Reavaliação de Anthracoblattina Mendesi (BLATTOPTERA) do Grupo Itararé, Bacia do Paraná

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Ricetti, João Henrique Zahdi
• Orientador(a): Iannuzzi, Roberto
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Blattoptera; Grupo itarare; Paleozoico; Paraná, Bacia do
• Palavras-chave em Inglês: Anthracoblattina mendesi; Blattoptera; Itararé group; Paraná basin; Paleozoic
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/207543

O conhecimento sobre os insetos do Paleozoico brasileiro, assim como da América do Sul, é ainda bastante escasso. O número de táxons descritos, seja para o Brasil, seja para o continente sul-americano, é relativamente baixo, sendo que a maioria das espécies foram erigidas a partir das características das nervuras alares e com base em um único exemplar. Dentro deste contexto, o achado de 18 espécimes de uma mesma espécie de Blattoptera, i.e Anthracoblattina mendesi Pinto e Sedor, 2000, nos horizontes do Folhelho Lontras (Formação Campo Mourão, Grupo Itararé da Bacia do Paraná) provenientes do Afloramento Campáleo, município de Mafra, estado de Santa Catarina, estimulou este trabalho. Até a presente data, para todos os depósitos paleozoicos sul-americanos, apenas a espécie Archangelskyblatta vishniakovae Pinto, 1972, do Permiano de Chubut, Patagônia Argentina, preservara características descritas além das asas. Portanto, buscando identificar as novas características morfológicas fornecidas por estes novos espécimes e, assim, reavaliar e complementar a descrição da A. mendesi, esta pesquisa foi desenvolvida. Como resultado da análise do material-tipo e dos novos espécimes, pôde-se sugerir uma emenda à diagnose da espécie. Baseado nos dados dos vários espécimes encontrados quase inteiros, novas informações sobre a anatomia da Ordem Blattoptera no Paleozoico sul-americano foram disponibilizadas pela primeira vez, tornando A. mendesi a espécie de blatóptero mais completa já descrita para a América do Sul. Por fim, sugere-se que as ocorrências das paleofaunas de insetos do Grupo Itararé, na Bacia do Paraná, restritas a fácies de transgressão marinha (Folhelho Lontras e Folhelho Passinho), possam estar associadas aos intervalos de melhoramento climático que se sucederam ao longo do LPIA (Late Paleozoic Ice Age).