Influência do silêncio e da atenção na percepção auditiva: implicações na compreensão do zumbido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Knobel, Keila Alessandra Baraldi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-11032008-154705/
Resumo: OBJETIVOS: Estudar o efeito da atenção e do silêncio sustentado no aparecimento de percepções auditivas fantasma em adultos normo-ouvintes e a relação com características sócio-demográficas. MÉTODOS: Dentro de uma cabina acústica, 66 voluntários (18 a 65 anos, média etária 37,3 anos) realizaram três experimentos de cinco minutos cada, apresentados consecutivamente e em ordem aleatória. Dois desviavam a atenção do sistema auditivo (Hanói - H e Atenção Visual - AV) e outro a direcionava para ele (Atenção Auditiva - AA). Os sujeitos foram questionados sobre suas percepções auditivas e visuais. Em nenhum momento foram apresentados quaisquer sons ou mudanças na iluminação. RESULTADOS: 19,7% dos sujeitos experimentaram alguma percepção auditiva durante o experimento H, 68,2% durante o experimento AV e 68,2% durante o experimento AA, enquanto percepções visuais foram relatadas por 6,1%, 15,2% e 4,5% dos sujeitos para os mesmos três experimentos. A diferença na freqüência de percepções auditivas e visuais foi estatisticamente significativa, assim com a diferença na freqüência de percepções auditivas nos três experimentos. Não houve diferença estatisticamente significativa para o aparecimento de percepções auditivas ou visuais em relação às variáveis estudadas (idade, gênero, nível de instrução, hipertensão arterial, diabetes, história de tontura, história prévia de zumbido ou de exposição a níveis de pressão sonora elevados). Um maior número de percepções auditivas foi referido no experimento AA. Enquanto nos experimentos H e AV a maioria das percepções auditivas foi descrita como sons típicos de zumbido (apito, chiado, \"hum\", som de insetos ou de água corrente), no experimento AA 39,9% dos sujeitos (n=26) relataram a percepção de sons atípicos, mais compatíveis com vivências alucinatórias que com zumbido. CONCLUSÕES: Zumbido e alucinação auditiva podem ocorrer na população normal em ambiente silencioso, independente de idade, gênero, nível de instrução, hipertensão arterial, diabetes, história de tontura, zumbido, ou exposição prévia a níveis de pressão sonora elevados. A ativação concomitante da atenção auditiva contribuiu de maneira importante na quantidade e na qualidade das percepções auditivas fantasma.
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RESULTADOS: 19,7% dos sujeitos experimentaram alguma percepção auditiva durante o experimento H, 68,2% durante o experimento AV e 68,2% durante o experimento AA, enquanto percepções visuais foram relatadas por 6,1%, 15,2% e 4,5% dos sujeitos para os mesmos três experimentos. A diferença na freqüência de percepções auditivas e visuais foi estatisticamente significativa, assim com a diferença na freqüência de percepções auditivas nos três experimentos. Não houve diferença estatisticamente significativa para o aparecimento de percepções auditivas ou visuais em relação às variáveis estudadas (idade, gênero, nível de instrução, hipertensão arterial, diabetes, história de tontura, história prévia de zumbido ou de exposição a níveis de pressão sonora elevados). Um maior número de percepções auditivas foi referido no experimento AA. 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METHODS: sitting in a sound booth, 66 volunteers (age range 18-65, mean age 37.3) performed three experiments of five minutes each, consecutively and randomly presented. Two deviated attention from auditory system, called Hanoi (H) and Visual Attention (VA) experiments and one drove attention to the auditory system, called Auditory Attention (AA). After each experiment, subjects were asked about their auditory and visual perception. No sound or light change was given at any moment. RESULTS: 19.7% of the subjects experienced auditory perceptions during H, 45.5% during VA and 68.2% during AA, while visual perceptions were experienced by 6.1%, 15.2% and 4.5% of the subjects for the same three experiments. The frequency of auditory and visual perception was statistically different, as well as the frequency of auditory perception among experiments. No significant differences for auditory perceptions emergence for studied variables were found (age, gender, instructional level, hypertension, diabetes, history of dizziness, history of tinnitus, previous exposure to high sound pressure levels). A higher prevalence of auditory perceptions was found on AA experiment. While on H and VA experiments most of the auditory perceptions were described as typical tinnitus sounds (whistle, buzzing, hum, insects and running water), on AA experiment 39,9% of the subjects (n=26) experienced non-typical tinnitus sounds, closer to hallucinatory experiences than to tinnitus. CONCLUSION: Tinnitus and auditory hallucination may occur in a non-clinical population in a silent environment, with no influences from age, gender, instructional level, hypertension, diabetes, history of dizziness, history of tinnitus, previous exposure to high sound pressure levels. Concomitant auditory attention seems to play an important role on the emergence of tinnitus.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSanchez, Tanit GanzKnobel, Keila Alessandra Baraldi2007-12-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-11032008-154705/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:55Zoai:teses.usp.br:tde-11032008-154705Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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