Estudo longitudinal de pacientes com transtorno obsessivo compulsivo após cinco anos de tratamento com sertralina ou terapia cognitivo-comportamental em grupo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Borges, Cenita Pereira
Orientador(a): Cordioli, Aristides Volpato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/25110
Resumo: Objetivo: Avaliar a resposta ao tratamento em longo prazo de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) após cinco anos de terapia cognitivocomportamental em grupo (TCCG) ou sertralina 100mg/dia. Método: Em um estudo naturalístico foram acompanhados após cinco anos cinquenta pacientes que completaram 12 sessões semanais de duas horas de TCCG ou utilizaram 100mg de sertralina/dia pelo mesmo período. A intensidade dos sintomas foi avaliada cinco anos após o tratamento pela Yale-Brown Obsessive- Compulsive Scale (Y-BOCS), Impressão Clínica Global (CGI), Beck Anxiety Inventory (BAI), Beck Depression Inventory (BDI) e a qualidade de vida através do World Health Organization Quality of Life Assesment – Abreviated Version (WHOQOL-bref). Resultados: Tanto os pacientes tratados com TCCG como os tratados com sertralina apresentaram redução significativa na gravidade dos sintomas e manutenção dos ganhos terapêuticos cinco anos após o término do tratamento. Observamos também no período de seguimento um aumento no uso de medicação no grupo TCCG (p<0.001) e busca por atendimento psicoterápico no grupo que usou sertralina (p=0,084) embora este último em nível não significativo. Os resultados indicaram que 61,9% dos pacientes seguiram usando ou iniciaram o uso de medicamentos, e 41,5% iniciaram ou continuaram a TCC. Houve um aumento significativo de pacientes em remissão no grupo da sertralina (p=0,046), não ocorrendo o mesmo no grupo da TCCG (p=0,083). Houve aumento nos escores dos diferentes domínios da qualidade de vida independente do grupo. Conclusões: Nossos resultados demonstram que tanto o grupo que realizou TCCG como o que usou sertralina mantiveram a melhora alcançada logo após o término do tratamento, cinco anos após. Além disto, observou-se uma melhora em todos os domínios da QV. Talvez isso se deva ao fato de que mais da metade dos pacientes terem continuado em tratamento durante o seguimento.
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Resultados: Tanto os pacientes tratados com TCCG como os tratados com sertralina apresentaram redução significativa na gravidade dos sintomas e manutenção dos ganhos terapêuticos cinco anos após o término do tratamento. Observamos também no período de seguimento um aumento no uso de medicação no grupo TCCG (p<0.001) e busca por atendimento psicoterápico no grupo que usou sertralina (p=0,084) embora este último em nível não significativo. Os resultados indicaram que 61,9% dos pacientes seguiram usando ou iniciaram o uso de medicamentos, e 41,5% iniciaram ou continuaram a TCC. Houve um aumento significativo de pacientes em remissão no grupo da sertralina (p=0,046), não ocorrendo o mesmo no grupo da TCCG (p=0,083). Houve aumento nos escores dos diferentes domínios da qualidade de vida independente do grupo. Conclusões: Nossos resultados demonstram que tanto o grupo que realizou TCCG como o que usou sertralina mantiveram a melhora alcançada logo após o término do tratamento, cinco anos após. Além disto, observou-se uma melhora em todos os domínios da QV. Talvez isso se deva ao fato de que mais da metade dos pacientes terem continuado em tratamento durante o seguimento.Objective: Assess obsessive-compulsive disorder (OCD) patients' long term response to treatment after five years of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) or sertraline 100mg/day. Methods: Fifty patients who completed 12 two-hour weekly CBGT sessions or had sertraline 100 mg/day for the same period were followed up in a naturalistic study. The severity of symptoms were evaluated after five years from the conclusion of treatment by Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (Y-BOCS), Clinical Global Impressions Scale - Severity underscore (CGI-S), Beck Anxiety Inventory (BAI), Beck Depression Inventory (BDI), and quality of life with World Health Organization Quality of Life Assesment – Abreviated Version (WHOQOL-bref). Results: Both patients treated with CBGT and those treated with sertraline showed a significant reduction in the severity of symptoms and maintained therapeutic gains five years after the end of treatment. We also noticed an increase in the use of medication in the CBGT group (p<0.001) during the follow-up period and a search for psychotherapeutic treatment in the group who took sertraline (p=0.084), although this latter occurred at a non-significant level. Results indicated that 61.9% of patients continued using or started using the medication and 41.5% started or continued with the CBT. There was a significant increase of remissive patients in the sertraline group (p=0.046), while the same did not occur in the CBGT group (p=0.083). There was an increase in the scores of different quality of life domains (QL) regardless of the group. Conclusions: Our results showed that both the group that underwent CBGT and the one that took sertraline maintained their levels of improvement at the end of the five-year treatment. As well, an increase in all QL domains was noticed. Perhaps this may be put down to the fact that over half the patients continued with the treatment during the follow-up period.application/pdfporTranstorno obsessivo-compulsivoTerapia cognitivo-comportamentalSertralinaPsicoterapia de grupoEstudos longitudinaisObsessive-compulsive disorderCognitive-behavioral group therapySertralineOutcomeFollow-upEstudo longitudinal de pacientes com transtorno obsessivo compulsivo após cinco anos de tratamento com sertralina ou terapia cognitivo-comportamental em grupoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: PsiquiatriaPorto Alegre, BR-RS2010mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000751770.pdf000751770.pdfTexto completoapplication/pdf288413http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25110/1/000751770.pdf63fd02c3cd850752f0755ba953cdc6d0MD51TEXT000751770.pdf.txt000751770.pdf.txtExtracted Texttext/plain96016http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25110/2/000751770.pdf.txt5d0ee0393092d3faed61a53276159f37MD52THUMBNAIL000751770.pdf.jpg000751770.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1239http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25110/3/000751770.pdf.jpg4c170d6bb5adead6ce62d4087a18e024MD5310183/251102023-09-20 03:33:29.892439oai:www.lume.ufrgs.br:10183/25110Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-09-20T06:33:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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