Assumindo o controle : organizações, práticas e a experiência de si em trabalhadores da redução de danos na região metropolitana de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Rigoni, Rafaela de Quadros
Orientador(a): Nardi, Henrique Caetano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/7797
Resumo: O presente estudo tem como objetivo principal problematizar a rede enunciativa e os jogos de verdade que constroem os lugares da Redução de Danos (RD) no campo da saúde coletiva por meio da análise das formas de inserção das ações em RD no Sistema de Saúde, da organização e das práticas cotidianas, assim como dos efeitos deste conjunto de aspectos na produção da subjetividade de seus trabalhadores. Foram analisados 11 programas/ações de RD na RMPA e entrevistados 36 trabalhadores em RD entre coordenadores de programas/ações, redutores de danos, representantes de uma associação nacional de redutores de danos e de um centro de referência estadual em RD. Utilizando a perspectiva genealógica de Michel Foucault, foi possível discutir a diversidade dos atravessamentos discursivos no cotidiano dos trabalhadores em RD; a relação entre a sociedade civil e o Estado; as características da fronteira entre o Público e o Privado; as racionalidades em disputa presentes nos jogos de verdade sobre drogas; as características consideradas importantes para ser um redutor de danos; a divisão entre “técnicos” e redutores de danos; a profissionalização do redutor de danos; o trabalho voluntário e a militância; e, finalmente, a precarização do trabalho, em suas interfaces com todos os atravessamentos anteriores. (Continuação ) A análise pôde identificar, por um lado, a percepção dos trabalhadores de uma falta de suporte político, financeiro e administrativo por parte do Estado e de parte da comunidade; e por outro lado, o reconhecimento por parte do público atendido, que se mostra como motor para a continuidade do trabalho. Discute-se a importância para a RD da constituição de espaços conjuntos de reflexão e diálogo, que poderiam contribuir em muito para a saúde dos trabalhadores e, ainda, para a organização coletiva dos mesmos. Finalmente, ressalta-se a necessidade resgatar o papel de controle social, no sentido de negociar com o Estado diversas formas de apoio na direção da sustentabilidade dos trabalhadores e ações.
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