Contribuição da ultra-sonografia para o diagnóstico das alterações histopatológicas presentes na hepatite C crônica, com ênfase na esteatose hepática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Marcia Wang Matsuoka
Orientador(a): Ilka Regina Souza de Oliveira
Banca de defesa: Sergio Aron Ajzen, Nelson Marcio Gomes Caserta, Wilson Jacob Filho, Ayrton Roberto Pastore
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Radiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/T.5.2008.tde-05082008-142925
Resumo: INTRODUÇÃO: A utilização da ultra-sonografia (USG) como método de diagnóstico por imagem na avaliação das afecções abdominais, em particular para o acompanhamento de pacientes portadores de hepatite C crônica, vem sendo rotineiramente empregada. Neste trabalho, avaliamos a contribuição da USG na avaliação das alterações histopatológicas encontradas neste grupo de doentes, com ênfase para a esteatose hepática (EH), afecção bastante freqüente na hepatite causada pelo vírus C. MÉTODO: Comparamos os achados ultra-sonográficos de 192 pacientes consecutivos, portadores de hepatite crônica pelo vírus C, submetidos à biópsia hepática, com os achados histopatológicos dos fragmentos hepáticos obtidos. Todos os pacientes foram biopsiados sob orientação USG, sendo a ultra-sonografia assim como a biópsia hepática realizadas cada qual por um médico especialista e sempre o mesmo. Todos os exames ultra-sonográficos obedeceram a um mesmo protocolo, sendo analisados os seguintes parâmetros ultra-sonográficos: 1) com relação às características ecográficas do parênquima: ecogenicidade, ecotextura e atenuação; 2) com relação à utilização da USG para o diagnóstico da EH: biometria da parede abdominal, dimensões e contornos hepáticos. Posteriormente os pacientes estudados foram agrupados em: A) grupo com alterações ultra-sonográficas e B) sem alterações ultra-sonográficas, e comparados com as alterações histopatológicas presentes. Foram realizados também cálculos de regressão logística com os parâmetros USG avaliados para a avaliação da acurácia deste método de imagem para o diagnóstico da EH. RESULTADOS: Entre as alterações histopatológicas presentes, a alteração arquitetural e a EH apresentaram diferença estatística significante entre os grupos A (com alterações USG) e B (sem alterações USG). Observou-se também diferença estatística significante entre: a) espessura da parede abdominal e as dimensões hepáticas com relação à presença de EH, b) contornos hepáticos irregulares e a presença de EH. E dentre os componentes ultra-sonográficos avaliados, a atenuação foi o que apresentou melhor correlação com a EH. A utilização das variáveis idade, sexo, atenuação, espessura da parede abdominal e dimensões hepáticas, foram as que apresentaram melhores resultados nos cálculos de regressão logística, com sensibilidade de 60,5% e especificidade de 83,9% em diagnosticar EH. CONCLUSÕES: Neste trabalho, o estudo ultra-sonográfico do fígado de pacientes com hepatite C crônica apresentou correlação com as alterações arquiteturais e com a EH encontradas na histopatologia. A utilização da USG para o diagnóstico da EH apresentou relação estatística com a espessura da parede abdominal, dimensões e contornos hepáticos, e a atenuação foi o melhor componente ultra-sonográfico para o diagnóstico da EH.
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Neste trabalho, avaliamos a contribuição da USG na avaliação das alterações histopatológicas encontradas neste grupo de doentes, com ênfase para a esteatose hepática (EH), afecção bastante freqüente na hepatite causada pelo vírus C. MÉTODO: Comparamos os achados ultra-sonográficos de 192 pacientes consecutivos, portadores de hepatite crônica pelo vírus C, submetidos à biópsia hepática, com os achados histopatológicos dos fragmentos hepáticos obtidos. Todos os pacientes foram biopsiados sob orientação USG, sendo a ultra-sonografia assim como a biópsia hepática realizadas cada qual por um médico especialista e sempre o mesmo. Todos os exames ultra-sonográficos obedeceram a um mesmo protocolo, sendo analisados os seguintes parâmetros ultra-sonográficos: 1) com relação às características ecográficas do parênquima: ecogenicidade, ecotextura e atenuação; 2) com relação à utilização da USG para o diagnóstico da EH: biometria da parede abdominal, dimensões e contornos hepáticos. Posteriormente os pacientes estudados foram agrupados em: A) grupo com alterações ultra-sonográficas e B) sem alterações ultra-sonográficas, e comparados com as alterações histopatológicas presentes. Foram realizados também cálculos de regressão logística com os parâmetros USG avaliados para a avaliação da acurácia deste método de imagem para o diagnóstico da EH. RESULTADOS: Entre as alterações histopatológicas presentes, a alteração arquitetural e a EH apresentaram diferença estatística significante entre os grupos A (com alterações USG) e B (sem alterações USG). Observou-se também diferença estatística significante entre: a) espessura da parede abdominal e as dimensões hepáticas com relação à presença de EH, b) contornos hepáticos irregulares e a presença de EH. E dentre os componentes ultra-sonográficos avaliados, a atenuação foi o que apresentou melhor correlação com a EH. A utilização das variáveis idade, sexo, atenuação, espessura da parede abdominal e dimensões hepáticas, foram as que apresentaram melhores resultados nos cálculos de regressão logística, com sensibilidade de 60,5% e especificidade de 83,9% em diagnosticar EH. CONCLUSÕES: Neste trabalho, o estudo ultra-sonográfico do fígado de pacientes com hepatite C crônica apresentou correlação com as alterações arquiteturais e com a EH encontradas na histopatologia. A utilização da USG para o diagnóstico da EH apresentou relação estatística com a espessura da parede abdominal, dimensões e contornos hepáticos, e a atenuação foi o melhor componente ultra-sonográfico para o diagnóstico da EH. INTRODUCTION: Ultrasonography is consistently utilized as the method of diagnostic imaging while evaluating abdominal infections particularly in patients with chronic hepatitis C. We studied the contribution of the ultrasonography in the evaluation of histopathologic alterations in this group of patients with emphasis in hepatic steatosis (HS), sufficiently frequent in hepatitis caused by the C virus. METHODS: We compared the findings from the ultrasounds of 192 carrying patients of chronic hepatitis C virus, who had undergone hepatic biopsy, with the histopathogical findings of the hepatic fragments obtained. All patients who have undergone liver biopsy guided by ultrasonography were always evaluated by the same medical specialist for both sonogram or hepatic biopsy. All ultrasound examinations followed the same protocol, analyzing the following parameters: 1) regarding to the echographic characteristics of parenchyma: echogenicity, echotexture and attenuation; 2) regarding to the use of the sonography for the diagnosis of the HS: biometry of the abdominal wall, hepatic dimensions and contours. Post results, patients had been grouped in: A) altered ultrasound group and B) ultrasound group without ultrasound alterations, both compared with present histopathological alterations. Calculations of logistic regression with ultrasonography parameters had also been performed to determine the accuracy of this method for the HS diagnosis. RESULTS: Of the histopathological alterations present, the architectural alteration and the HS had presented significant statistical difference between the groups (altered ultrasound group) and the B (without ultrasound alterations). We also noted significant statistical difference between: a) thickness of the abdominal wall and the hepatic dimensions with regard to presence of HS, b) irregular hepatic contours and the presence of HS. Amongst the evaluated ultrasound components, attenuation presented better correlation with the HS. The variables age, sex, attenuation, thickness of the abdominal wall and hepatic dimensions of the right lobe, presented better results in the calculations of logistic regression, with 60,5% sensitivity and specificity of 83,9% in diagnosing HS. CONCLUSIONS: In this research, the hepatic ultrasonography of patients with chronic hepatitis C presented correlation with the architectural alterations and the HS found at the histopathology. The utilization of the ultrasonography for the diagnosis of the HS presented statistical relationship with the thickness of the abdominal wall, hepatic dimensions and contours, and the sonographic attenuation was the best component for the diagnosis of ES. https://doi.org/10.11606/T.5.2008.tde-05082008-142925info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:16:12Zoai:teses.usp.br:tde-05082008-142925Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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