Como viver na escola : relações entre arte, educação e docência Porto Alegre 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Storck, Karine
Orientador(a): Loponte, Luciana Gruppelli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/131033
Resumo: A pesquisa parte de inquietações cotidianas de uma professora de escola básica da rede pública, que, ao se aproximar dos conceitos de “docência artista” (LOPONTE, 2005), “estética da existência” (FOUCAULT, 2004b) e “vida como obra de arte” (NIETZSCHE, 2012), passa a buscar outras possibilidades para o exercício da docência. Relacionando os referenciais mencionados e a partir das evidências de experiências diárias na escola, engendra-se a ideia de uma “docência viva”, decorrente também de uma inquietação pontual: pensar em torno do que os, docentes estão fazendo de si mesmos no cotidiano escolar (GALLO, 2008). Esta não é uma busca de indicação de receita, solução ou prescrição, mas a procura por refletir a vida na escola através da relação com a arte, educação e docência e apostando numa vida entre, com e/ou a partir dessas relações. A arte entra nesta pesquisa por duas vias. Primeiramente, vinculada às relações entre arte e vida presente nos referenciais teóricos, implicando uma postura frente à vida, assim como no modo de fazer pesquisa. Por outra via, através de projetos e trabalhos de arte que problematizam a educação escolar, que a desnaturalizam, convocando a reflexão, fazendo, assim, pensar na atuação docente, sendo estes trazidos à investigação como parte da emergência de um discurso em “repensar a educação”. Junto a ele encontram-se inventariadas iniciativas e projetos de diversas ordens, os quais também caracterizam tal emergência. Com o foco na busca por uma docência viva e nos modos de ser docente implicados por esta, são escolhidas três práticas educativas para um olhar mais atento. São elas: Escola Projeto Âncora, em Cotia-SP; Escola Viva Inkiri, em Piracanga, Península de Maraú-BA; e a Escuela Pedagogica Experimental (EPE), na cidade de Bogotá – Colômbia. Cabe dizer que, num primeiro momento, o que nelas interessava era uma aparente “educação mais artista”, menos compartimentada, menos cansada, mais alinhada às necessidades cotidianas. O olhar lançado a essas práticas, tanto as educativas como as artísticas, pretende investigar experiências que possibilitam pensar em outros/novos modos de viver na escola e compreender o que as sustenta, o que as torna possíveis e o que é determinante na postura que assumem. Pretende-se não esquadrinhar quais as verdades implicadas, mas tentar compreender as relações dos sujeitos com essas – tanto para pensar em uma docência viva e também no que elas contribuiriam a pensar esta docência na escola contemporânea. Para isso, elucida-se a questão central: Como é possível pensar uma ética docente para uma docência viva na escola contemporânea? E ainda: Qual ética requer uma docência viva? De que modo práticas educativas vivas e um pensamento marcado pela arte podem movimentar os modos de ser docente e a constituição desta ética? De antemão, explicita-se que não chegamos a respostas pontuais; no entanto, a partir dos referenciais utilizados e do olhar lançado ao material empírico, há um forte indício de que a ética ligada a uma escolha de existência, que tem como base o trabalho constante sobre si mesmo e com os outros pode permitir uma existência menos conformada.
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spelling Storck, KarineLoponte, Luciana Gruppelli2015-12-12T02:39:41Z2015http://hdl.handle.net/10183/131033000979825A pesquisa parte de inquietações cotidianas de uma professora de escola básica da rede pública, que, ao se aproximar dos conceitos de “docência artista” (LOPONTE, 2005), “estética da existência” (FOUCAULT, 2004b) e “vida como obra de arte” (NIETZSCHE, 2012), passa a buscar outras possibilidades para o exercício da docência. Relacionando os referenciais mencionados e a partir das evidências de experiências diárias na escola, engendra-se a ideia de uma “docência viva”, decorrente também de uma inquietação pontual: pensar em torno do que os, docentes estão fazendo de si mesmos no cotidiano escolar (GALLO, 2008). Esta não é uma busca de indicação de receita, solução ou prescrição, mas a procura por refletir a vida na escola através da relação com a arte, educação e docência e apostando numa vida entre, com e/ou a partir dessas relações. A arte entra nesta pesquisa por duas vias. Primeiramente, vinculada às relações entre arte e vida presente nos referenciais teóricos, implicando uma postura frente à vida, assim como no modo de fazer pesquisa. Por outra via, através de projetos e trabalhos de arte que problematizam a educação escolar, que a desnaturalizam, convocando a reflexão, fazendo, assim, pensar na atuação docente, sendo estes trazidos à investigação como parte da emergência de um discurso em “repensar a educação”. Junto a ele encontram-se inventariadas iniciativas e projetos de diversas ordens, os quais também caracterizam tal emergência. Com o foco na busca por uma docência viva e nos modos de ser docente implicados por esta, são escolhidas três práticas educativas para um olhar mais atento. São elas: Escola Projeto Âncora, em Cotia-SP; Escola Viva Inkiri, em Piracanga, Península de Maraú-BA; e a Escuela Pedagogica Experimental (EPE), na cidade de Bogotá – Colômbia. Cabe dizer que, num primeiro momento, o que nelas interessava era uma aparente “educação mais artista”, menos compartimentada, menos cansada, mais alinhada às necessidades cotidianas. O olhar lançado a essas práticas, tanto as educativas como as artísticas, pretende investigar experiências que possibilitam pensar em outros/novos modos de viver na escola e compreender o que as sustenta, o que as torna possíveis e o que é determinante na postura que assumem. Pretende-se não esquadrinhar quais as verdades implicadas, mas tentar compreender as relações dos sujeitos com essas – tanto para pensar em uma docência viva e também no que elas contribuiriam a pensar esta docência na escola contemporânea. Para isso, elucida-se a questão central: Como é possível pensar uma ética docente para uma docência viva na escola contemporânea? E ainda: Qual ética requer uma docência viva? De que modo práticas educativas vivas e um pensamento marcado pela arte podem movimentar os modos de ser docente e a constituição desta ética? De antemão, explicita-se que não chegamos a respostas pontuais; no entanto, a partir dos referenciais utilizados e do olhar lançado ao material empírico, há um forte indício de que a ética ligada a uma escolha de existência, que tem como base o trabalho constante sobre si mesmo e com os outros pode permitir uma existência menos conformada.This research is based on the everyday concerns of a public elementary school teacher who – by being exposed to the concepts of “artist teaching” (Loponte 2005), “aesthetics of existence” (Foucault 2004b), and “life as artwork” (Nietzsche 2012) – looks for different possibilities in her teaching practice. Connecting the ideas mentioned above and based on evidence from daily school experiences, the notion of “live teaching” is introduced, also arising from a specific concern: to think about what the teachers are making of themselves in the school life (Gallo 2008). This is not the search for a formula, solution, or prescription, but a pursuit for thinking school life through our relationship with art, education, and teaching, aiming for a life between, with and/or based on these relationships. Art is part of this research in two ways. Firstly, connected to the relationship between art and life according to theoretical references, implying a stance before life, and the way of doing research. Secondly, through projects and artworks that discuss school education, denaturalizing it, calling for reflection and thus enabling reflection on the practice of teaching. With the above being included in the investigation as part of the emergence of a discourse about the “rethinking of education.” Along with it, different initiatives and projects that also characterize this emergence are listed. Focusing on the search of a living pedagogy and on the ways of being a teacher implied by it, three educational practices were chosen as a means to offer a more attentive look: Escola Projeto Âncora, in Coria, São Paulo; Escola Viva Inkiri, in Piracanga, Península de Maraú, Bahia; and the Escuela Pedagogica Experimental (EPE), in the city of Bogota, Colombia. It is worth noting that, at first, what mattered in these practices was an apparently “more artist education”, less compartmentalized, less frayed, and more aligned with everyday needs. The observation of these educational and artistic practices intendeds to investigate experiences that enable reflection upon other/new ways of experiencing the school and understanding what sustains these practices, what makes them possible, and what determines the attitudes they adopt. This paper is not aimed at scrutinizing implied truths, but at understanding the relationships between the subjects and those truths – both to think about a living pedagogy and how those relationships could contribute with ideas about this pedagogy in contemporary education. For this, a central question is elucidated: how is it possible to consider a teaching ethics for a living pedagogy in the contemporary school? And more: What kind of ethic requires a living pedagogy? In which way living educational practices and thinking characterized by art can change the ways of being a teacher and the constitution of this ethic? It must be said from the beginning that we do not have the exact answers for these questions, however, trough the theoretical references and by examining empirical material, there is strong indication that the ethics linked to a choice of existence based on constant work on oneself and with others may ensure a less resigned existence.application/pdfporProfessorÉtica profissionalEnsinoTeachingArtLifeEthicsSchoolComo viver na escola : relações entre arte, educação e docência Porto Alegre 2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2015mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000979825.pdf000979825.pdfTexto completoapplication/pdf5288297http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131033/1/000979825.pdfaa421dbbd38a8a26221dff182905c95cMD51TEXT000979825.pdf.txt000979825.pdf.txtExtracted Texttext/plain333037http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131033/2/000979825.pdf.txt4fd6fab1b76a40606e29eee3cba4b5d1MD52THUMBNAIL000979825.pdf.jpg000979825.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg971http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131033/3/000979825.pdf.jpg6160c8f581414f066dbc662194fb841bMD5310183/1310332020-06-26 03:32:56.619474oai:www.lume.ufrgs.br:10183/131033Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-06-26T06:32:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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