Reabilitação vestibular em um serviço público de saúde auditiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mariotto, Luciane Domingues Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-05092017-210254/
Resumo: A tontura é considerada pela área médica, como um problema de saúde pública. Entender os distúrbios do equilíbrio corporal, como a limitação de um dos sistemas fundamentais para a sobrevivência do indivíduo, ajuda a compreender a importância e a necessidade de uma abordagem diagnóstica rápida e precisa. A valorização de sinais encontrados na avaliação vestibular, e da queixa do paciente, é fundamental para o diagnóstico, sendo de extrema importância o encaminhamento para avaliação exploratória do sistema vestibular, para que medidas terapêuticas personalizadas sejam adotadas. A reabilitação vestibular (RV) é um recurso terapêutico realizado por meio de exercícios que visam melhorar a interação vestíbulo-visual durante a movimentação cefálica, e ampliar a estabilidade postural estática e dinâmica nas condições que produzem informações sensoriais conflitantes. Objetivo: Verificar a eficácia de um protocolo de procedimentos terapêuticos de RV em grupo, aplicado em indivíduos com queixas vestibulares, considerando as variáveis: gênero, idade, presença de zumbido e influência da localização do comprometimento do sistema vestibular. Material e métodos: Estudo descritivo e retrospectivo, realizado a partir da análise de prontuários de 151 pacientes atendidos na DSA do HRAC-USP. A casuística foi delimitada a partir da análise de prontuários de pacientes de ambos os gêneros, com idade entre 10 a 88 anos. Os critérios de inclusão foram: queixas vestibulares, ter realizado a VENG pré RV em grupo, ter respondido ao Dizziness Handicap Inventory (DHI) e a Escala Visual Analógica (EVA), para os sintomas de tontura e zumbido, nas etapas pré e pós intervenção. A RV foi composta por 13 sessões de aproximadamente 60 minutos, seguindo protocolo especifico elaborado para a RV em grupo. O tratamento estatístico foi composto pelos testes Teste T, McNemar, Friedmann, Qui-Quadrado, Fisher, Binominal, Kolmogorov-Smirnov e Testes Wilcoxon. Foi adotado valor de significância (p) igual ou menor que 0,05. Resultados: Na comparação entre os resultados do DHI obtidos nas etapas pré e pós RV houve diferença para todos os aspectos, tanto a pontuação total como para a classificação por grau (p=0,001). Na análise do EVA houve diferença quanto ao desconforto da tontura (valor de p variou de 0,000 a 0,092), quanto ao desconforto relacionado ao zumbido (p=0,001). Houve diferença na comparação da avaliação vestibular por meio da VENG antes e depois da RV (p=0,003). Não houve correlação entre idade (p=0,610) e efetividade da RV porém houve correlação com o gênero (p=0,028). Houve diferença entre os resultados da VENG na comparação entre as etapas pré e pós RV em grupo (p=0,001). Na correlação da EVA com as variáveis, houve correlação com o gênero feminino (p=0,000), com todas as faixas etárias, exceto a de 10 a 20 anos (p=0,125) de 21 a 90 anos, e com o comprometimento vestibular periférico (p=0,000). Conclusão: O protocolo de RV em grupo, aplicados em pacientes com queixas vestibulares foi eficaz para a queixa de tontura e zumbido, independente da idade. O gênero feminino apresentou mais benefícios com a RV do que o gênero masculino. A RV foi eficaz para todos os tipos de comprometimento vestibular, inclusive nos achados identificados como normais.
id USP_13f58d7f6c2a1b4d3e97cb3b1568aad5
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-05092017-210254
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str
spelling Reabilitação vestibular em um serviço público de saúde auditivaVestibular rehabilitation`s in a public Brazilian hearing health serviceDizzinessHealth qualityQualidade de vidaReabilitaçãoRehabilitationTonturaVertigemVertigoA tontura é considerada pela área médica, como um problema de saúde pública. Entender os distúrbios do equilíbrio corporal, como a limitação de um dos sistemas fundamentais para a sobrevivência do indivíduo, ajuda a compreender a importância e a necessidade de uma abordagem diagnóstica rápida e precisa. A valorização de sinais encontrados na avaliação vestibular, e da queixa do paciente, é fundamental para o diagnóstico, sendo de extrema importância o encaminhamento para avaliação exploratória do sistema vestibular, para que medidas terapêuticas personalizadas sejam adotadas. A reabilitação vestibular (RV) é um recurso terapêutico realizado por meio de exercícios que visam melhorar a interação vestíbulo-visual durante a movimentação cefálica, e ampliar a estabilidade postural estática e dinâmica nas condições que produzem informações sensoriais conflitantes. Objetivo: Verificar a eficácia de um protocolo de procedimentos terapêuticos de RV em grupo, aplicado em indivíduos com queixas vestibulares, considerando as variáveis: gênero, idade, presença de zumbido e influência da localização do comprometimento do sistema vestibular. Material e métodos: Estudo descritivo e retrospectivo, realizado a partir da análise de prontuários de 151 pacientes atendidos na DSA do HRAC-USP. A casuística foi delimitada a partir da análise de prontuários de pacientes de ambos os gêneros, com idade entre 10 a 88 anos. Os critérios de inclusão foram: queixas vestibulares, ter realizado a VENG pré RV em grupo, ter respondido ao Dizziness Handicap Inventory (DHI) e a Escala Visual Analógica (EVA), para os sintomas de tontura e zumbido, nas etapas pré e pós intervenção. A RV foi composta por 13 sessões de aproximadamente 60 minutos, seguindo protocolo especifico elaborado para a RV em grupo. O tratamento estatístico foi composto pelos testes Teste T, McNemar, Friedmann, Qui-Quadrado, Fisher, Binominal, Kolmogorov-Smirnov e Testes Wilcoxon. Foi adotado valor de significância (p) igual ou menor que 0,05. Resultados: Na comparação entre os resultados do DHI obtidos nas etapas pré e pós RV houve diferença para todos os aspectos, tanto a pontuação total como para a classificação por grau (p=0,001). Na análise do EVA houve diferença quanto ao desconforto da tontura (valor de p variou de 0,000 a 0,092), quanto ao desconforto relacionado ao zumbido (p=0,001). Houve diferença na comparação da avaliação vestibular por meio da VENG antes e depois da RV (p=0,003). Não houve correlação entre idade (p=0,610) e efetividade da RV porém houve correlação com o gênero (p=0,028). Houve diferença entre os resultados da VENG na comparação entre as etapas pré e pós RV em grupo (p=0,001). Na correlação da EVA com as variáveis, houve correlação com o gênero feminino (p=0,000), com todas as faixas etárias, exceto a de 10 a 20 anos (p=0,125) de 21 a 90 anos, e com o comprometimento vestibular periférico (p=0,000). Conclusão: O protocolo de RV em grupo, aplicados em pacientes com queixas vestibulares foi eficaz para a queixa de tontura e zumbido, independente da idade. O gênero feminino apresentou mais benefícios com a RV do que o gênero masculino. A RV foi eficaz para todos os tipos de comprometimento vestibular, inclusive nos achados identificados como normais.Dizziness is considered by the medical field as a public health problem. Understanding body balance disorders, such as limiting one of the fundamental systems for individual survival, helps to understand the importance and necessity of a quick and accurate diagnostic approach. The evaluation of signs found in the vestibular evaluation, and the patient\'s complaint, is fundamental for the diagnosis, being extremely important the exploratory evaluation of the vestibular system, so that therapeutic therapeutic measures are adopted. Vestibular Rehabilitation (VR) is a therapeutic resource performed through exercises that aim to improve vestibulovisual interaction during head movement and to increase static and dynamic postural stability in conditions that produce conflicting sensory information. Aim: To verify the efficacy of a group VR therapeutic protocol, applied to individuals with vestibular complaints, considering the following variables: gender, age, tinnitus and influence of the location of vestibular system impairment identified by vectoelectronystagmography (VENG). Methods: Descriptive and retrospective study, based on the analysis of medical records of 151 patients seen in the DSA of HRACUSP. The casuistry was delimited from the analysis of medical records of patients of both genders, aged between 10 and 88 years. Inclusion criteria were: vestibular complaints, VENG pre VR in group, response to Dizziness Handicap Inventory (DHI) and Visual Analogue Scale (VAS) for the symptoms of dizziness and tinnitus, in the pre- and post-intervention stages. The VR was composed of 13 sessions of approximately 60 minutes, following a specific protocol elaborated for VR in a group. The statistical treatment was composed by the Test T, McNemar, Friedmann, Chi- Square, Fisher, Binominal and Kolmogorov-Smirnov tests. Significance (p) value was adopted equal to or less than 0.05. Results: The results obtained were compared with the results obtained for each classification level (p=0,001). In the analysis of VAS, there was a difference between the discount of dizziness (variance value = 0,000 to 0,092), or discomfort related to tinnitus (p=0,001). There was a difference in the evaluation of vestibular evaluation through VENG before and after VR (p=0,003). There was no correlation between age (p=0,610) and VR efficacy, with correlation with gender (p=0,028). There was a difference between the VENG results between the previous phases of the group (p=0,001). In the correlation between the VAS and the variables, there was a correlation with the female gender (p=0,000), with all age groups, except for 10 to 20 years (p=0,125) from 21 to 90 years and with peripheral vestibular impairment (p=0,000). Conclusion: The group VR protocol applied to patients with vestibular complaints was effective for complaint of dizziness and tinnitus, regardless of age. The female had more benefits with an VR than the male sex. VR was effective for all types of vestibular compromise, including findings identified as normal.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCorteletti, Lilian Cássia Bornia JacobMariotto, Luciane Domingues Figueiredo2017-04-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-05092017-210254/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:38:18Zoai:teses.usp.br:tde-05092017-210254Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:38:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Reabilitação vestibular em um serviço público de saúde auditiva
Vestibular rehabilitation`s in a public Brazilian hearing health service
title Reabilitação vestibular em um serviço público de saúde auditiva
spellingShingle Reabilitação vestibular em um serviço público de saúde auditiva
Mariotto, Luciane Domingues Figueiredo
Dizziness
Health quality
Qualidade de vida
Reabilitação
Rehabilitation
Tontura
Vertigem
Vertigo
title_short Reabilitação vestibular em um serviço público de saúde auditiva
title_full Reabilitação vestibular em um serviço público de saúde auditiva
title_fullStr Reabilitação vestibular em um serviço público de saúde auditiva
title_full_unstemmed Reabilitação vestibular em um serviço público de saúde auditiva
title_sort Reabilitação vestibular em um serviço público de saúde auditiva
author Mariotto, Luciane Domingues Figueiredo
author_facet Mariotto, Luciane Domingues Figueiredo
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Corteletti, Lilian Cássia Bornia Jacob
dc.contributor.author.fl_str_mv Mariotto, Luciane Domingues Figueiredo
dc.subject.por.fl_str_mv Dizziness
Health quality
Qualidade de vida
Reabilitação
Rehabilitation
Tontura
Vertigem
Vertigo
topic Dizziness
Health quality
Qualidade de vida
Reabilitação
Rehabilitation
Tontura
Vertigem
Vertigo
description A tontura é considerada pela área médica, como um problema de saúde pública. Entender os distúrbios do equilíbrio corporal, como a limitação de um dos sistemas fundamentais para a sobrevivência do indivíduo, ajuda a compreender a importância e a necessidade de uma abordagem diagnóstica rápida e precisa. A valorização de sinais encontrados na avaliação vestibular, e da queixa do paciente, é fundamental para o diagnóstico, sendo de extrema importância o encaminhamento para avaliação exploratória do sistema vestibular, para que medidas terapêuticas personalizadas sejam adotadas. A reabilitação vestibular (RV) é um recurso terapêutico realizado por meio de exercícios que visam melhorar a interação vestíbulo-visual durante a movimentação cefálica, e ampliar a estabilidade postural estática e dinâmica nas condições que produzem informações sensoriais conflitantes. Objetivo: Verificar a eficácia de um protocolo de procedimentos terapêuticos de RV em grupo, aplicado em indivíduos com queixas vestibulares, considerando as variáveis: gênero, idade, presença de zumbido e influência da localização do comprometimento do sistema vestibular. Material e métodos: Estudo descritivo e retrospectivo, realizado a partir da análise de prontuários de 151 pacientes atendidos na DSA do HRAC-USP. A casuística foi delimitada a partir da análise de prontuários de pacientes de ambos os gêneros, com idade entre 10 a 88 anos. Os critérios de inclusão foram: queixas vestibulares, ter realizado a VENG pré RV em grupo, ter respondido ao Dizziness Handicap Inventory (DHI) e a Escala Visual Analógica (EVA), para os sintomas de tontura e zumbido, nas etapas pré e pós intervenção. A RV foi composta por 13 sessões de aproximadamente 60 minutos, seguindo protocolo especifico elaborado para a RV em grupo. O tratamento estatístico foi composto pelos testes Teste T, McNemar, Friedmann, Qui-Quadrado, Fisher, Binominal, Kolmogorov-Smirnov e Testes Wilcoxon. Foi adotado valor de significância (p) igual ou menor que 0,05. Resultados: Na comparação entre os resultados do DHI obtidos nas etapas pré e pós RV houve diferença para todos os aspectos, tanto a pontuação total como para a classificação por grau (p=0,001). Na análise do EVA houve diferença quanto ao desconforto da tontura (valor de p variou de 0,000 a 0,092), quanto ao desconforto relacionado ao zumbido (p=0,001). Houve diferença na comparação da avaliação vestibular por meio da VENG antes e depois da RV (p=0,003). Não houve correlação entre idade (p=0,610) e efetividade da RV porém houve correlação com o gênero (p=0,028). Houve diferença entre os resultados da VENG na comparação entre as etapas pré e pós RV em grupo (p=0,001). Na correlação da EVA com as variáveis, houve correlação com o gênero feminino (p=0,000), com todas as faixas etárias, exceto a de 10 a 20 anos (p=0,125) de 21 a 90 anos, e com o comprometimento vestibular periférico (p=0,000). Conclusão: O protocolo de RV em grupo, aplicados em pacientes com queixas vestibulares foi eficaz para a queixa de tontura e zumbido, independente da idade. O gênero feminino apresentou mais benefícios com a RV do que o gênero masculino. A RV foi eficaz para todos os tipos de comprometimento vestibular, inclusive nos achados identificados como normais.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-04-13
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-05092017-210254/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-05092017-210254/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809091454762483712