A periferização da pobreza e da degradação sócio-ambiental na Região Metropolitana de São Paulo, o caso de Francisco Morato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Chagas, Cassiele Arantes de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-19032009-152622/
Resumo: A pesquisa busca mostrar, de forma geral, as causas do processo de periferização nos municípios do entorno da metrópole paulista, e como se dá a concentração da pobreza, que afeta o desenvolvimento local e da sociedade como um todo. Nesse contexto, a questão das desigualdades sócio - espaciais e da segregação social urbana serão muito discutidas, assim como os efeitos da exclusão social na formação do indivíduo, inserido na realidade das periferias empobrecidas. Acredita-se que lugares socialmente degradados e ambientalmente problemáticos, sem amparo de políticas públicas específicas, são reprodutores dessas mesmas condições, e que este fato já não é mais suportado pelas cidades, pois não permite seu desenvolvimento econômico e social, tampouco o compromisso de fornecer uma qualidade de vida mínima para sua população. Além disso, a reprodução da pobreza e da desigualdade sócio espacial, afeta a sociedade como um todo, uma vez que se tornam crescentes os conflitos sociais e principalmente a violência urbana. A partir dessa discussão, o município periférico de Francisco Morato passa então a ser o foco principal da pesquisa, que mostrará como o processo de empobrecimento e periferização afetam esse Município de 155 mil habitantes, crescente e desordenado, situado na região noroeste da Grande São Paulo. A intenção é ter Francisco Morato como exemplo do que acontece em diversos outros municípios empobrecidos da Região Metropolitana de São Paulo. Francisco Morato é formado em grande parte por loteamentos de baixa renda, sendo um grande número deles irregulares. A cidade em geral é carente de diversas infra-estruturas, equipamentos urbanos, serviços e projetos sociais. Nesta pesquisa, partimos do princípio que o modelo de urbanização atual tornou-se social e ambientalmente inviável para o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental, uma vez que o aumento da pobreza urbana prejudica o desenvolvimento da cidade, pois proporciona diversos tipos de problemas ambientais e sociais, tais como ocupação de áreas impróprias, desmatamentos, aumento da exclusão, da violência e geração de mais pobreza a partir da reprodução das relações sociais. Esses problemas atingem toda a sociedade e devem ter seus efeitos considerados ao longo prazo. Trata-se da formação social, do indivíduo que estamos produzindo, inserido num contexto onde as desigualdades sociais, as indiferenças e a violência são crescentes. Para as prefeituras das periferias empobrecidas, os problemas sócio-ambientais tornam-se um desafio cada vez maior, uma vez que essas instituições são em muitos casos carentes de instrumentos de gestão e recursos técnicos e financeiros. Essa é a realidade de Francisco Morato e de outros municípios de baixa renda. O Objetivo principal do trabalho é levantar os impactos causados, pelo aumento da pobreza urbana, no meio físico e social das cidades, tendo Francisco Morato como exemplo. Tentamos jogar luzes sobre a questão da reprodução dos espaços de pobreza, e entender se a partir da dinâmica capitalista excludente, aliada à ineficácia de políticas públicas, estamos criando uma sociedade mais desiquilibrada socialmente, mais violenta e mais subdesenvolvida. Talvez o resultado dessa pesquisa possa ajudar na formulação de políticas públicas sociais mais eficazes no combate à pobreza e à exclusão no município de Francisco Morato e em outros locais com situação semelhante.
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Acredita-se que lugares socialmente degradados e ambientalmente problemáticos, sem amparo de políticas públicas específicas, são reprodutores dessas mesmas condições, e que este fato já não é mais suportado pelas cidades, pois não permite seu desenvolvimento econômico e social, tampouco o compromisso de fornecer uma qualidade de vida mínima para sua população. Além disso, a reprodução da pobreza e da desigualdade sócio espacial, afeta a sociedade como um todo, uma vez que se tornam crescentes os conflitos sociais e principalmente a violência urbana. A partir dessa discussão, o município periférico de Francisco Morato passa então a ser o foco principal da pesquisa, que mostrará como o processo de empobrecimento e periferização afetam esse Município de 155 mil habitantes, crescente e desordenado, situado na região noroeste da Grande São Paulo. A intenção é ter Francisco Morato como exemplo do que acontece em diversos outros municípios empobrecidos da Região Metropolitana de São Paulo. Francisco Morato é formado em grande parte por loteamentos de baixa renda, sendo um grande número deles irregulares. A cidade em geral é carente de diversas infra-estruturas, equipamentos urbanos, serviços e projetos sociais. Nesta pesquisa, partimos do princípio que o modelo de urbanização atual tornou-se social e ambientalmente inviável para o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental, uma vez que o aumento da pobreza urbana prejudica o desenvolvimento da cidade, pois proporciona diversos tipos de problemas ambientais e sociais, tais como ocupação de áreas impróprias, desmatamentos, aumento da exclusão, da violência e geração de mais pobreza a partir da reprodução das relações sociais. Esses problemas atingem toda a sociedade e devem ter seus efeitos considerados ao longo prazo. Trata-se da formação social, do indivíduo que estamos produzindo, inserido num contexto onde as desigualdades sociais, as indiferenças e a violência são crescentes. Para as prefeituras das periferias empobrecidas, os problemas sócio-ambientais tornam-se um desafio cada vez maior, uma vez que essas instituições são em muitos casos carentes de instrumentos de gestão e recursos técnicos e financeiros. Essa é a realidade de Francisco Morato e de outros municípios de baixa renda. O Objetivo principal do trabalho é levantar os impactos causados, pelo aumento da pobreza urbana, no meio físico e social das cidades, tendo Francisco Morato como exemplo. Tentamos jogar luzes sobre a questão da reprodução dos espaços de pobreza, e entender se a partir da dinâmica capitalista excludente, aliada à ineficácia de políticas públicas, estamos criando uma sociedade mais desiquilibrada socialmente, mais violenta e mais subdesenvolvida. Talvez o resultado dessa pesquisa possa ajudar na formulação de políticas públicas sociais mais eficazes no combate à pobreza e à exclusão no município de Francisco Morato e em outros locais com situação semelhante.This search tries to focus the causes of the peripherical process in the cities around Sao Paulo metropolis as well as try to explain how the poverty concentration is done and how it can modify not only the local development but also the whole society. In this context, the question of the social-space inequalities and urban social segregation will be widely argued, as well the effects of the social exclusion in the individual formation, inserted into the peripherical poverty reality. We believe that places socially and ambientally degraded and without any specific support from government are reproducers of these same conditions and this situation is not supported any more by the cities once it does not permit its economic and social development, worse than that, do not provide the minimum life quality for its population. Moreover, the reproduction of the poverty and social-spacial inequality affects the society as a whole, once the social problems and conflicts are growing up and mainly the urban violence. From this point of the discussion ahead, the peripherical county of Francisco Morato begins to be the main focus of this search that will show how the impoverish process affects this disordered and increasing County of 155 thousands inhabitants, located at northwest of Sao Paulo City (Grande Sao Paulo). The intention is to have Francisco Morato as an example of what happens in several others poor counties around the region of São Paulo metropolis. Francisco Morato has a lot of illegal and low income land divisions. The County is, in a general way, devoided of infrastructure, urban equipments, services and social projects. In this search, we start from the principle that the current urbanization model became unsustainable for the environmental and economic-social development once the urban impoverishment harms the city development. These problems affect society the society as a whole and must have its effects considered in long term. These is regarding to the social formation, to the individual that we are producing within a context where the social inequality, the indifference and violence are growing up. To the City Halls of the poor periphery, the social-environmental problem is a big challenging because these institutions are most of the cases, deficient in managements, financial and technical resources. This is the reality of Francisco Morato and others poor income counties. Having Francisco Morato as an example, the main objective of this work is to establish the impacts caused by the urban poverty into the environmental and social means of the cities. We try to clarify the questions about the reproduction of poverty spaces and understand if the dynamic of exclusionist capitalism, allied to inefficient public politics, are creating a society much more socially-unbalanced, more violent and more underdeveloped. Perhaps the results of this search can help the formulation of more efficient public politics to reduce poverty and social-exclusion of the County of Francisco Morato as much as others countries with the same situation.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMoreira, Antonio Claudio Moreira Lima eChagas, Cassiele Arantes de Moraes2007-05-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-19032009-152622/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:58Zoai:teses.usp.br:tde-19032009-152622Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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