Incentivo dos pais e níveis de atividade física de escolares : um estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Naildo Santos
Orientador(a): Gaya, Anelise Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/181821
Resumo: O objetivo do presente estudo foi verificar se há associação entre o incentivo dos pais (IP) com os níveis de atividade física (AF) dos escolares. Trata-se de um estudo de caso, com método descritivo e correlacional tendo abordagem quantitativa e corte transversal. A amostra foi composta por escolares de 6 a 11 anos de idade. Os níveis de AF dos escolares foram avaliados através de acelerômetros. O IP foi avaliado por meio de perguntas. O nível socioeconômico foi avaliado por meio de questionário. Foram medidos a estatura, o peso, e o perímetro da cintura das crianças e seus respectivos pais. O Índice de massa corporal foi calculado posteriormente. Foram utilizadas análises descritivas e de frequência. Possíveis associações foram testadas através do teste de Quiquadrado de Pearson. Regressões logísticas foram utilizadas para verificar as associações entre a AF e o IP. Também foram verificadas a confiabilidade referente as perguntas do IP. Nossos resultados apontaram haver associação entre o IP intangível e a AF dos escolares. Cinquenta por cento das crianças cumpriram com as recomendações de AF. Houve uma baixa ocorrência de IP. Além disso, o incentivo intangível foi o mais reportado por aqueles que incentivavam seus filhos. Os meninos apresentaram maior probabilidade de receberem incentivo tangível e intangível dos pais e de praticar 60min de atividade física moderada/vigorosa (AFMV). As crianças de classe baixa apresentaram uma maior probabilidade de atingir os 60min de AFMV. Conforme a idade das crianças avança aumenta o IP, entretanto, a força de correlação observada entre as variáveis foi muito fraca. Os modelos de regressão revelaram que os escolares que recebiam IP, ser menino e ser de classe baixa tinham maior prevalência de cumprir com as recomendações de AF quando comparados aos que não recebiam incentivo, as meninas e aos escolares que pertenciam a classe média. O IP mostrou-se influenciar nos níveis de AF dos escolares. Metade das crianças avaliadas praticam em média 60min de atividade física AFMV por dia, cumprindo assim com as recomendações de atividade física propostas pela OMS. De uma forma geral os pais pouco incentivam seus filhos(as) a praticarem atividade física, entretanto dos pais que incentivam houve uma maior ocorrência do incentivo intangível. Nosso estudo evidenciou que os meninos são mais incentivados que as meninas independentemente do tipo de incentivo e os pais. Observamos também que conforme a idade o IP aumenta. Nossos resultados corroboram com a literatura aonde as crianças de idade superior apresentam associações fracas com o incentivo. Ressaltamos a importância do IP para a prática de atividade física dos filhos uma vez que os nossos modelos de regressão revelaram haver associação entre o IP e a AFMV dos escolares. As crianças que recebiam IP apresentaram maior prevalência de cumprir com as recomendações de atividade física quando comparadas aos seus pares que não recebiam incentivo. Conclui-se que o IP é um fator que pode influenciar nos níveis de AFMV dos escolares. Além disso outros fatores determinante como o nível socioeconômico e as barreiras merecem ser explorados para melhor compreender essa relação.
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Também foram verificadas a confiabilidade referente as perguntas do IP. Nossos resultados apontaram haver associação entre o IP intangível e a AF dos escolares. Cinquenta por cento das crianças cumpriram com as recomendações de AF. Houve uma baixa ocorrência de IP. Além disso, o incentivo intangível foi o mais reportado por aqueles que incentivavam seus filhos. Os meninos apresentaram maior probabilidade de receberem incentivo tangível e intangível dos pais e de praticar 60min de atividade física moderada/vigorosa (AFMV). As crianças de classe baixa apresentaram uma maior probabilidade de atingir os 60min de AFMV. Conforme a idade das crianças avança aumenta o IP, entretanto, a força de correlação observada entre as variáveis foi muito fraca. Os modelos de regressão revelaram que os escolares que recebiam IP, ser menino e ser de classe baixa tinham maior prevalência de cumprir com as recomendações de AF quando comparados aos que não recebiam incentivo, as meninas e aos escolares que pertenciam a classe média. O IP mostrou-se influenciar nos níveis de AF dos escolares. Metade das crianças avaliadas praticam em média 60min de atividade física AFMV por dia, cumprindo assim com as recomendações de atividade física propostas pela OMS. De uma forma geral os pais pouco incentivam seus filhos(as) a praticarem atividade física, entretanto dos pais que incentivam houve uma maior ocorrência do incentivo intangível. Nosso estudo evidenciou que os meninos são mais incentivados que as meninas independentemente do tipo de incentivo e os pais. Observamos também que conforme a idade o IP aumenta. Nossos resultados corroboram com a literatura aonde as crianças de idade superior apresentam associações fracas com o incentivo. Ressaltamos a importância do IP para a prática de atividade física dos filhos uma vez que os nossos modelos de regressão revelaram haver associação entre o IP e a AFMV dos escolares. As crianças que recebiam IP apresentaram maior prevalência de cumprir com as recomendações de atividade física quando comparadas aos seus pares que não recebiam incentivo. Conclui-se que o IP é um fator que pode influenciar nos níveis de AFMV dos escolares. Além disso outros fatores determinante como o nível socioeconômico e as barreiras merecem ser explorados para melhor compreender essa relação.The objective of the present study was to verify if there is an association between the parents' incentive (PI) and the levels of physical activity (PA) of the students. It is a case study, with descriptive and correlational method having quantitative and cross-sectional approach. The sample consisted of students from 6 to 11 years of age. Schoolchildren's PA levels were assessed using accelerometers. PI was evaluated through questions. The socioeconomic level was evaluated through a questionnaire. The height, weight, and waist circumference of the children and their respective parents were measured. Body mass index was calculated later. Descriptive and frequency analyzes were used. Possible associations were tested using the Pearson Qui-square test. Logistic regressions were used to verify the associations between PA and PI. The reliability of the PI questions was also checked. Our results showed an association between the intangible PI and the PA of the students. Fifty percent of the children complied with the recommendations of PA. There was a low occurrence of PI. In addition, the intangible incentive was the most reported by those who encouraged their children. Boys were more likely to receive tangible and intangible encouragement from their parents and to practice 60 minutes of moderate / vigorous physical activity (MVP). Low-grade children were more likely to achieve 60 min MPV. As the age of children progresses, PI increases, however, the correlation force observed between the variables was very weak. The regression models revealed that schoolchildren who received PI, being a boy and being low-class had a higher prevalence of complying with the recommendations of PA when compared to those who received no incentive, girls and schoolchildren belonging to the middle class. The PI was shown to influence the students' PH levels. Half of the evaluated children practice on average 60min of MPV physical activity per day, thus fulfilling the recommendations of physical activity proposed by the WHO. In general, the parents do not encourage their children to practice physical activity, however, from the parents who encourage it, there is a greater occurrence of the intangible incentive. Our study showed that boys are more encouraged than girls regardless of the type of incentive and the parents. We also observe that according to age the PI increases. Our results corroborate with the literature where children of older age present weak associations with the incentive. We emphasize the importance of PI for the physical activity of the children since our regression models revealed an association between PI and MVP of schoolchildren. Children who received PI had a higher prevalence of complying with physical activity recommendations when compared to their peers who received no incentive. It is concluded that PI is a factor that can influence the levels of MVP of schoolchildren. In addition other determining factors such as socioeconomic status and barriers deserve to be explored to better understand this relationship.application/pdfporPsicologiaMotivaçãoAtividadeEscolaresIncentiveSchoolchildrenPhysical activityIncentivo dos pais e níveis de atividade física de escolares : um estudo de casoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2018.mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001075563.pdfTexto completoapplication/pdf641512http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181821/1/001075563.pdf149f19c4744c83e5f9b633235756236cMD51TEXT001075563.pdf.txt001075563.pdf.txtExtracted Texttext/plain136126http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181821/2/001075563.pdf.txtc19f781fa329c2c043daf3b91bd556c2MD52THUMBNAIL001075563.pdf.jpg001075563.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1024http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181821/3/001075563.pdf.jpgbaf22b46e120e9c1a54fc07731b3b132MD5310183/1818212018-10-05 07:48:09.022oai:www.lume.ufrgs.br:10183/181821Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-05T10:48:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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