Padrões alimentares de mulheres do Sul do Brasil e hipertesão arterial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Bianca Del Ponte da
Orientador(a): Neutzling, Marilda Borges
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/56666
Resumo: Muitos fatores influenciam na elevação da pressão arterial. Entre eles tem destaque os fatores genéticos e os comportamentais como atividade física e dieta. A dieta é considerada um componente indispensável para o controle da Hipertensão Arterial, mesmo entre os indivíduos que fazem tratamento medicamentoso adequado. O objetivo do presente estudo foi identificar padrões alimentares por meio da Regressão de Posto Reduzido (RRR – do inglês Reduced Rank Regression) e verificar sua associação com hipertensão, em mulheres adultas. Foi um estudo transversal de base populacional com uma amostra representativa de 1026 mulheres de 20 a 60 anos residentes na zona urbana de uma cidade no Sul do Brasil. O consumo alimentar foi obtido por meio de um Questionário de Frequência Alimentar (QFA- 70). Para a construção dos padrões alimentares utilizou-se a RRR, tendo-se como variáveis respostas nutrientes fortemente associados à hipertensão arterial como o sódio, o potássio e a gordura saturada. Os principais padrões alimentares obtidos pela RRR foram: fator 1 com forte contribuição do queijo, do presunto e da linguiça; e o fator 2 com maior contribuição do leite desnatado, mamão, maça, banana, laranja, abóbora, agrião, couve e suco natural. Na análise bruta, verificou-se que o fator 2 esteve positivamente associado com a hipertensão. Quando a análise foi ajustada para fatores sócio-demográficos, comportamentais (fumo e atividade física) e estado nutricional a associação com hipertensão não se manteve. Com o fator 1 não foram observadas associações significativas. Após a estratificação por idade em <40 anos e ≥40anos, foi possível perceber que nas mulheres acima dos 40 anos a hipertensão associou-se diretamente com o fator 2. Este achado se justifica pela causalidade reversa, presente nos estudos transversais, delineamento utilizado. Portanto, o estudo evidencia a complexa relação existente entre o consumo alimentar e as doenças crônicas, tal como hipertensão, especialmente quando o delineamento é transversal. Novos estudos são necessários para melhor explicar essa relação.
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