Caracterização morfológica, fisiológica e bioquímica do ataque da pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis (Wille, 1992) (Hemiptera:margarodidae), em videiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Zart, Marcelo
Orientador(a): Souza, Paulo Vitor Dutra de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Uva
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/142888
Resumo: A pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis, é considerada a principal praga da videira no Brasil devido a mortalidade de plantas em áreas infestadas. Contudo não há informação de como o inseto causa os sintomas e a morte de videiras. Esse trabalho teve como objetivo estudar as características sintomatológicas de plantas atacadas pela pérolada- terra. Foram realizados experimentos em três diferentes ambientes para avaliar contrastes nas características químicas, físicas e biológicas das plantas com e sem a presença da pérola. A campo foi avaliado o crescimento, brotação e aspectos fisiológicos das plantas. Em canteiros de alvenaria foi avaliada a produção de estacas de ‘Paulsen 1103’ e os aspectos fisiológicos das cultivares-copas ‘Isabel’, ‘Cabernet Sauvignon’, híbrido ‘548-15’ e ‘Paulsen 1103’. Em casa-de-vegetação foram cultivadas plantas de ‘Paulsen 1103’ com substrato esterilizado, infestação controlada de pérola, formiga (Linepithema micans) e inóculo do fungo causador da podridão de raízes (Cylindrocarpon destructans). Avaliou-se, em diferentes interações, os aspectos fisiológicos, bioquímicos, morfológicos e nutricionais das plantas. Também foram avaliadas videiras infestadas e não infestadas quanto à atividade de peroxidases (GPx) e polifenoloxidases (PPO) em raízes; expressão gênica de Estilbeno Sintase, Chalcona Sintase e a proteína Pathogenesis Related (PR-2) em folhas; e análises anatômicas de raízes de videiras suscetíveis (‘Paulsen 1103’ e ‘Isabel’) e tolerantes (‘Magnólia’ e ‘548-15’) quanto à distinção da metil esterificação de pectinas de paredes com o anticorpo monoclonal JIN7. A campo foram observados sintomas foliares nas plantas avaliadas, identificados em laboratório como sendo causados por fungo (Botryosphaeria sp.) e vírus (enrolamento da folha da videira, GLRaV). Estacas de plantas atacadas por pérola sofrem alterações morfológicas, porém não há diferença no percentual de brotação e enraizamneto quando comparadas com estacas de plantas não atacadas. Não foram observadas alterações sintomáticas em folhas, no crescimento (ramos e folhas), nas taxas de fotossíntese, teores de clorofilas (a, b e total) e percentual de amido em folhas e ramos das plantas em canteiros. Em casa-de-vegetação não foram observados sintomas foliares do ataque de pérola nas plantas infestadas por mais de 20 meses. Não houve alteração da expressão de Estilbeno Sintase, Chalcona Sintase e PR-2 de plantas com e sem pérola. Diante de todas as estratégias adotadas pode-se concluir que isoladamente a pérola não promove restrições ao metabolismo da videira.
id URGS_6864b0fed4a2f22472a8b6e6406c931a
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/142888
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str
spelling Zart, MarceloSouza, Paulo Vitor Dutra deSantos, Henrique Pessoa dos2016-06-22T02:10:33Z2012http://hdl.handle.net/10183/142888000899079A pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis, é considerada a principal praga da videira no Brasil devido a mortalidade de plantas em áreas infestadas. Contudo não há informação de como o inseto causa os sintomas e a morte de videiras. Esse trabalho teve como objetivo estudar as características sintomatológicas de plantas atacadas pela pérolada- terra. Foram realizados experimentos em três diferentes ambientes para avaliar contrastes nas características químicas, físicas e biológicas das plantas com e sem a presença da pérola. A campo foi avaliado o crescimento, brotação e aspectos fisiológicos das plantas. Em canteiros de alvenaria foi avaliada a produção de estacas de ‘Paulsen 1103’ e os aspectos fisiológicos das cultivares-copas ‘Isabel’, ‘Cabernet Sauvignon’, híbrido ‘548-15’ e ‘Paulsen 1103’. Em casa-de-vegetação foram cultivadas plantas de ‘Paulsen 1103’ com substrato esterilizado, infestação controlada de pérola, formiga (Linepithema micans) e inóculo do fungo causador da podridão de raízes (Cylindrocarpon destructans). Avaliou-se, em diferentes interações, os aspectos fisiológicos, bioquímicos, morfológicos e nutricionais das plantas. Também foram avaliadas videiras infestadas e não infestadas quanto à atividade de peroxidases (GPx) e polifenoloxidases (PPO) em raízes; expressão gênica de Estilbeno Sintase, Chalcona Sintase e a proteína Pathogenesis Related (PR-2) em folhas; e análises anatômicas de raízes de videiras suscetíveis (‘Paulsen 1103’ e ‘Isabel’) e tolerantes (‘Magnólia’ e ‘548-15’) quanto à distinção da metil esterificação de pectinas de paredes com o anticorpo monoclonal JIN7. A campo foram observados sintomas foliares nas plantas avaliadas, identificados em laboratório como sendo causados por fungo (Botryosphaeria sp.) e vírus (enrolamento da folha da videira, GLRaV). Estacas de plantas atacadas por pérola sofrem alterações morfológicas, porém não há diferença no percentual de brotação e enraizamneto quando comparadas com estacas de plantas não atacadas. Não foram observadas alterações sintomáticas em folhas, no crescimento (ramos e folhas), nas taxas de fotossíntese, teores de clorofilas (a, b e total) e percentual de amido em folhas e ramos das plantas em canteiros. Em casa-de-vegetação não foram observados sintomas foliares do ataque de pérola nas plantas infestadas por mais de 20 meses. Não houve alteração da expressão de Estilbeno Sintase, Chalcona Sintase e PR-2 de plantas com e sem pérola. Diante de todas as estratégias adotadas pode-se concluir que isoladamente a pérola não promove restrições ao metabolismo da videira.The ground-pearl Eurhizococcus brasiliensis is considered as the main pest of vineyards in Brazil because the association with mortality of vines in infested areas. However, until the moment, there isn’t information on how this insect can cause symptoms and death of vines. This work aimed to study the symptomatic characteristics of plants attacked by ground-pearl. Assays were performed with plants attacked and not attacked by the pest in three different environments, with the intention to evaluate contrasts chemical, physical and biological between plants. The growth, sprouting and physiological aspects of plants were evaluated at the field. In plant-bed, with the control of infestation of ground pearl, we evaluated the production of cuttings 'Paulsen 1103' and the physiological aspects of cultivars-tops ‘Isabel’, ‘Cabernet Sauvignon’, hybrid ‘548-15’ and ‘Paulsen 1103’. In greenhouse, ‘Paulsen 1103’ rootstock seedlings were grown using sterilized substrate and controlled infestation of ground pearl, ant (Linepithema micans) and the fungus that causes black foot rot (Cylindrocarpon destructans). We evaluated in different interactions, the physiological, biochemical, morphological and nutritional aspects of plants. We also evaluated infested and not-infested vines and the activity of peroxidases (GPx) and polifenoloxidases (PPO) in roots; Stilbene Synthase and Chalcone Synthase gene expression, and Pathogenesis Related (PR-2) protein in leaves, and anatomical analysis of roots vines susceptible (‘Paulsen 1103’ and ‘Isabel’) and tolerant (‘Magnolia’ and ‘548- 15’) regarding distinction of methyl esterification of pectins from walls with the monoclonal antibody JIN7. In the field were observed foliar symptoms at the plants, identified in the laboratory as being caused by fungus (Botryosphaeria sp.) and viruses (GLRaV). Cuttings of plants attacked by ground-pearl suffer morphological modifications, but there wasn’t difference in the percentage of sprouting and rooting cuttings compared with plants not attacked. In symptomatological aspects in plant-bed were not observed modifications symptomatic in leaves, growth (stems and leaves), in the rates of photosynthesis, chlorophyll contents and percentage of starch in leaves and stems. In greenhouse were not observed typical foliar symptoms of the attack of ground-pearl in the plants infested for over 20 months. There wasn’t modifications in the expression of Stilbene Synthase, Chalcone Synthase and PR-2, analyzed in leaves. Due to all the strategies adopted in this work to characterize the isolated effects of ground-pearl, one can conclude that this insect alone does not promote the metabolism of the vine restrictions.application/pdfporUvaPraga de plantaPorta-enxertoPérola-da-terraCaracterização morfológica, fisiológica e bioquímica do ataque da pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis (Wille, 1992) (Hemiptera:margarodidae), em videirasMorphological, physiological and biochemical characterisation of ground pearl, Eurhizococcus brasiliensis (wille, 1922) (Hemiptera: Margarodidae), attack in grapevine info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2012doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000899079.pdf000899079.pdfTexto completoapplication/pdf1844417http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142888/1/000899079.pdf8dc967f60d30d083e6dea4d3a056af89MD51TEXT000899079.pdf.txt000899079.pdf.txtExtracted Texttext/plain249510http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142888/2/000899079.pdf.txt83dfeb5de8039ec50340922b4635f148MD52THUMBNAIL000899079.pdf.jpg000899079.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1125http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142888/3/000899079.pdf.jpg2f8b91b270b03726064ba2437eb72d65MD5310183/1428882018-10-26 10:02:58.97oai:www.lume.ufrgs.br:10183/142888Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-26T13:02:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização morfológica, fisiológica e bioquímica do ataque da pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis (Wille, 1992) (Hemiptera:margarodidae), em videiras
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Morphological, physiological and biochemical characterisation of ground pearl, Eurhizococcus brasiliensis (wille, 1922) (Hemiptera: Margarodidae), attack in grapevine
title Caracterização morfológica, fisiológica e bioquímica do ataque da pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis (Wille, 1992) (Hemiptera:margarodidae), em videiras
spellingShingle Caracterização morfológica, fisiológica e bioquímica do ataque da pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis (Wille, 1992) (Hemiptera:margarodidae), em videiras
Zart, Marcelo
Uva
Praga de planta
Porta-enxerto
Pérola-da-terra
title_short Caracterização morfológica, fisiológica e bioquímica do ataque da pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis (Wille, 1992) (Hemiptera:margarodidae), em videiras
title_full Caracterização morfológica, fisiológica e bioquímica do ataque da pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis (Wille, 1992) (Hemiptera:margarodidae), em videiras
title_fullStr Caracterização morfológica, fisiológica e bioquímica do ataque da pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis (Wille, 1992) (Hemiptera:margarodidae), em videiras
title_full_unstemmed Caracterização morfológica, fisiológica e bioquímica do ataque da pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis (Wille, 1992) (Hemiptera:margarodidae), em videiras
title_sort Caracterização morfológica, fisiológica e bioquímica do ataque da pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis (Wille, 1992) (Hemiptera:margarodidae), em videiras
author Zart, Marcelo
author_facet Zart, Marcelo
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Zart, Marcelo
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Souza, Paulo Vitor Dutra de
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Santos, Henrique Pessoa dos
contributor_str_mv Souza, Paulo Vitor Dutra de
Santos, Henrique Pessoa dos
dc.subject.por.fl_str_mv Uva
Praga de planta
Porta-enxerto
Pérola-da-terra
topic Uva
Praga de planta
Porta-enxerto
Pérola-da-terra
description A pérola-da-terra, Eurhizococcus brasiliensis, é considerada a principal praga da videira no Brasil devido a mortalidade de plantas em áreas infestadas. Contudo não há informação de como o inseto causa os sintomas e a morte de videiras. Esse trabalho teve como objetivo estudar as características sintomatológicas de plantas atacadas pela pérolada- terra. Foram realizados experimentos em três diferentes ambientes para avaliar contrastes nas características químicas, físicas e biológicas das plantas com e sem a presença da pérola. A campo foi avaliado o crescimento, brotação e aspectos fisiológicos das plantas. Em canteiros de alvenaria foi avaliada a produção de estacas de ‘Paulsen 1103’ e os aspectos fisiológicos das cultivares-copas ‘Isabel’, ‘Cabernet Sauvignon’, híbrido ‘548-15’ e ‘Paulsen 1103’. Em casa-de-vegetação foram cultivadas plantas de ‘Paulsen 1103’ com substrato esterilizado, infestação controlada de pérola, formiga (Linepithema micans) e inóculo do fungo causador da podridão de raízes (Cylindrocarpon destructans). Avaliou-se, em diferentes interações, os aspectos fisiológicos, bioquímicos, morfológicos e nutricionais das plantas. Também foram avaliadas videiras infestadas e não infestadas quanto à atividade de peroxidases (GPx) e polifenoloxidases (PPO) em raízes; expressão gênica de Estilbeno Sintase, Chalcona Sintase e a proteína Pathogenesis Related (PR-2) em folhas; e análises anatômicas de raízes de videiras suscetíveis (‘Paulsen 1103’ e ‘Isabel’) e tolerantes (‘Magnólia’ e ‘548-15’) quanto à distinção da metil esterificação de pectinas de paredes com o anticorpo monoclonal JIN7. A campo foram observados sintomas foliares nas plantas avaliadas, identificados em laboratório como sendo causados por fungo (Botryosphaeria sp.) e vírus (enrolamento da folha da videira, GLRaV). Estacas de plantas atacadas por pérola sofrem alterações morfológicas, porém não há diferença no percentual de brotação e enraizamneto quando comparadas com estacas de plantas não atacadas. Não foram observadas alterações sintomáticas em folhas, no crescimento (ramos e folhas), nas taxas de fotossíntese, teores de clorofilas (a, b e total) e percentual de amido em folhas e ramos das plantas em canteiros. Em casa-de-vegetação não foram observados sintomas foliares do ataque de pérola nas plantas infestadas por mais de 20 meses. Não houve alteração da expressão de Estilbeno Sintase, Chalcona Sintase e PR-2 de plantas com e sem pérola. Diante de todas as estratégias adotadas pode-se concluir que isoladamente a pérola não promove restrições ao metabolismo da videira.
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-06-22T02:10:33Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/142888
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000899079
url http://hdl.handle.net/10183/142888
identifier_str_mv 000899079
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142888/1/000899079.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142888/2/000899079.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142888/3/000899079.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 8dc967f60d30d083e6dea4d3a056af89
83dfeb5de8039ec50340922b4635f148
2f8b91b270b03726064ba2437eb72d65
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1797065058289713152