Educação inclusiva e implicações no currículo escolar : a invenção de outros processos de ensinar e de aprender

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Monteiro, Maria Rosangela Carrasco
• Orientador(a): Xavier, Maria Luisa Merino de Freitas
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Educação inclusiva; Currículo; Ensino; Processo ensino-aprendizagem
• Palavras-chave em Inglês: Inclusive education; School program; Teaching; Learning; Planning; Evaluation
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/131029

Esta tese, intitulada EDUCAÇÃO INCLUSIVA E IMPLICAÇÕES NO CURRÍCULO ESCOLAR: a invenção de outros processos de ensinar e de aprender, tem como objetivo discutir as implicações que a proposta de Educação Inclusiva pode produzir nas formas de organização do currículo escolar. O estudo está inserido no campo dos Estudos Culturais em Educação, em uma perspectiva pós-estruturalista e utilizou uma abordagem qualitativa com estratégias metodológicas de inspiração etnográfica. A pesquisa visa analisar de que modo a proposta de Educação Inclusiva, defendida no Plano Político Pedagógico da escola investigada, uma escola pública municipal de Porto Alegre, vem operando mudanças na organização curricular das turmas dos diferentes Ciclos de Formação do Ensino Fundamental. A proposta investigada está fundamentada no trabalho com alunos com Deficiência Intelectual ou Autismo e também os considerados de vulnerabilidade social, enturmados em turmas regulares. Dessa forma é dado enfoque aos projetos desenvolvidos na escola, entre eles o da Docência Compartilhada, as diferenciadas metodologias empregadas nos processos de planejamento e avaliação e a implicação de tais estratégias na produção do que pode ser chamado de currículo inclusivo. Autores como Antônio Flavio Moreira, Michael Foucault, Tomaz Tadeu da Silva, José Gimeno Sacristán e Maria Teresa Esteban, entre outros, foram referencias no trabalho desenvolvido. Conceitos como representação, identidade, diferença e relações de poder se articularam nas análises empreendidas. O estudo da proposta pedagógica investigada indica que a partir da presença de alunos ditos de inclusão, especialmente, daqueles com Deficiência Intelectual e ou com Autismo, foi possível produzir alterações curriculares. Tais alterações, efetivadas por meio dos modos de exercer a docência, centradas nas condições e possibilidades dos alunos e planejadas coletivamente, têm produzido o que se pode chamar de um currículo inclusivo. Tal currículo constitui-se através de um processo contínuo que tem por finalidade garantir o direito de todos a uma escolarização em que as formas de conviver com as diferenças produzam relações que se pautem no respeito, na igualdade de direito, no atendimento das necessidades individuais. Enfim, um currículo em que todos os alunos possam ser avaliados como sujeitos com diferentes possibilidades. O estudo também indicou que os alunos considerados de vulnerabilidade social continuam desafiando as formas de organização escolar no que se refere à inclusão escolar.