Análise estrutural do Grupo São Roque na faixa entre o Pico do Jaraguá e a Serra dos Cristais, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1984
Autor(a) principal: Carneiro, Celso Dal Re
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-06082015-152153/
Resumo: Trabalhos de análise estrutural foram desenvolvidos numa faixa de cerca de 376 km2 situada entre o Pico do Jaraguá (Município de São Paulo) e a Serra dos Cristais (Município de Jundiaí), possibilitando reconstruir as fases de dobramento do Grupo São Roque no tocante às suas características de estilo, natureza das plano-axiais e vinculação com fenômenos de metamorfismo e magmatismo. Os padrões de deformação e metamorfismo foram estabelecidos com base em estudos mocroestruturais. Na área estudada a reconstrução estratigráfica do Grupo São Roque é limitada pela pobreza de dados de polaridade das camadas e falta de clareza sobre a natureza das dobras da primeira fase de dobramento. No entanto, é possível reconhecer quatro sequências litoestratigráficas gerais, ainda denominadas de modo informal, que compreendem, da base para o topo: 1) metapsamitos impuros, com intercalações de metaconglomerados polimíticos, metavulcânicas (algumas delas descobertas no presente estudo), filitos e quartzitos; 2)metapelitos, representados por filitos e xistos de diversos tipos, muitas vezes com intercalações de metarenitos. Este pacote tem passagem gradual para os outros dois: 3)metamargas e prováveis metatufos, representados por rochas cálcio-silicáticas e anfibolitos bandados, com níveis subordinados de calcários e dolomitos; 4)metapsamitos títmicos, composto por metarenitos, metarcóseos e filitos intercalados, com níveis estreitos de matarenitos microconglomeráticos. As rochas metamórficas da área foram generalizadamente afetadas por três fases de dobramento, que geram padrões de interferência observáveis nos afloramentos e em macroescala. A fase \'F IND.1\' gerou clivagem ardosiana ou xistosidade em posição plano-axial a dobras fechadas e cerradas, sucedendo-se então o pico do metamorfismo regional, já em condições pós-cinemáticas. O metamorfismo nesta etapa permitiu a blastese de opacos, granadas, estaurolita e silimanita, ) cujas isógradas foram posteriormente deformadas durante \'F IND.2\'. Determinou-se a continuidade desse evento metmórfico principal, pelo menos, para a estaurolita, até as etapas iniciais do segundo episódio de dobramento, que formou um persistente clivagem de crenulação, frequentemente do tipo zonal e microcópica, em posição plano-axial a dobras fechadas a cerradas. O metamorfismo que acompanhou esta fase é representado por bandamento diferenciado e alguma recristalização de biotita ao redor de opacos. A terceira fase de dobramento, denominada \'F IND.3\', criou clivagem de crenulação mais espaçada e não mais do tipo zonal, tão comum na fase anterior. Esta fase gerou amplas dobras e ondulações nas estruturas regionais e teve maior intensidade na parte sul da faixa estudada. As manifestações granitóides foram reunidas em três grupos. As de caráter pré-tectônico a \'F IND.2\' são representadas pelos granitos de Francisco Morato e Tico-Tico, ao redor dos quais são frequentes os bolsões de pegmatitos gnaissificados e os veios pegmatíticos dobrados por \'F IND.2\'. Os batólitos da Cantareira e Itaqui, e os stocks de Itaim e Taipas são considerados do intervalo tarditectônico em relação a \'F IND.2\' e sintectônico a \'F IND.3\'. Os granitos turmaliníferos de Perus e pegmatitos associados representam manifestações pós-tectônicas, bem como as restritas zonas de falhamento.
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No entanto, é possível reconhecer quatro sequências litoestratigráficas gerais, ainda denominadas de modo informal, que compreendem, da base para o topo: 1) metapsamitos impuros, com intercalações de metaconglomerados polimíticos, metavulcânicas (algumas delas descobertas no presente estudo), filitos e quartzitos; 2)metapelitos, representados por filitos e xistos de diversos tipos, muitas vezes com intercalações de metarenitos. Este pacote tem passagem gradual para os outros dois: 3)metamargas e prováveis metatufos, representados por rochas cálcio-silicáticas e anfibolitos bandados, com níveis subordinados de calcários e dolomitos; 4)metapsamitos títmicos, composto por metarenitos, metarcóseos e filitos intercalados, com níveis estreitos de matarenitos microconglomeráticos. As rochas metamórficas da área foram generalizadamente afetadas por três fases de dobramento, que geram padrões de interferência observáveis nos afloramentos e em macroescala. A fase \'F IND.1\' gerou clivagem ardosiana ou xistosidade em posição plano-axial a dobras fechadas e cerradas, sucedendo-se então o pico do metamorfismo regional, já em condições pós-cinemáticas. O metamorfismo nesta etapa permitiu a blastese de opacos, granadas, estaurolita e silimanita, ) cujas isógradas foram posteriormente deformadas durante \'F IND.2\'. Determinou-se a continuidade desse evento metmórfico principal, pelo menos, para a estaurolita, até as etapas iniciais do segundo episódio de dobramento, que formou um persistente clivagem de crenulação, frequentemente do tipo zonal e microcópica, em posição plano-axial a dobras fechadas a cerradas. O metamorfismo que acompanhou esta fase é representado por bandamento diferenciado e alguma recristalização de biotita ao redor de opacos. A terceira fase de dobramento, denominada \'F IND.3\', criou clivagem de crenulação mais espaçada e não mais do tipo zonal, tão comum na fase anterior. Esta fase gerou amplas dobras e ondulações nas estruturas regionais e teve maior intensidade na parte sul da faixa estudada. As manifestações granitóides foram reunidas em três grupos. As de caráter pré-tectônico a \'F IND.2\' são representadas pelos granitos de Francisco Morato e Tico-Tico, ao redor dos quais são frequentes os bolsões de pegmatitos gnaissificados e os veios pegmatíticos dobrados por \'F IND.2\'. Os batólitos da Cantareira e Itaqui, e os stocks de Itaim e Taipas são considerados do intervalo tarditectônico em relação a \'F IND.2\' e sintectônico a \'F IND.3\'. Os granitos turmaliníferos de Perus e pegmatitos associados representam manifestações pós-tectônicas, bem como as restritas zonas de falhamento.Structural analysis of the São Roque Group in an area of 376km² between the Pico do Jaraguá (Municipality of São Paulo) and the Serra dos Cristais (Municipality of Jundiaí) has permitted the reconstruction of three phases of folding as determined from characteristics of folds styles and the nature of axial-plane foliations. These phases of folding are linked to metamorphic and magmatic phenomena. Microstructural studies have shown the relationship between deformation and metamorphism. In the studies area, stratigraphic reconstruction of the São Roque Group is limited by the paucity of data on stratigraphic younging and a lack of clarity as to the data on the first phase of folding. Nevertheless, it is possible to recognize four main lithostratigraphic units, informally designated (from apparent base upwards) as follows: 1) impure metapsamites, with intercalations of polymictic metaconglomerates, metavolcanics (some of with were discovered during this study), phyllites and quartzites; 2) metapelites, represented by phyllites and schists of several types, with many intercalations of metarenites. Unit 2 grades laterally and vertically into the following two units; 3) metamarls and probable metatuffs, represented by calc-silicate rocks, with subordinate limestones and dolomites; 4) rhythmic metapsamites, made up by alternating metarenites, metarkoses and phyllites, with narrow zones of microconglomeratic metarenites. The metamorphic rocks of the area were affected by three phases of folding that generated interference patterns observable in both outcrops and maps. The \'F IND.1\' phase was accompanied by the formation of axial-plane slaty cleavage or schistosity related to tight folds and followed by the regional metamorphic peak under post-kinematic conditions. During this peak porphyroblasts of opaque minerals, garnet, staurolite and sillimanite developed. This main metamorphic event continued, at least for the staurolite, into the beginning of the second folding episode. The \'F IND.2\' phase generated a persistent crenulation cleavage, frequently both microscopic and of the zonal type, in axial-plane position of tight folds. Differentiated banding and some recrystallization of biotite around opaque minerals occurred during this phase. The third folding phase \'F IND.3\', created more spaced crenulation cleavage not of the zonal type so common in the \'F IND.2\' previous phase. The \'F IND.3\' phase which was more intense in the southern part of the area, generated large folds and undulations in regional structures. Granitoid intrusions are subdivided into three groups. The bodies formed prior to \'F IND.2\' tectonism are represented by the granites of Francisco Morato and Tico-Tico. Gnaissified pegmatites and folded pegmatitic veins are common in the regions surrounding these bodies. The Cantareira and Itaqui batholiths and the Itaim and Taipas stocks are considered as sinchronous to the tarditectonic events of \'F IND.2\' and the syntectonic events to \'F IND.3\'. The tourmaline-bearing granites of Perus and associated pegmatites correspond to post-tectonic intrusions and were followed by faulting in narrow zones.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHasui, YociteruCarneiro, Celso Dal Re1984-03-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-06082015-152153/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-06082015-152153Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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