Análise botânica, química e biológica comparativa entre flores das espécies sambucus nigra L. e sambucus australis cham. & Schltdt. e avaliação preliminar da estabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Scopel, Marina
Orientador(a): Henriques, Amelia Teresinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/6559
Resumo: Flores das espécies Sambucus nigra, de origem européia, e Sambucus australis, nativa da América do Sul (Caprifoliaceae), denominadas sabugueiro e sabugueirodo- brasil, respectivamente, são utilizadas popularmente sob forma de infusão, como antiinflamatórias, laxativas e para condições febris resultantes de afecções do trato respiratório. Estudos prévios para S. nigra indicam compostos fenólicos como principais constituintes químicos, sendo estes relacionados às principais atividades biológicas avaliadas. Objetivando comparar esta espécie com Sambucus australis, foram realizadas análises botânicas macro e microscópicas das flores, identificando as principais diferenças entre as espécies, tais como o número de lóculos no ovário e presença de idioblastos cristalíferos em algumas estruturas, e observando os possíveis contaminantes (pedicelos). Também foram determinados os parâmetros farmacopéicos: cinzas totais e perda por dessecação. Após a análise química, foi escolhido o flavonóide rutina como marcador das espécies, para realizar análises quantitativas nas 31 amostras adquiridas e / ou coletadas, utilizando método de CLAE previamente validado. Soluções hidroetanólicas apresentaram maior capacidade de extração do produto alvo. Os limites mínimos de rutina observados para ambas as espécies foram de aproximadamente 0,65%. Também foram quantificados, por método espectrofotométrico, os flavonóides totais expressos em quercetina, sendo 0,93% e 1,46% os teores mínimos determinados para S.nigra e S. australis, respectivamente. O estudo da estabilidade acelerada (50°C ± 90% U.R.), avaliando a degradação dos constituintes químicos presentes permitiu sugerir a cinética de degradação de segunda ordem para da rutina nas duas espécies. Comparações de atividades biológicas das espécies foram realizadas pelos ensaios das atividades antiinflamatória (inibição do edema em pata de rato induzido por carragenina) e antioxidante (DPPH). Os resultados para o primeiro ensaio demonstraram ação equivalente em ambas as espécies para extratos hidroetanólicos a 80% (86% de inibição) e aquosos (81%), com atividade semelhante ao padrão indometacina (~83%); para a atividade antioxidante os extratos hidroetanólicos a 80% foram mais ativos (CE50 = 16 μg/ml) que os aquosos (CE50 = 27 μg/ml) em S. australis, e ambos extratos, superiores ao 28 extrato padronizado Gingko biloba (CE50 = 40 μg/ml) e aos extratos de S. nigra (CE50= 50 μg/ml – hidroetanólico e CE50= 32 μg/ml – aquoso).
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Também foram determinados os parâmetros farmacopéicos: cinzas totais e perda por dessecação. Após a análise química, foi escolhido o flavonóide rutina como marcador das espécies, para realizar análises quantitativas nas 31 amostras adquiridas e / ou coletadas, utilizando método de CLAE previamente validado. Soluções hidroetanólicas apresentaram maior capacidade de extração do produto alvo. Os limites mínimos de rutina observados para ambas as espécies foram de aproximadamente 0,65%. Também foram quantificados, por método espectrofotométrico, os flavonóides totais expressos em quercetina, sendo 0,93% e 1,46% os teores mínimos determinados para S.nigra e S. australis, respectivamente. O estudo da estabilidade acelerada (50°C ± 90% U.R.), avaliando a degradação dos constituintes químicos presentes permitiu sugerir a cinética de degradação de segunda ordem para da rutina nas duas espécies. Comparações de atividades biológicas das espécies foram realizadas pelos ensaios das atividades antiinflamatória (inibição do edema em pata de rato induzido por carragenina) e antioxidante (DPPH). Os resultados para o primeiro ensaio demonstraram ação equivalente em ambas as espécies para extratos hidroetanólicos a 80% (86% de inibição) e aquosos (81%), com atividade semelhante ao padrão indometacina (~83%); para a atividade antioxidante os extratos hidroetanólicos a 80% foram mais ativos (CE50 = 16 μg/ml) que os aquosos (CE50 = 27 μg/ml) em S. australis, e ambos extratos, superiores ao 28 extrato padronizado Gingko biloba (CE50 = 40 μg/ml) e aos extratos de S. nigra (CE50= 50 μg/ml – hidroetanólico e CE50= 32 μg/ml – aquoso).Sambucus nigra (from Europe) and Sambucus australis (from South America) flowers (Caprifoliaceae), called sabugueiro and sabugueiro-do-brazil, respectively, are used in the folk medicine as anti-inflammatory, laxative and for respiratory diseases. Previous studies for S. nigra indicate phenolic compounds as the main chemical constituents, being related for these ones the biological activities reported. In order to compare this species with S. australis macro and microscopical analysis of the flowers were carried out to identify the major differences between the species, such as the number of ovary locules and idioblasts in some structures, verifying the possible contaminants (pedicels). The following Pharmacopoeia parameters were also determined: total ash and loss on drying. After the chemical analysis, it was chosen the rutin flavonol as the mark constituent for both species, to carry through quantitative analysis of the 31 acquired and/or collected samples, by previously validated HPLC method. Hydroethanolic solutions had shown greater capacity of extraction of the target product. The minimum limits of rutin observed for both species had been of approximately 0.65%. The total flavonoid content was also quantified by spectrophotometer method, being expressed as quercetin, finding 0.93% and 1.46% the minimum values for S. nigra and S. australis, respectively. The accelerated stability test (50 ºC ± 90% UR) that evaluate the degradation of the constituents, allowed to verify a kinetic degradation of second order for rutin in both species. Comparison of biological activities of these species was carried out using the antiedematogenic (rat paw edema) and antioxidant (DPPH) activities. The results for the first test showed an equivalent action for the hydroethanolic (86% of edema inibition) and aqueous (81%) extracts, exhibiting a similar activity to indometacin (~83%). For the antioxidant activity, the ethanolic extracts (CE50 = 16 μg/ml) were more active than the aqueous (CE50 = 27 μg/ml ) for S. australis, and, both extracts were superiors to the Ginko biloba (CE50 = 40 μg/ml) and to the S. nigra extracts (CE50 = 50 μg/ml – hydroethanolic and CE50 = 32 μg/ml - aqueous).application/pdfporSambucus australisSambucus nigraCromatografia liquida de alta eficiencia (clae)SabugueiroCaprifoliaceaeSambucus australisSambucus nigraHPLCStability studyAnálise botânica, química e biológica comparativa entre flores das espécies sambucus nigra L. e sambucus australis cham. & Schltdt. e avaliação preliminar da estabilidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPrograma de Pós-Graduação em Ciências FarmacêuticasPorto Alegre, BR-RS2005mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000531771.pdf000531771.pdfTexto completoapplication/pdf3700762http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/6559/1/000531771.pdfcaf048a28bb2d62dc8809a00887fe69eMD51TEXT000531771.pdf.txt000531771.pdf.txtExtracted Texttext/plain322699http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/6559/2/000531771.pdf.txt07769d09b9c95d366a5bcadce0f8eb78MD52THUMBNAIL000531771.pdf.jpg000531771.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1105http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/6559/3/000531771.pdf.jpgd833693efc34e7ac44a038d86b28cc96MD5310183/65592018-10-08 08:28:39.26oai:www.lume.ufrgs.br:10183/6559Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-08T11:28:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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