Avaliação do cuidado em saúde mental à criança no contexto da estratégia da saúde da família

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Carvalho, Juliana de
• Orientador(a): Duarte, Maria de Lourdes Custódio
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Saúde mental; Atenção : Psicologia; Criança; Avaliação em saúde; Saúde da família
• Palavras-chave em Inglês: Mental Health; Child; Family Health Strategy; Psychosocial Attention; Health Assessment
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196046

O recente reconhecimento das demandas em saúde mental infantil instiga a necessidade de estudos que avaliem o cuidado que vem sendo realizado nos serviços da RAPS, incluindo na Atenção Básica. Desta forma, o presente estudo teve por objetivo avaliar o cuidado em saúde mental à criança no contexto da ESF, a partir da perspectiva das equipes da ESF. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, qualitativa, do tipo estudo de caso, que utiliza a Avaliação de Quarta Geração. Fizeram parte do estudo 14 profissionais de duas equipes de uma ESF no município de Porto Alegre/RS. A coleta ocorreu de maio a agosto de 2018, por meio de observação participante e entrevistas individuais através do Círculo Hermenêutico Dialético, permitindo a construção com diferentes pontos de vista dos profissionais, que constituíram o grupo de interesse do estudo. Para a análises das informações foi utilizado de forma concomitante, o Método Comparativo Constante. O estudo atendeu aos princípios éticos e teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisas da UFRGS nº 2.595.152 e da Secretaria Municipal de Saúde do município de Porto Alegre nº 2.720.722. Emergiram três categorias analíticas: Ambiência, Cuidado de Saúde Mental destinado à Criança e Rede de Saúde Mental infantil. Este estudo permitiu que o grupo de interesse avaliasse que o cuidado de saúde mental à criança ocorre a partir do acolhimento, da visita domiciliar, das ações do Programa de Saúde na Escola, do matriciamento de casos, da reunião de equipe e no espaço de consultas na agenda médica. No entanto, a estrutura física do serviço foi avaliada como um limitador para o cuidado à saúde mental infantil, além da falta de capacitações dos profissionais no assunto e da inexistência de trabalho intersetorial da RAPS. Portanto, os resultados dessa avaliação podem subsidiar gestores dos serviços à qualificar o cuidado em saúde mental que vem sendo destinado às crianças, uma vez que é no território, nas ESF que pode acontecer a identificação e acompanhamento das crianças, instigando o comprometimento das equipes e necessitando de qualificação dos profissionais.