As vidas são sempre singulares : prisão e imagens do homem encarcerado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dutra, Flávio Fontana
Orientador(a): Zielinsky, Monica
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/206589
Resumo: O Brasil tem a terceira maior quantidade de pessoas encarceradas no planeta, alojadas em condições precárias e ambientes superlotados, frequentemente vistos em fotografias jornalísticas. As referências e designações a essas pessoas acompanham os números, registrando-as como população presa, massa carcerária, contingente, termos que indicam um conjunto quase indistinto. As imagens das prisões costumam reforçar essa percepção totalizante, desconsiderando as singularidades existentes nesse universo. A partir da provocação de que é “impossível fotografar a prisão” porque as imagens feitas de fora não traduziriam a experiência do encarceramento, tendo como referência questões levantadas por Michel Foucault a partir das existências dos homens infames e das discussões desses temas trazidas por Georges Didi-Huberman e Eduardo Coutinho, propôs-se a realização de oficinas de fotografia com presos de dois estabelecimentos prisionais masculinos de Porto Alegre para que eles registrassem o seu cotidiano. Os resultados, mais do que afirmações, levam a que se pergunte em que medida os presos, ao não se dedicarem a mostrar a degradação ou a usar a imagem como denúncia mas sim como registro das suas sociabilidades cotidianas, quebram certos paradigmas ou apontam para outras possibilidades e questões envolvendo a representação do homem aprisionado.
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