Padrões de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Veridiana Aparecida Limão
Orientador(a): Sila Carneiro da Silva
Banca de defesa: Alessandra Aparecida Giacomini, Carlos Guilherme Silveira Pedreira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Ciência Animal e Pastagens
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/D.11.2010.tde-20092010-091704
Resumo: A utilização de plantas forrageiras em pastagens sem considerar os aspectos básicos relacionados com o crescimento e desenvolvimento das plantas leva ao desconhecimento de seus requerimentos em termos de ambiente e limites de resistência ao pastejo e, consequentemente, ao processo de degradação de grandes áreas de pastagens cultivadas. Dentro desse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar o padrão de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo, buscando gerar interpretações fisiológicas importantes para o planejamento e idealização de práticas de manejo do pastejo. Os tratamentos corresponderam às combinações entre duas severidades (alturas pós-pastejo de 15 e 20 cm) e dois intervalos de pastejo (tempo necessário para o dossel atingir 95 e 100% de interceptação de luz durante a rebrotação IL) e foram alocados às unidades experimentais (piquetes de 1200 m2) segundo um delineamento de blocos completos casualizados, com quatro repetições. Foram avaliadas as seguintes variáveis-resposta de janeiro de 2008 a abril de 2009:índice de área foliar (IAF), taxa de crescimento da cultura (TCC), taxa assimilatória líquida (TAL), taxa de crescimento relativo (TCR), razão de área foliar (RAF), área foliar específica (AFE) e razão de peso foliar (RPF). No verão 1 o tratamento 100/20 foi o que proporcionou maior TCC relativamente aos demais tratamentos, resultado da combinação entre alto IAF residual da altura pós-pastejo de 20 cm e maior intervalo de pastejo correspondente à meta de 100% de IL. Foi registrada redução na TCC do outono/inverno/início de primavera ao final de primavera. Já no verão 2 o tratamento 95/15 apresentou maiores valores de TCC relativamente aos tratamentos 100/15 e 100/20, resultado da maior TCR e maior IAF residual dos pastos mantidos a 95% de IL. Para os componentes TAL e RPF foi observado apenas efeito de época do ano, imprimindo as variações sazonais no padrão de respostas das plantas ao longo do ano. Com exceção do verão 1, os pastos manejados a 95% apresentaram maior RAF que pastos manejados a 100% de IL, resultado de ajustes morfológicos determinados principalmente em AFE. De forma geral, o intervalo de pastejo foi mais efetivo que a severidade de pastejo na expressão das variáveis-resposta estudadas. Assim, a estratégia de manejo mais efetiva e eficiente para o pastejo rotativo do capim-mulato corresponde ao uso de período de descanso equivalente ao tempo necessário para que o dossel atinja 95% de IL durante a rebrotação, condição que corresponde a uma altura pré-pastejo de 30 cm, e altura pós-pastejo de 15 a 20 cm.
id USP_024f9e7473e38f10e4cdd879fee639ef
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-20092010-091704
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Padrões de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo Growth patterns of mulato grass subjected to strategies of rotational stocking management 2010-08-31Sila Carneiro da SilvaAlessandra Aparecida GiacominiCarlos Guilherme Silveira PedreiraVeridiana Aparecida LimãoUniversidade de São PauloCiência Animal e PastagensUSPBR Brachiaria Brachiaria Fisiologia vegetal Grazing management Morfologia vegetal Pastejo - Manejo Pastejo rotativo Plant morphophysiology Plantas forrageiras. Rotational stocking A utilização de plantas forrageiras em pastagens sem considerar os aspectos básicos relacionados com o crescimento e desenvolvimento das plantas leva ao desconhecimento de seus requerimentos em termos de ambiente e limites de resistência ao pastejo e, consequentemente, ao processo de degradação de grandes áreas de pastagens cultivadas. Dentro desse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar o padrão de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo, buscando gerar interpretações fisiológicas importantes para o planejamento e idealização de práticas de manejo do pastejo. Os tratamentos corresponderam às combinações entre duas severidades (alturas pós-pastejo de 15 e 20 cm) e dois intervalos de pastejo (tempo necessário para o dossel atingir 95 e 100% de interceptação de luz durante a rebrotação IL) e foram alocados às unidades experimentais (piquetes de 1200 m2) segundo um delineamento de blocos completos casualizados, com quatro repetições. Foram avaliadas as seguintes variáveis-resposta de janeiro de 2008 a abril de 2009:índice de área foliar (IAF), taxa de crescimento da cultura (TCC), taxa assimilatória líquida (TAL), taxa de crescimento relativo (TCR), razão de área foliar (RAF), área foliar específica (AFE) e razão de peso foliar (RPF). No verão 1 o tratamento 100/20 foi o que proporcionou maior TCC relativamente aos demais tratamentos, resultado da combinação entre alto IAF residual da altura pós-pastejo de 20 cm e maior intervalo de pastejo correspondente à meta de 100% de IL. Foi registrada redução na TCC do outono/inverno/início de primavera ao final de primavera. Já no verão 2 o tratamento 95/15 apresentou maiores valores de TCC relativamente aos tratamentos 100/15 e 100/20, resultado da maior TCR e maior IAF residual dos pastos mantidos a 95% de IL. Para os componentes TAL e RPF foi observado apenas efeito de época do ano, imprimindo as variações sazonais no padrão de respostas das plantas ao longo do ano. Com exceção do verão 1, os pastos manejados a 95% apresentaram maior RAF que pastos manejados a 100% de IL, resultado de ajustes morfológicos determinados principalmente em AFE. De forma geral, o intervalo de pastejo foi mais efetivo que a severidade de pastejo na expressão das variáveis-resposta estudadas. Assim, a estratégia de manejo mais efetiva e eficiente para o pastejo rotativo do capim-mulato corresponde ao uso de período de descanso equivalente ao tempo necessário para que o dossel atinja 95% de IL durante a rebrotação, condição que corresponde a uma altura pré-pastejo de 30 cm, e altura pós-pastejo de 15 a 20 cm. Use of forage grasses on pastures without taking into account basic information related to their pattern of growth and development results in lack of knowledge regarding their morphophysiological limits to grazing, which may result in degradation of large areas of cultivated grasslands. Against that background, the objective of this study was to evaluate the growth patterns of mulato grass subjected to strategies of rotational stocking management, aiming at providing important physiological interpretations for planning and structuring grazing management practices. Treatments corresponded to combinations between two grazing severities (post-grazing heights of 15 and 20 cm) and two grazing intervals (time necessary for swards to intercept 95 or 100% of the incident light during regrowth LI), and were allocated to experimental units (1200m2 paddocks) according to a 2x2 factorial arrangement and a randomised complete block design, with four replications, from January 2008 until April 2009. The following response variables were studied: sward leaf area index (LAI), crop growth rate (CGR), net assimilatory rate (NAR), relative growth rate (RGR), leaf area ratio (LAR), specific leaf area (SLA) and leaf weight ratio (LWR). During summer 1, treatment 100/20 resulted in the largest value of CGR, consequence of large remaining LAI associated with the post-grazing height of 20 cm and of the long grazing interval associated with the pre-grazing target of 100% LI. CGR decreased throughout autumun/winter/early spring and late spring. During summer 2, treatment 95/15 showed larger values of CGR than treatments 100/15 and 100/20, consequence of larger values of RGR and residual LAI of swards managed at 95 relative to those managed at 100% LI. NAR and LWR varied only with season of the year. Except during summer 1, swards managed at 95% LI showed larger values of LAR than those managed at 100% LI, a result of morphological adjustments mainly characterised by variations in SLA. Overall, grazing interval was more effective than grazing severity in interfering with most of the response variables studied. Therefore, adequate management of mulato grass under rotational stocking conditions correspond to a pre-grazing height of 30 cm (equivalent to the pre-grazing target of 95% LI) and post-grazing height of 15 to 20 cm. https://doi.org/10.11606/D.11.2010.tde-20092010-091704info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:33:14Zoai:teses.usp.br:tde-20092010-091704Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Padrões de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Growth patterns of mulato grass subjected to strategies of rotational stocking management
title Padrões de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo
spellingShingle Padrões de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo
Veridiana Aparecida Limão
title_short Padrões de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo
title_full Padrões de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo
title_fullStr Padrões de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo
title_full_unstemmed Padrões de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo
title_sort Padrões de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo
author Veridiana Aparecida Limão
author_facet Veridiana Aparecida Limão
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Sila Carneiro da Silva
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Alessandra Aparecida Giacomini
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Carlos Guilherme Silveira Pedreira
dc.contributor.author.fl_str_mv Veridiana Aparecida Limão
contributor_str_mv Sila Carneiro da Silva
Alessandra Aparecida Giacomini
Carlos Guilherme Silveira Pedreira
description A utilização de plantas forrageiras em pastagens sem considerar os aspectos básicos relacionados com o crescimento e desenvolvimento das plantas leva ao desconhecimento de seus requerimentos em termos de ambiente e limites de resistência ao pastejo e, consequentemente, ao processo de degradação de grandes áreas de pastagens cultivadas. Dentro desse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar o padrão de crescimento de pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo, buscando gerar interpretações fisiológicas importantes para o planejamento e idealização de práticas de manejo do pastejo. Os tratamentos corresponderam às combinações entre duas severidades (alturas pós-pastejo de 15 e 20 cm) e dois intervalos de pastejo (tempo necessário para o dossel atingir 95 e 100% de interceptação de luz durante a rebrotação IL) e foram alocados às unidades experimentais (piquetes de 1200 m2) segundo um delineamento de blocos completos casualizados, com quatro repetições. Foram avaliadas as seguintes variáveis-resposta de janeiro de 2008 a abril de 2009:índice de área foliar (IAF), taxa de crescimento da cultura (TCC), taxa assimilatória líquida (TAL), taxa de crescimento relativo (TCR), razão de área foliar (RAF), área foliar específica (AFE) e razão de peso foliar (RPF). No verão 1 o tratamento 100/20 foi o que proporcionou maior TCC relativamente aos demais tratamentos, resultado da combinação entre alto IAF residual da altura pós-pastejo de 20 cm e maior intervalo de pastejo correspondente à meta de 100% de IL. Foi registrada redução na TCC do outono/inverno/início de primavera ao final de primavera. Já no verão 2 o tratamento 95/15 apresentou maiores valores de TCC relativamente aos tratamentos 100/15 e 100/20, resultado da maior TCR e maior IAF residual dos pastos mantidos a 95% de IL. Para os componentes TAL e RPF foi observado apenas efeito de época do ano, imprimindo as variações sazonais no padrão de respostas das plantas ao longo do ano. Com exceção do verão 1, os pastos manejados a 95% apresentaram maior RAF que pastos manejados a 100% de IL, resultado de ajustes morfológicos determinados principalmente em AFE. De forma geral, o intervalo de pastejo foi mais efetivo que a severidade de pastejo na expressão das variáveis-resposta estudadas. Assim, a estratégia de manejo mais efetiva e eficiente para o pastejo rotativo do capim-mulato corresponde ao uso de período de descanso equivalente ao tempo necessário para que o dossel atinja 95% de IL durante a rebrotação, condição que corresponde a uma altura pré-pastejo de 30 cm, e altura pós-pastejo de 15 a 20 cm.
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010-08-31
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.11606/D.11.2010.tde-20092010-091704
url https://doi.org/10.11606/D.11.2010.tde-20092010-091704
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo
dc.publisher.program.fl_str_mv Ciência Animal e Pastagens
dc.publisher.initials.fl_str_mv USP
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1786376985625231360