Estudo dos possíveis efeitos tóxicos da exposição à Solanum lycocarpum em ratos adultos e em sua prole.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Viviane Mayumi Maruo
Orientador(a): Helenice de Souza Spinosa
Banca de defesa: Maria Martha Bernardi, Silvana Lima Gorniak, Célia Aparecida Paulino, Ana Cristina Tasaka
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Patologia Experimental e Comparada
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/T.10.2002.tde-05022004-155718
Resumo: Solanum lycocarpum St. Hill é uma planta comum no cerrado brasileiro e possui um alcalóide com configuração estereoespecífica para a síntese de hormônios esteróides. O presente estudo foi desenvolvido para determinar os possíveis efeitos tóxicos da ingestão dos frutos de S. lycocarpum (3% adicionados à dieta) em ratos adultos machos (60 dias de administração), fêmeas (37 dias) e fêmeas prenhes (nos períodos de pré-implantação e organogênese). Poucas diferenças significantes no peso corpóreo e no consumo de água e ração foram observadas. Nenhuma diferença significante foi detectada no ganho de peso dos animais e no ciclo estral. Ratas tratadas apresentaram redução significante nos pesos do útero e do fígado. Porém, nenhuma diferença significante foi observada nos pesos de outros órgãos (adrenal, fígado, vesícula seminal, testículo e ovário) e na avaliação de enzimas e proteínas sangüíneas de ratos fêmeas e machos. Ao estudo anatomopatológico as fêmeas apresentaram maior incidência de hiperplasia do epitélio endometrial, cistos foliculares, proliferação de ductos biliares, congestão hepática e renal. A administração da planta no período de pré-implantação causou poucas alterações nos consumos de água e comida das fêmeas e sua prole apresentou aumento de hemorragia do bulbo olfatório. O consumo da planta durante a organogênese aumentou a média de filhotes fêmeas, reduziu o peso da placenta e aumentou o número de fetos com esternébrios assimétricos. Tomando estes dados em conjunto, pode-se sugerir que a administração da S. lycocarpum à 3% na ração causa efeitos tóxicos em ratas adultas e na prole, principalmente quando exposta durante o período de organogênese.
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