Olhar, rachar, narrar : cenas de um pesquisar em encontros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rodrigues, Marina da Rocha
Orientador(a): Tittoni, Jaqueline
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/187549
Resumo: Esta dissertação pesquisou, por meio de um caminho aberto pelo projeto de extensão e pesquisa universitária Casa dos Cata-Ventos, alguns encontros das pessoas de fora de uma vila com as crianças e jovens de dentro da vila. O ponto de partida da pesquisa foram as narrativas de violência. A partir de uma interrogação sobre a prevalência dessas narrativas, voltou-se o olhar para as pessoas de fora da vila e montou-se uma problematização sobre os modos de olhar e de narrar para pensar os exercícios de alteridade nas relações que se estabelecem em contextos de desigualdades sociais e raciais. A problematização dos modos de olhar e de narrar – a partir de um processo de montagem, desmontagem e remontagem da pesquisa – possibilitou que outras nuances dos encontros se tornassem visíveis. Nesse movimento de pesquisa, as próprias cenas dos encontros foram rachadas e outras narrativas surgiram, de modo a também alçar voo para fora da vila e habitar o mundo. O estudo buscou que, pelo encontrar, um movimento pudesse se produzir e novas disposições aos encontros fossem abertas. No inesperado que surge no movimento dos encontros reside uma chance de que sejam montadas outras possibilidades de ser, de existir, de ver, de narrar e de se relacionar de outros tantos modos, antes impensados. Os encontros dispararam a pesquisa, transformaram-se no próprio campo problemático e também dão nome ao próprio modo pelo qual a investigação aconteceu – por meio de encontros teóricos e literários. A narrativa da dissertação está organizada em três disposições diferentes, não sequenciais e com autonomia entre si: encontrar, rachar e montar. Cada uma delas contém uma narrativa da pesquisa. Operando por fragmentos, a intenção deste trabalho não é de produzir uma totalidade e nem de ser prescritivo. A forma que a narrativa da pesquisa é apresentada busca não só relatar uma investigação, mas convida, também, a um modo de se relacionar com a leitura: que se possa brincar com o texto. Desse modo, a proposta desta pesquisa é de um exercício de abertura: rachar encontros e estranhamentos, através da montagem de um puzzle, para abrir os modos de olhar e de narrar.
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Nesse movimento de pesquisa, as próprias cenas dos encontros foram rachadas e outras narrativas surgiram, de modo a também alçar voo para fora da vila e habitar o mundo. O estudo buscou que, pelo encontrar, um movimento pudesse se produzir e novas disposições aos encontros fossem abertas. No inesperado que surge no movimento dos encontros reside uma chance de que sejam montadas outras possibilidades de ser, de existir, de ver, de narrar e de se relacionar de outros tantos modos, antes impensados. Os encontros dispararam a pesquisa, transformaram-se no próprio campo problemático e também dão nome ao próprio modo pelo qual a investigação aconteceu – por meio de encontros teóricos e literários. A narrativa da dissertação está organizada em três disposições diferentes, não sequenciais e com autonomia entre si: encontrar, rachar e montar. Cada uma delas contém uma narrativa da pesquisa. Operando por fragmentos, a intenção deste trabalho não é de produzir uma totalidade e nem de ser prescritivo. A forma que a narrativa da pesquisa é apresentada busca não só relatar uma investigação, mas convida, também, a um modo de se relacionar com a leitura: que se possa brincar com o texto. Desse modo, a proposta desta pesquisa é de um exercício de abertura: rachar encontros e estranhamentos, através da montagem de um puzzle, para abrir os modos de olhar e de narrar.This thesis investigated, through a path opened by Casa dos Cata-Ventos, an extension and academic research project, some encounters of people from outside a slum with children and young people from inside it. The research starting point was violence narratives. Starting with a question about the predominance of those narratives, we turned our gaze to people outside the slum, and a problematization was set in place, concerning the ways of looking and narrating as a way to think about the alterity exercises in the relations that are established in contexts of social and racial inequality. The problematization of the ways of looking and narrating – starting from a process of assembling, dissembling and reassembling the research – made it possible for others nuances of the encounters to become visible. In this movement of research, the encounters' own scenes were broken and other narratives sprung, which also flew from inside the slum to inhabit the outside world. The study sought that, through the encountering, a movement could be produced and that new dispositions to the encounters could be open. In the unexpected that arises in the movement of the encounters resides a chance that other possibilities of being, existing, seeing, narrating and relating to others can be assembled in many other ways, never thought before. The encounters triggered the research, they became the very own field of problematization, and they also named the manner in which the investigation happened – by means of literary and theoretical encounters. The thesis' narrative is organized in three different, non-sequential and self-sufficient dispositions: to encounter, to break open and to assemble. Each one of them contains one research narrative. Operating through fragments, this work's intention is not to produce a totality or to be prescriptive. The way the research's narrative is presented is an attempt to not only report an investigation but also to invite a new approach to reading: a text that can be played with. Therefore, this research proposal is an exercise in opening: to break open encounters and strangeness, through the assembly of a puzzle, to open the ways of looking and narrating.application/pdfporPsicologia socialPsicanáliseAlteridadeNarrativaDesigualdade socialDesigualdade racialViolênciaEncountersAlterityRacial relationsSocial inequalityNarrativeOlhar, rachar, narrar : cenas de um pesquisar em encontrosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e InstitucionalPorto Alegre, BR-RS2017mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001075054.pdf.txt001075054.pdf.txtExtracted Texttext/plain316759http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/187549/2/001075054.pdf.txtdd0acd62606a751e4a7383e73bf36cafMD52ORIGINAL001075054.pdfTexto completoapplication/pdf1897896http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/187549/1/001075054.pdfb2cd4efb935dd3b92fc837a1550d2451MD5110183/1875492019-01-04 04:03:31.647559oai:www.lume.ufrgs.br:10183/187549Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-01-04T06:03:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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