Controle estrutural das ocorrências de ouro relacionadas a veios de quartzo na região de Mahoma (San José-Uruguai)

• Ano de defesa: 2000
• Autor(a) principal: Medina Yarza, María Isabel
• Orientador(a): Strieder, Adelir Jose
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Depósitos auríferos : Aspectos econômicos; Geologia : Uruguai
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/118556

A região de Mahoma (Dept. San José, Uruguay) é composta por três unidades litológicas principais: 1) Complexo Ortognáissico, 2) Complexo Metassedimentar e 3) Granitos tardi a pós-deformacionais que têm sido datados em 2000 Ma. As ocorrências de ouro estão relacionadas a veios de quartzo estruturalmente controlados e alojados nos granito-gnaisses do Complexo Ortognáissico. Assim, as ocorrências de ouro na região de Mahoma podem ser classificadas como veios de quartzo com Au (gold-quartz veins) em terrenos metamórficos. As principais ocorrências auríferas são: Mina Mahoma (Metagranodiorito Arroyo del Sauce, sin-deformacional) e Prospecto Área 13 (gnaisses proto a ultramiloníticos, Complexo Ortognáissico). As principais unidades litológicas da região de Mahoma registram a atuação de 4 eventos deformacionais, 3 dos quais têm caráter penetrativo e formaram as estruturas mais importantes do ponto de vista do controle de depósitos minerais. O evento D1 formou as principais rochas gnáissicas (S1, foliação milonítica), tanto no Complexo Ortognáissico, quanto no Complexo Metassedimentar. O evento D2 constitui uma foliação plano axial (S2), anastomosada, que parcialmente transpõe S1. O evento D3 é responsável pela estruturação final da região e é composto por um sistema de zonas de cisalhamento e dobras de arrasto. As ocorrências de Au e os veios de quartzo relacionados estão condicionados às zonas de cisalhamento (Mina de Mahoma) e à dobra flexural de arrasto (Prospecto Área 13). Dentro desse quadro estrutural, foi possível caracterizar os seguintes tipos de veios: a) veios paralelos à foliação milonítica S3 na ZCP (Zona de Cisalhamento Principal); b) veios oblíquos à foliação milonítica S3 (C e/ou R) na ZCP; c) veios perpendiculares à foliação milonítica S3 (T) na ZCP; d) veios em saddle reefs nas charneiras das dobras de arrasto F3. A paragênese metamórfica associada com a foliação milonítica S3 é composta por quartzo, plagioclásio, biotita, muscovita, esfeno, epidoto nas rochas gnáissicas ácidas (granito-gnaisses). A paragênese de alteração hidrotermal formada nas dilatâncias estruturais da fase D3 (sombras de pressão de porfiroclastos, fraturas Riedel transtrativas, rugosidades de foliações e de fraturas, aberturas na charneira de dobras flexurais) é composta por quartzo, clorita, carbonato, sericita, pirita, (albita?). As características estruturais e petrológicas da deformação D3 e do hidrotermalismo associado com os veios de quartzo e as ocorrências de Au sugerem um modelo metamórfico-hidrotermal para a origem das ocorrências de ouro associadas com veios de quartzo na região de Mahoma (Uruguay).