amostras inférteis, indicando grande deficiência de componentes normais presentes no sêmen. Esses resultados sugerem que o sêmen hiperviscoso apresenta menor qualidade que o sêmen normoviscoso. Na análise proteolítica sobre caseína houve um aumento de atividade em amostras hiperviscosas férteis. Resultado semelhante foi encontrado na análise proteolítica sobre gelatina, em que as metaloproteases apresentam maior atividade em amostras de sêmen hiperviscoso e em amostras provenientes de pacientes inférteis. Analisando proteases mais específicas, como calicreínas, os resultados demonstraram que as isoformas teciduais apresentam atividade aumentada em amostras hiperviscosas, ao passo que as isoformas plasmáticas apresentas maior atividade em amostras hiperviscosas, assim como nas oriundas de pacientes inférteis. Maior atividade de proteases sugere que a hiperviscosidade seminal não é decorrente da carência da ação proteolítica sobre as proteínas do coagulo seminal. Como o aumento de enzimas proteolíticas está associado a processos inflamatórios e essas enzimas são secretadas pela próstata, nós sugerimos que pacientes com hiperviscosidade seminal apresentam inflamação na próstata. |
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