Movimento body positive no Youtube: o discurso de aceitação corporal mediado pelo computador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Azevedo, Gabriela Campagna de
Orientador(a): Trasel, Marcelo Ruschel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/231682
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo compreender o emprego e a legitimação do discurso de aceitação corporal feminina a partir da apropriação do YouTube pelos atores do movimento Body Positive nos sites de redes sociais (SRS). A percepção social e cultural do corpo da mulher e o estabelecimento dos movimentos feministas ao longo da história estão vinculados, e o seu estudo permite compreender a construção de um padrão corporal feminino idealizado. Objeto de vigilância e discriminação, desde muito cedo o corpo da mulher tornou-se um artifício de controle social. Os meios de comunicação hegemônicos atuam a favor da pressão estética, utilizando o discurso de que os atributos físicos podem/devem ser moldados, uma verdade forjada pela sociedade capitalista e patriarcal a fim de ocupar mentalmente as mulheres. Discute-se também a contribuição das plataformas de redes sociais para a Comunicação Mediada pelo Computador (CMC), bem como o estabelecimento de um meio para discursos de contrapoder e pautas ativistas no YouTube. A compreensão da apropriação do site de rede social YouTube pelo movimento Body Positive se deu por meio da observação de vídeos Tour pelo meu corpo, aplicando o método de Análise do Discurso Mediado pelo Computador (Computer-mediated discourse analysis - CMDA). A metodologia permitiu identificar os enunciados utilizados pelas youtubers, previamente selecionadas, e verificar a legitimação destas manifestações pelas audiências, considerando as mensagens das caixas de comentários exibidas imediatamente abaixo dos vídeos. O trabalho possibilitou entender que este tipo de conteúdo pode ser um relevante modelo de questionamento ao discurso dominante do padrão corporal feminino reforçado em outros meios de comunicação tradicionais. As formas como os demais usuários da plataforma interagem com os vídeos analisados, reforça a demanda por debates acerca da aceitação corporal.
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Discute-se também a contribuição das plataformas de redes sociais para a Comunicação Mediada pelo Computador (CMC), bem como o estabelecimento de um meio para discursos de contrapoder e pautas ativistas no YouTube. A compreensão da apropriação do site de rede social YouTube pelo movimento Body Positive se deu por meio da observação de vídeos Tour pelo meu corpo, aplicando o método de Análise do Discurso Mediado pelo Computador (Computer-mediated discourse analysis - CMDA). A metodologia permitiu identificar os enunciados utilizados pelas youtubers, previamente selecionadas, e verificar a legitimação destas manifestações pelas audiências, considerando as mensagens das caixas de comentários exibidas imediatamente abaixo dos vídeos. O trabalho possibilitou entender que este tipo de conteúdo pode ser um relevante modelo de questionamento ao discurso dominante do padrão corporal feminino reforçado em outros meios de comunicação tradicionais. As formas como os demais usuários da plataforma interagem com os vídeos analisados, reforça a demanda por debates acerca da aceitação corporal.The present research aims to understand the employment and legitimization of the discourse of female body acceptance from the appropriation of YouTube by the actors of the Body Positive movement on social networking sites (SNS). The social and cultural perception of women's bodies and the establishment of feminist movements throughout history are linked, and their study allows us to understand the construction of an idealized female body standard. Object of surveillance and discrimination, since very early the woman's body has become an artifice of social control. The hegemonic media act in favor of aesthetic pressure, using the discourse that physical attributes can/should be shaped, a truth forged by the capitalist and patriarchal society in order to mentally occupy women. The contribution of social media platforms to Computer-mediated communication (CMC) is also discussed, as well as the establishment of a medium for countervailing power discourses and activist agendas on YouTube. The understanding of the appropriation of the social networking site YouTube by the Body Positive movement occurred through the observation of the videos Tour by my body (Tour pelo meu corpo), applying the Computer-mediated discourse analysis (CMDA) method. The methodology allowed us to identify the statements used by the youtubers, previously selected, and to verify the legitimation of these manifestations by the audiences, considering the messages in the comment boxes displayed immediately below the videos. The work made it possible to understand that this type of content can be a relevant model of questioning the dominant discourse of the female body standard reinforced in other traditional media. The ways in which other users of the platform interact with the analyzed videos reinforces the demand for debates about body acceptance.application/pdfporRedes sociaisAnálise do discursoCorpo femininoYouTube (Site)Body PositiveSocial Networking SitesFeminismsComputer-Mediated Discourse AnalysisBeauty StandardMovimento body positive no Youtube: o discurso de aceitação corporal mediado pelo computadorinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPrograma de Pós-Graduação em ComunicaçãoPorto Alegre, BR-RS2021mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001133292.pdf.txt001133292.pdf.txtExtracted Texttext/plain302227http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/231682/2/001133292.pdf.txtfdacedcdfe83e499ccdd2b42aad3f674MD52ORIGINAL001133292.pdfTexto completoapplication/pdf3024072http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/231682/1/001133292.pdf348e861d2ce5e45ab257326c97be5f07MD5110183/2316822022-02-22 05:15:38.563629oai:www.lume.ufrgs.br:10183/231682Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-02-22T08:15:38Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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