Análise de organoclorados na toninha PONTOPORIA BLAINVILLEI (GERVAIS AND D'ORBIGNY 1844) (CETARTIODACTYLA, PONTOPORIIDAE) do litoral norte do Rio Grande do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Pandolfo, Lizete Jardim
Orientador(a): Moreno, Ignacio Maria Benites
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/143696
Resumo: Contaminantes orgânicos persistentes são defensivos agrícolas utilizados há muitos anos na agricultura, como pesticidas, para eliminar pragas nas lavouras, e na área da saúde, como controle de insetos transmissores de doenças. Além destes contaminantes existem os PCBs, que foram usados na indústria química. Organoclorados como são conhecidos, persistem na cadeia alimentar por serem lipofílicos, assim, fixam com facilidade no tecido adiposo, principalmente em mamíferos marinhos que possuem o blubber facilitando a permanência do contaminante no animal. A Pontoporia blainvillei, é um dos menores cetáceos que habita as águas do Atlântico Sul da América do Sul. Espécie endêmica e de hábitos costeiros recebe fortes impactos antrópicos através da captura acidental e de possíveis descargas de contaminantes vindos de dejetos industriais, urbanos e rurais. Neste intuito, analisaram-se organoclorados quantitativamente em gorduras de 28 exemplares de toninhas, encontradas encalhadas ou capturadas acidentalmente por atividades pesqueiras, ao longo da Costa do Litoral norte do Rio Grande do Sul. A técnica usada foi a de Cromatografia a Gás com Detector de elétrons. Nos resultados esperados, apresentaram compostos organoclorados em quase todas as amostras, com exceção de GEMARS 0828 que apresentou apenas o PCB 28 e o GEMARS 1234 que apresentou o pp-DDT. Os valores mínimos e máximos (unidade em ppb) dos respectivos compostos foram os seguintes: ΣPCB 1183.44 > ΣDDT 417.23> Beta HCH 285.26 > Heptacloro 222.2 > dieldrin 218.01 > gama HCH 168.06 > mirex 87.29 > HCB 31.28. Na análise temporal apresentou um leve aumento dos contaminantes, mostrando que provavelmente ainda está havendo o uso, mesmo que em pequenas doses, dos compostos PCBs, dieldrin, Lindano e Heptacloro. A toninha, por ser espécie suscetível a atividades antrópicas, por causa de sua distribuição costeira e restrita, está listada no Apêndice II do CITES e em outros Planos de Ação para Cetáceos: é listada como “Vulnerável” na IUCN (Red List of Threatened Species) (IUCN, 2011); A Pontoporia blainvillei, também consta no Plano de Ação Nacional para a Conservação do Pequeno Cetáceo-Toninha (Pontoporia blainvillei) como “Em Perigo” (ICMBIO, 2010). Além de constar na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, na categoria de, “Em Perigo”, nos Estados de Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina, e como “Vulnerável” nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (ICMBIO, 2012). Entretanto, a população da toninha do litoral norte do Rio Grande do Sul possui algumas peculiaridades como a dieta e a variação da temperatura da água, e possivelmente, atuem no aumento da taxa metabólica, consequentemente, esta população consiga eliminar com mais eficiência organoclorados que possuem maior lipofilicidade. Portanto, esta espécie necessita de cuidados especiais, sendo indispensáveis estudos referentes a impactos negativos que atuem direta ou indiretamente na população.
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