Esquistossomose, pobreza e saneamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Marli dos Reis
Orientador(a): Delsio Natal
Banca de defesa: Marisa Cristina de Almeida Guimarães, José Luiz Negrão Mucci, Vera Lúcia Fonseca de Camargo Neves
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional Ambiente, Saúde e Sustentabilidade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/D.6.2019.tde-14112018-101155
Resumo: A esquistossomose mansônica (EM) é uma doença endêmica de baixa letalidade e alta prevalência responsável por um alto índice de morbidade, está presente em quase todos os países do mundo, sobretudo nos países em que existe maior número de pessoas em condições de extrema pobreza, como os países do continente africano, na América Latina e parte da Ásia. É uma doença que inicialmente foi caracterizada por ocorrer em áreas rurais, que, no entanto, evoluiu com a população para os grandes centros urbanos. A pobreza é uma condição social, à qual a esquistossomose é frequente, assim como, a falta de saneamento e às condições ambientais precárias. No Brasil, a história do saneamento e da Saúde Pública são indissociáveis e, à medida que aumentam as desigualdades, verifica-se que há mais possibilidades para a manutenção de condições insalubres de vida. O grande déficit sanitário do País, contribui para a manutenção das doenças, da miséria e da desigualdade. Estas três condições doença, pobreza e saneamento formam um ciclo vicioso - uma condição de retroalimentação que reduz as possibilidades de desenvolvimento das pessoas, tanto do ponto de vista intelectual e cognitivo, quanto profissional e social, uma vez que as condições precárias de saúde e o estado frequente de adoecimento do organismo, comprometem a frequência e o aproveitamento escolar, no caso das crianças e adolescentes, e inicia o acúmulo de sequelas sociais que normalmente prevalecem por toda a vida. A partir da espacialização geográfica dos casos autóctones da EM no Estado de São Paulo, foi possível verificar a correlação entre a ocorrência da esquistossomose e as condições sócio econômicas e ambientais à que as pessoas estão expostas, determinar áreas susceptíveis à ocorrência da EM e determinar os fatores ambientais que favorecem a manutenção da endemicidade.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Esquistossomose, pobreza e saneamento Schistosomiasis, poverty and sanitation 2018-10-29Delsio NatalMarisa Cristina de Almeida GuimarãesJosé Luiz Negrão MucciVera Lúcia Fonseca de Camargo NevesMarli dos ReisUniversidade de São PauloMestrado Profissional Ambiente, Saúde e SustentabilidadeUSPBR Desigualdade Social Esquistossomose Pobreza Poverty Public Health Saneamento Sanitation Saúde Pública Schistosomiasis Social Inequality A esquistossomose mansônica (EM) é uma doença endêmica de baixa letalidade e alta prevalência responsável por um alto índice de morbidade, está presente em quase todos os países do mundo, sobretudo nos países em que existe maior número de pessoas em condições de extrema pobreza, como os países do continente africano, na América Latina e parte da Ásia. É uma doença que inicialmente foi caracterizada por ocorrer em áreas rurais, que, no entanto, evoluiu com a população para os grandes centros urbanos. A pobreza é uma condição social, à qual a esquistossomose é frequente, assim como, a falta de saneamento e às condições ambientais precárias. No Brasil, a história do saneamento e da Saúde Pública são indissociáveis e, à medida que aumentam as desigualdades, verifica-se que há mais possibilidades para a manutenção de condições insalubres de vida. O grande déficit sanitário do País, contribui para a manutenção das doenças, da miséria e da desigualdade. Estas três condições doença, pobreza e saneamento formam um ciclo vicioso - uma condição de retroalimentação que reduz as possibilidades de desenvolvimento das pessoas, tanto do ponto de vista intelectual e cognitivo, quanto profissional e social, uma vez que as condições precárias de saúde e o estado frequente de adoecimento do organismo, comprometem a frequência e o aproveitamento escolar, no caso das crianças e adolescentes, e inicia o acúmulo de sequelas sociais que normalmente prevalecem por toda a vida. A partir da espacialização geográfica dos casos autóctones da EM no Estado de São Paulo, foi possível verificar a correlação entre a ocorrência da esquistossomose e as condições sócio econômicas e ambientais à que as pessoas estão expostas, determinar áreas susceptíveis à ocorrência da EM e determinar os fatores ambientais que favorecem a manutenção da endemicidade. The Schistosomiasis Mansoni is an endemic disease that has low lethality, high prevalence is responsible for a high morbidity rate. It is found in almost every country in the world, especially in countries where there are more people living in extreme poverty, such as countries in Africa, Latin America and Asia. Initially that disease was known by being present in rural areas, but has moved and evolved within the population to large urban centers. Poverty is a social condition that accompanies Schistosomiasis, just as the lack of sanitation and poor environmental condition. In Brazil, the history of sanitation and public health are inseparable, and as inequalities increase, there are more possibilities for the maintenance of unhealthy conditions of life. The great health deficit of the country contributes to the increase of diseases, poverty and inequality. Those three conditions combined with poor sanitation, form a vicious cycle that keeps them constantly reoccurring, hampering people\'s possibilities of intellectual, professional and social development. It is known that poor health conditions and frequent illnesses, compromise children and adolescent\'s attendance and achievement at school what can lead to social damage that could impact their whole lives. From the geographic spatialization of the autochthonous cases of MS in the State of São Paulo, it was possible to verify the correlation between the occurrence of schistosomiasis and the socioeconomic and environmental conditions to which people are exposed, determine areas susceptible to the occurrence of MS, and determine the environmental factors that favor the maintenance of endemicity. https://doi.org/10.11606/D.6.2019.tde-14112018-101155info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:58:45Zoai:teses.usp.br:tde-14112018-101155Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-06-07T17:58:22Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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