Desigualdades relacionadas à autopercepção da saúde bucal entre idosos do município de São Paulo entre 2000 e 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ana Elisa Ribeiro
Orientador(a): Tatiana Natasha Toporcov
Banca de defesa: Jose Leopoldo Ferreira Antunes, Samuel Jorge Moysés, Márcia Helena Baldani Pinto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Saúde Pública
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/D.6.2018.tde-02032018-105220
Resumo: Estudos realizados no Brasil e no mundo relataram desigualdades sociais relacionadas à saúde bucal de idosos, porém ainda faltam esclarecimentos sobre as medidas subjetivas da saúde bucal desta população e a relação com as condições socioeconômicas. Este estudo tem o objetivo de avaliar a desigualdade social relacionada à autopercepção de saúde bucal entre idosos no município de São Paulo entre 2000 e 2010. Foram utilizados dados do estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), cuja amostra foi representativa de idosos residentes no município em 2000, 2006 e 2010. A variável de interesse foi o impacto da saúde bucal na qualidade de vida, obtida por meio do Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI), categorizada em autopercepção de saúde bucal (ASB) boa (impacto positivo) e ruim (impacto negativo). O nível educacional foi a variável socioeconômica utilizada. Foram utilizados modelos de regressão de Poisson ajustados por dados sociodemográficos, acesso a serviços de saúde, saúde geral e bucal. Para a análise da desigualdade social utilizou-se as medidas complexas Slope Index of Inequality (SII) e Relative Index of Inequality (RII), assim como equiplots. A prevalência de ASB boa foi 46,02 por cento, 54,51 por cento e 54,36 por cento, em 2000, 2006 e 2010, respectivamente. Fatores sociodemográficos, percepção de saúde geral, depressão, número de dentes presentes, uso e necessidade de prótese estiveram associados a autopercepção de saúde bucal ruim nos anos analisados. Em 2010, oito anos ou mais de escolaridade (RP:0,74;IC 0,63;0,87), autopercepção ruim da saúde geral (RP:1,33; IC 1,17;1,50) e não ter necessidade de prótese (RP:0,71; IC 0,62;0,82) foram alguns fatores associados a ASB ruim. Nota-se a presença de desigualdade social absoluta e relativa relacionada a ASB boa em 2006 e 2010, principalmente entre idosos dentados (2010 - SII:33,90;IC18,80;48,99 e RII:2,03;IC 1,47;2,82) e de 60 a 69 anos. A desigualdade social relacionada a autopercepção de saúde bucal aumentou entre os idosos no período avaliado, portanto, são necessárias ações destinadas à esta população para eliminar as iniquidades.
id USP_5f467e55952742e364313861150562cc
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-02032018-105220
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Desigualdades relacionadas à autopercepção da saúde bucal entre idosos do município de São Paulo entre 2000 e 2010 Inequalities in self-perceived oral health of elderly in the city of São Paulo between 2000 and 2010 2018-02-19Tatiana Natasha ToporcovDoralice Severo da CruzJose Leopoldo Ferreira AntunesSamuel Jorge MoysésMárcia Helena Baldani PintoAna Elisa RibeiroUniversidade de São PauloSaúde PúblicaUSPBR Aged Autopercepção Idosos Iniquidade Social Oral Health Qualidade de Vida Quality of Life Saúde Bucal Self-Concept Social Inequity Estudos realizados no Brasil e no mundo relataram desigualdades sociais relacionadas à saúde bucal de idosos, porém ainda faltam esclarecimentos sobre as medidas subjetivas da saúde bucal desta população e a relação com as condições socioeconômicas. Este estudo tem o objetivo de avaliar a desigualdade social relacionada à autopercepção de saúde bucal entre idosos no município de São Paulo entre 2000 e 2010. Foram utilizados dados do estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), cuja amostra foi representativa de idosos residentes no município em 2000, 2006 e 2010. A variável de interesse foi o impacto da saúde bucal na qualidade de vida, obtida por meio do Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI), categorizada em autopercepção de saúde bucal (ASB) boa (impacto positivo) e ruim (impacto negativo). O nível educacional foi a variável socioeconômica utilizada. Foram utilizados modelos de regressão de Poisson ajustados por dados sociodemográficos, acesso a serviços de saúde, saúde geral e bucal. Para a análise da desigualdade social utilizou-se as medidas complexas Slope Index of Inequality (SII) e Relative Index of Inequality (RII), assim como equiplots. A prevalência de ASB boa foi 46,02 por cento, 54,51 por cento e 54,36 por cento, em 2000, 2006 e 2010, respectivamente. Fatores sociodemográficos, percepção de saúde geral, depressão, número de dentes presentes, uso e necessidade de prótese estiveram associados a autopercepção de saúde bucal ruim nos anos analisados. Em 2010, oito anos ou mais de escolaridade (RP:0,74;IC 0,63;0,87), autopercepção ruim da saúde geral (RP:1,33; IC 1,17;1,50) e não ter necessidade de prótese (RP:0,71; IC 0,62;0,82) foram alguns fatores associados a ASB ruim. Nota-se a presença de desigualdade social absoluta e relativa relacionada a ASB boa em 2006 e 2010, principalmente entre idosos dentados (2010 - SII:33,90;IC18,80;48,99 e RII:2,03;IC 1,47;2,82) e de 60 a 69 anos. A desigualdade social relacionada a autopercepção de saúde bucal aumentou entre os idosos no período avaliado, portanto, são necessárias ações destinadas à esta população para eliminar as iniquidades. Studies conducted in Brazil and in the world have reported social inequalities in oral health among the elderly, but the role of socieconomic conditions on the subjective measures of oral health in this population is still not clear. This study aims to assess social inequalities on self-perceived oral health across among the elderly from São Paulo between 2000 and 2010. Datarom the Saúde, Bem estar e Envelhecimento (SABE) study were used, which sought to evaluate elderly people living in the city of São Paulo in 2000, 2006 and 2010. The variable of interest was the impact of oral health on the quality of life obtained by means of the Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI), categorized as good (positive impact) and poor (negative impact) oral health self-perception (OHSP). Education level was the socioeconomic variable used. Poisson regression models, adjusted by sociodemographic, access to health services, general health and oral health, were fitted. For the analysis of social inequality complex measures were used: Slope Index of Inequality (SII) and Relative Index of Inequality (RII), as well as equiplots. The prevalence of good OHSP was 46.02 per cent, 54.51 per cent and 54.36 per cent, in 2000, 2006 and 2010, respectively. Socio-demographic factors, general health perception, depression, number of teeth present, use and need for prosthesis were associated with poor OHSP in the analyzed years. In 2010, eight years or more of schooling (PR: 0.74; CI: 0.63, 0.87), poor self-perceived health (PR: 1.33, CI: 1.17, 1.50) and have no need for a prosthesis (PR: 0.71; CI 0.62, 0.82) were associated with poor OHSP. Absolute and relative social inequality related to good OHSP was observed in 2006 and 2010, especially among dentate elderly (2010 - SII: 33.90; CI: 18.80, 48.99 and RII: 2.03; CI: 1.47, 2.82) and in those aged from 60 to 69 years. Social inequality related to self-perception of oral health increased among the elderly in the period evaluated, therefore, actions aimed at this population are necessary to diminish inequities. https://doi.org/10.11606/D.6.2018.tde-02032018-105220info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:04:22Zoai:teses.usp.br:tde-02032018-105220Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Desigualdades relacionadas à autopercepção da saúde bucal entre idosos do município de São Paulo entre 2000 e 2010
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Inequalities in self-perceived oral health of elderly in the city of São Paulo between 2000 and 2010
title Desigualdades relacionadas à autopercepção da saúde bucal entre idosos do município de São Paulo entre 2000 e 2010
spellingShingle Desigualdades relacionadas à autopercepção da saúde bucal entre idosos do município de São Paulo entre 2000 e 2010
Ana Elisa Ribeiro
title_short Desigualdades relacionadas à autopercepção da saúde bucal entre idosos do município de São Paulo entre 2000 e 2010
title_full Desigualdades relacionadas à autopercepção da saúde bucal entre idosos do município de São Paulo entre 2000 e 2010
title_fullStr Desigualdades relacionadas à autopercepção da saúde bucal entre idosos do município de São Paulo entre 2000 e 2010
title_full_unstemmed Desigualdades relacionadas à autopercepção da saúde bucal entre idosos do município de São Paulo entre 2000 e 2010
title_sort Desigualdades relacionadas à autopercepção da saúde bucal entre idosos do município de São Paulo entre 2000 e 2010
author Ana Elisa Ribeiro
author_facet Ana Elisa Ribeiro
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Tatiana Natasha Toporcov
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Doralice Severo da Cruz
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Jose Leopoldo Ferreira Antunes
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Samuel Jorge Moysés
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Márcia Helena Baldani Pinto
dc.contributor.author.fl_str_mv Ana Elisa Ribeiro
contributor_str_mv Tatiana Natasha Toporcov
Doralice Severo da Cruz
Jose Leopoldo Ferreira Antunes
Samuel Jorge Moysés
Márcia Helena Baldani Pinto
description Estudos realizados no Brasil e no mundo relataram desigualdades sociais relacionadas à saúde bucal de idosos, porém ainda faltam esclarecimentos sobre as medidas subjetivas da saúde bucal desta população e a relação com as condições socioeconômicas. Este estudo tem o objetivo de avaliar a desigualdade social relacionada à autopercepção de saúde bucal entre idosos no município de São Paulo entre 2000 e 2010. Foram utilizados dados do estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), cuja amostra foi representativa de idosos residentes no município em 2000, 2006 e 2010. A variável de interesse foi o impacto da saúde bucal na qualidade de vida, obtida por meio do Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI), categorizada em autopercepção de saúde bucal (ASB) boa (impacto positivo) e ruim (impacto negativo). O nível educacional foi a variável socioeconômica utilizada. Foram utilizados modelos de regressão de Poisson ajustados por dados sociodemográficos, acesso a serviços de saúde, saúde geral e bucal. Para a análise da desigualdade social utilizou-se as medidas complexas Slope Index of Inequality (SII) e Relative Index of Inequality (RII), assim como equiplots. A prevalência de ASB boa foi 46,02 por cento, 54,51 por cento e 54,36 por cento, em 2000, 2006 e 2010, respectivamente. Fatores sociodemográficos, percepção de saúde geral, depressão, número de dentes presentes, uso e necessidade de prótese estiveram associados a autopercepção de saúde bucal ruim nos anos analisados. Em 2010, oito anos ou mais de escolaridade (RP:0,74;IC 0,63;0,87), autopercepção ruim da saúde geral (RP:1,33; IC 1,17;1,50) e não ter necessidade de prótese (RP:0,71; IC 0,62;0,82) foram alguns fatores associados a ASB ruim. Nota-se a presença de desigualdade social absoluta e relativa relacionada a ASB boa em 2006 e 2010, principalmente entre idosos dentados (2010 - SII:33,90;IC18,80;48,99 e RII:2,03;IC 1,47;2,82) e de 60 a 69 anos. A desigualdade social relacionada a autopercepção de saúde bucal aumentou entre os idosos no período avaliado, portanto, são necessárias ações destinadas à esta população para eliminar as iniquidades.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-02-19
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.11606/D.6.2018.tde-02032018-105220
url https://doi.org/10.11606/D.6.2018.tde-02032018-105220
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo
dc.publisher.program.fl_str_mv Saúde Pública
dc.publisher.initials.fl_str_mv USP
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1786376491035000832