Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos
| Ano de defesa: | 2009 |
|---|---|
| Autor(a) principal: | |
| Orientador(a): | |
| Banca de defesa: | |
| Tipo de documento: | Tese |
| Tipo de acesso: | Acesso aberto |
| Idioma: | por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Medicina Veterinária Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária |
| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
| Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
| País: |
Não Informado pela instituição
|
| Palavras-chave em Português: | |
| Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5483 |
Resumo: | Objetivou-se com este trabalho estudar o comportamento clínico e laboratorial de caprinos submetidos à incorporação da monensina sódica na alimentação e avaliar os seus efeitos na prevenção da acidose láctica ruminal induzida experimentalmente. Foram avaliados os aspectos clínicos como atitude, comportamento, apetite, coloração das mucosas externas, freqüência cardíaca e respiratória, motilidade retículo-ruminal, temperatura retal e o aspecto das fezes, e as características físico-químicas e microbiológicas do fluido ruminal. Foram utilizados 20 caprinos, machos, castrados, cruzados Anglo Nubiana x Saanen, com peso médio de 30Kg, clinicamente sadios e submetidos a implantação de cânulas ruminais permanentes. Foram formados dois grupos de 10 animais, um grupo controle (GC) e outro que recebeu a monensina sódica (GM) através da cânula, na dose diária de 33mg/Kg da dieta, por animal, no decorrer de 40 dias. A acidose láctica ruminal foi induzida fornecendo 10g de sacarose/Kg de peso corpóreo, antes da alimentação matinal. As observações clínicas e a colheita das amostras de fluido ruminal foram efetuadas em intervalos de 4h, 8h, 12h, 24h, 32h, 48h e 72h pós-indução (PI). A partir das 4 horas PI, evidenciou-se sinais como apatia, apetite caprichoso ou anorexia, taquicardia, taquipnéia, atonia ruminal, distensão abdominal e diarréia de intensidade variável. O refluxo de fluido ruminal pelas narinas, sinais de cólica intestinal e secreção nasal serosa bilateral foi observado em alguns animais do GC, e laminite no GM. Ocorreu perda média de peso corpóreo de 900g no GC (P>0,05) e de 1,3Kg no GM (P<0,05). Houve uma diminuição significativa (P<0,05) do pH ruminal para valores abaixo de seis; do tempo de atividade de sedimentação e flotação (TAS); da viabilidade, densidade e motilidade dos protozoários, a partir das quatro horas da indução no GC e de quatro a 24 horas no GM; no número de infusórios, às 4h PI, tanto no GC como no GM, que se manteve até o final das 72h; e nos valores dos ácidos acético, propiônico e do butírico no GM. Os valores do ácido butírico no GC reduziram sem que houvesse diferença significativa (P>0,05). A cor do fluido ruminal tornou-se leitosa, o odor ácido e a consistência aquosa. Houve um aumento significativo (P<0,05) da acidez titulável, do tempo na prova de redução do azul de metileno (PRAM), nos valores do teor de cloretos e do ácido láctico. A dinâmica da fauna e flora foi alterada, com predomínio de bactérias Gram-positiva. Em alguns animais não ocorreu o restabelecimento pleno das variáveis analisadas. A utilização da monensina sódica não preveniu o desencadeamento do distúrbio fermentativo nos animais que a receberam. |
| id |
URPE_cdc21c9de206731f2960aba7aecb7b5a |
|---|---|
| oai_identifier_str |
oai:tede2:tede2/5483 |
| network_acronym_str |
URPE |
| network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE |
| repository_id_str |
|
| spelling |
Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinosCaprinoIonóforoRúmenDistúrbio digestivoGoatIonophoresDigestive disturbanceRumenCIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIAObjetivou-se com este trabalho estudar o comportamento clínico e laboratorial de caprinos submetidos à incorporação da monensina sódica na alimentação e avaliar os seus efeitos na prevenção da acidose láctica ruminal induzida experimentalmente. Foram avaliados os aspectos clínicos como atitude, comportamento, apetite, coloração das mucosas externas, freqüência cardíaca e respiratória, motilidade retículo-ruminal, temperatura retal e o aspecto das fezes, e as características físico-químicas e microbiológicas do fluido ruminal. Foram utilizados 20 caprinos, machos, castrados, cruzados Anglo Nubiana x Saanen, com peso médio de 30Kg, clinicamente sadios e submetidos a implantação de cânulas ruminais permanentes. Foram formados dois grupos de 10 animais, um grupo controle (GC) e outro que recebeu a monensina sódica (GM) através da cânula, na dose diária de 33mg/Kg da dieta, por animal, no decorrer de 40 dias. A acidose láctica ruminal foi induzida fornecendo 10g de sacarose/Kg de peso corpóreo, antes da alimentação matinal. As observações clínicas e a colheita das amostras de fluido ruminal foram efetuadas em intervalos de 4h, 8h, 12h, 24h, 32h, 48h e 72h pós-indução (PI). A partir das 4 horas PI, evidenciou-se sinais como apatia, apetite caprichoso ou anorexia, taquicardia, taquipnéia, atonia ruminal, distensão abdominal e diarréia de intensidade variável. O refluxo de fluido ruminal pelas narinas, sinais de cólica intestinal e secreção nasal serosa bilateral foi observado em alguns animais do GC, e laminite no GM. Ocorreu perda média de peso corpóreo de 900g no GC (P>0,05) e de 1,3Kg no GM (P<0,05). Houve uma diminuição significativa (P<0,05) do pH ruminal para valores abaixo de seis; do tempo de atividade de sedimentação e flotação (TAS); da viabilidade, densidade e motilidade dos protozoários, a partir das quatro horas da indução no GC e de quatro a 24 horas no GM; no número de infusórios, às 4h PI, tanto no GC como no GM, que se manteve até o final das 72h; e nos valores dos ácidos acético, propiônico e do butírico no GM. Os valores do ácido butírico no GC reduziram sem que houvesse diferença significativa (P>0,05). A cor do fluido ruminal tornou-se leitosa, o odor ácido e a consistência aquosa. Houve um aumento significativo (P<0,05) da acidez titulável, do tempo na prova de redução do azul de metileno (PRAM), nos valores do teor de cloretos e do ácido láctico. A dinâmica da fauna e flora foi alterada, com predomínio de bactérias Gram-positiva. Em alguns animais não ocorreu o restabelecimento pleno das variáveis analisadas. A utilização da monensina sódica não preveniu o desencadeamento do distúrbio fermentativo nos animais que a receberam.The aim of the present study was to analyze clinical and laboratory findings regarding goats submitted to the incorporation of monensin in their feed and assess its effects on the prevention of experimentally induced ruminal lactic acid. Clinical aspects as well as physiochemical and microbiological characteristics of the ruminal fluid were assessed. Twenty clinically healthy, castrated, male, mixed-breed goats with a mean weight of 30Kg were used, in which permanent ruminal cannulae were implanted. Two groups of ten animals were formed – a control group (CG) and a group that received 33mg/Kg of monensina (GM) per animal in the diet for 40 days. Ruminal acidosis was induced by administering 10g of sucrose/Kg of live weight, prior to the morning meal. Clinical observations and the collection of ruminal fluid were carried out at 4, 8, 12, 24, 32, 48 and 72h post-induction (PI). At 4 hours PI, there was signs of apathy, capricious appetite or anorexia, tachycardia, tachypnea, rumen stasis, abdominal distention and diarrhea of varying severity. The reflux of rumen fluid through the nostrils, signs of colic intestinal and serous bilateral nasal discharge was observed in some animals of the CG, and laminitis in GM. There was an average loss of body weight of 900g in CG (P>0.05) and 1.3Kg in GM (P<0.05). There was a significant decrease (P<0.05) rumen pH falls below six; uptime sedimentation and flotation (TAS), viability, motility and density of protozoan, as of four hours of induction in GC and four to 24 hours in GM, the number of infusers, at 4 PI, both in CG and GM, which remained until the end of 72 hours, and the values of acetic, propionic and butyric acids in GM. The values of butyric acid in the GC reduced there is not significant difference (P>0.05). The color of the rumen fluid became milky, acid smell and watery consistency. There was a significant increase (P <0.05) the acidity, of the test time reduction of methylene blue (PRAM), the values of chloride and lactic acid. The dynamics of the fauna and flora has changed, with a predominance of Grampositive. In some animals there was no full restoration of all variables. The use of monensin did not prevent the onset of the disorder fermentation in animals that received.Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal Rural de PernambucoDepartamento de Medicina VeterináriaBrasilUFRPEPrograma de Pós-Graduação em Ciência VeterináriaSILVA, José Augusto Bastos Afonso daDRUMMOND, Ana Rita FragaMENDONÇA, Carla Lopes deSIMÕES, Sara Vilar DantasCOSTA, Nivaldo de AzevedoMIRANDA NETO, Eldinê Gomes de2016-08-25T12:27:21Z2009-02-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMIRANDA NETO, Eldinê Gomes de. Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos. 2009.82 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5483ark:/57462/001300000542xporinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPEinstname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)instacron:UFRPE2016-08-25T12:27:22Zoai:tede2:tede2/5483Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede/PUBhttp://www.tede2.ufrpe.br:8080/oai/requestbdtd@ufrpe.br ||bdtd@ufrpe.bropendoar:2016-08-25T12:27:22Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)false |
| dc.title.none.fl_str_mv |
Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos |
| title |
Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos |
| spellingShingle |
Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos MIRANDA NETO, Eldinê Gomes de Caprino Ionóforo Rúmen Distúrbio digestivo Goat Ionophores Digestive disturbance Rumen CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA |
| title_short |
Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos |
| title_full |
Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos |
| title_fullStr |
Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos |
| title_full_unstemmed |
Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos |
| title_sort |
Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos |
| author |
MIRANDA NETO, Eldinê Gomes de |
| author_facet |
MIRANDA NETO, Eldinê Gomes de |
| author_role |
author |
| dc.contributor.none.fl_str_mv |
SILVA, José Augusto Bastos Afonso da DRUMMOND, Ana Rita Fraga MENDONÇA, Carla Lopes de SIMÕES, Sara Vilar Dantas COSTA, Nivaldo de Azevedo |
| dc.contributor.author.fl_str_mv |
MIRANDA NETO, Eldinê Gomes de |
| dc.subject.por.fl_str_mv |
Caprino Ionóforo Rúmen Distúrbio digestivo Goat Ionophores Digestive disturbance Rumen CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA |
| topic |
Caprino Ionóforo Rúmen Distúrbio digestivo Goat Ionophores Digestive disturbance Rumen CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA |
| description |
Objetivou-se com este trabalho estudar o comportamento clínico e laboratorial de caprinos submetidos à incorporação da monensina sódica na alimentação e avaliar os seus efeitos na prevenção da acidose láctica ruminal induzida experimentalmente. Foram avaliados os aspectos clínicos como atitude, comportamento, apetite, coloração das mucosas externas, freqüência cardíaca e respiratória, motilidade retículo-ruminal, temperatura retal e o aspecto das fezes, e as características físico-químicas e microbiológicas do fluido ruminal. Foram utilizados 20 caprinos, machos, castrados, cruzados Anglo Nubiana x Saanen, com peso médio de 30Kg, clinicamente sadios e submetidos a implantação de cânulas ruminais permanentes. Foram formados dois grupos de 10 animais, um grupo controle (GC) e outro que recebeu a monensina sódica (GM) através da cânula, na dose diária de 33mg/Kg da dieta, por animal, no decorrer de 40 dias. A acidose láctica ruminal foi induzida fornecendo 10g de sacarose/Kg de peso corpóreo, antes da alimentação matinal. As observações clínicas e a colheita das amostras de fluido ruminal foram efetuadas em intervalos de 4h, 8h, 12h, 24h, 32h, 48h e 72h pós-indução (PI). A partir das 4 horas PI, evidenciou-se sinais como apatia, apetite caprichoso ou anorexia, taquicardia, taquipnéia, atonia ruminal, distensão abdominal e diarréia de intensidade variável. O refluxo de fluido ruminal pelas narinas, sinais de cólica intestinal e secreção nasal serosa bilateral foi observado em alguns animais do GC, e laminite no GM. Ocorreu perda média de peso corpóreo de 900g no GC (P>0,05) e de 1,3Kg no GM (P<0,05). Houve uma diminuição significativa (P<0,05) do pH ruminal para valores abaixo de seis; do tempo de atividade de sedimentação e flotação (TAS); da viabilidade, densidade e motilidade dos protozoários, a partir das quatro horas da indução no GC e de quatro a 24 horas no GM; no número de infusórios, às 4h PI, tanto no GC como no GM, que se manteve até o final das 72h; e nos valores dos ácidos acético, propiônico e do butírico no GM. Os valores do ácido butírico no GC reduziram sem que houvesse diferença significativa (P>0,05). A cor do fluido ruminal tornou-se leitosa, o odor ácido e a consistência aquosa. Houve um aumento significativo (P<0,05) da acidez titulável, do tempo na prova de redução do azul de metileno (PRAM), nos valores do teor de cloretos e do ácido láctico. A dinâmica da fauna e flora foi alterada, com predomínio de bactérias Gram-positiva. Em alguns animais não ocorreu o restabelecimento pleno das variáveis analisadas. A utilização da monensina sódica não preveniu o desencadeamento do distúrbio fermentativo nos animais que a receberam. |
| publishDate |
2009 |
| dc.date.none.fl_str_mv |
2009-02-25 2016-08-25T12:27:21Z |
| dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
| dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
| format |
doctoralThesis |
| status_str |
publishedVersion |
| dc.identifier.uri.fl_str_mv |
MIRANDA NETO, Eldinê Gomes de. Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos. 2009.82 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5483 |
| dc.identifier.dark.fl_str_mv |
ark:/57462/001300000542x |
| identifier_str_mv |
MIRANDA NETO, Eldinê Gomes de. Estudo do efeito da monensina sódica na prevenção da acidose láctica ruminal induzida em caprinos. 2009.82 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. ark:/57462/001300000542x |
| url |
http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5483 |
| dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
| language |
por |
| dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
| eu_rights_str_mv |
openAccess |
| dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
| dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal Rural de Pernambuco Departamento de Medicina Veterinária Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária |
| publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal Rural de Pernambuco Departamento de Medicina Veterinária Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária |
| dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) instacron:UFRPE |
| instname_str |
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) |
| instacron_str |
UFRPE |
| institution |
UFRPE |
| reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE |
| collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE |
| repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) |
| repository.mail.fl_str_mv |
bdtd@ufrpe.br ||bdtd@ufrpe.br |
| _version_ |
1846683444541652992 |